LEILÃO DE SISTEMAS ISOLADOS EM MAIO DE 2025 DEVE ATRAIR R$ 452 MILHÕES EM INVESTIMENTOS E INCLUIRÁ PROJETOS COM BATERIAS

O leilão de sistemas isolados (Sisol), previsto para maio de 2025, tem investimentos estimados em R$ 452 milhões. O objetivo é contratar 49 MW para atendimento de 169 mil pessoas em dez localidades da Amazônia Legal, sendo inicialmente uma no estado do Pará e nove no Amazonas. O certame foi anunciado hoje (21) pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, durante visita a Belém (PA).

As empresas vencedoras deverão concluir as obras até dezembro de 2027 e atender a dois requisitos adicionais: a inclusão do preço sombra de carbono na avaliação das propostas e a apresentação de um plano de logística adaptado para enfrentar secas extremas.

O ministério anunciou que o leilão incluirá a exigência de que 22% da energia ofertada nas propostas sejam provenientes de fontes renováveis, em alinhamento com as metas do programa Energias da Amazônia. Entre as soluções consideradas está a técnica de hibridização, que combina energia solar com armazenamento por baterias e geração térmica.

O programa Energias da Amazônia visa beneficiar as 3,1 milhões de pessoas são atendidas pelos chamados sistemas isolados – que não fazem parte do Sistema Interligado Nacional (SIN). Entre os benefícios previstos com a iniciativa, está a redução no uso de diesel na geração elétrica desses locais, contribuindo com a descarbonização da região amazônica e redução da Conta de Consumo de Combustíveis (CCC).

Silveira anunciou ainda um investimento de R$ 372 milhões em sistemas isolados na região Norte do Brasil. A chamada pública será lançada nesta sexta-feira (22), com um prazo de 90 dias para apresentação de propostas. A análise das propostas ocorrerá em até 30 dias, e o resultado final está previsto para ser divulgado em 18 de abril de 2025.

Os recursos, provenientes do fundo Pró-Amazônia Legal, serão destinados pelo programa Energias da Amazônia. O edital, aprovado pelo Comitê Gestor do Pró-Amazônia Legal (CGPAL), dará prioridade a projetos que proponham a redução dos custos de geração de energia elétrica na região amazônica.