LEILÃO DE PETRÓLEO NO MÉXICO PODERÁ AFETAR INVESTIMENTOS NA 13ª RODADA
Os investimentos direcionados à 13ª Rodada poderão enfrentar uma concorrência de peso pelos próximos meses. Após quase 80 anos, o México realizou um leilão aberto de concessões de áreas de exploração de seus blocos de petróleo, em rodada que despertou grande interesse na indústria devido a seu modelo regulatório flexível e seu baixo custo de produção. O resultado do leilão será divulgado nesta quinta-feira (15), e vem gerando apreensão nas empresas brasileiras, que temem menores investimentos no país.
A oferta de licitações no México se estenderá a 14 blocos offshore, em águas rasas. Entre as empresas qualificadas para investimento estão Chevron, BG, Statoil, Exxon e Galp. As companhias vêm destacando melhorias no modelo regulatório do país como principal estímulo a aportes financeiros. “O México trabalhou para melhorar seu modelo de contrato, caberia ao Brasil fazer o mesmo exercício para permanecer competitivo”, diz o diretor do Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP), Antonio Guimarães (foto).
A diretora da Agência Nacional de Petróleo (ANP), Magda Chambriard, afirmou na última semana que “há espaço” para os dois leilões, mesmo no atual cenário de corte de investimentos. “Eles têm ativos muito diferentes dos nossos. Temos áreas que já têm esforço exploratório e produção real, com portfólio grande de ativos em torno delas”, comentou a executiva.
O atual momento, no entanto, não vem permitindo otimismos por parte do setor. “Há quatro anos, só se falava de Brasil. Há um ano, não se falava mais, só de México. De repente, para grandes operadores, uma parcela representativa do mercado, o Brasil não estava no radar. Deixamos de ser a bola da vez”, afirma o consultor da área de óleo e gás da EY, Carlos Assis. “Em uma competição pelo capital, pelo apetite de investimento das empresas, isso pode potencialmente tirar investimentos da 13ª Rodada”, disse Assis.
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