LEILÃO DA ANEEL VAI GERAR 719,9 KM DE NOVAS LINHAS DE TRANSMISSÃO PELO BRASIL
O segundo leilão de transmissão do ano, realizado neste sexta (12) pela Aneel, terminou com cinco lotes arrematados e deságio médio de 12,76%, representando 719,9 km de novas linhas de transmissão pelo Brasil. O resultado deve gerar uma tarifa final de energia menor do que a prevista ao início do certame, segundo a agência. Dois Lotes (A e G), referentes a empreendimentos no Acre e no Maranhão, ficaram sem propostas.
O Lote B, referente a três linhas de transmissão, com 161,5 km, passando por Goiás e Distrito Federal, foi arrematado pelo Consórcio Vale do São Bartolomeu, por R$ 27,4 milhões, representando deságio de 11,63% em relação à receita anual permitida prevista pela agência no valor de R$ 31 milhões. A previsão de entrada em operação comercial é de 30 meses.
O Lote C, composto por cinco linhas de transmissão, com 418 km, e cinco subestações, nos estados da Bahia e do Piauí, foi vencido pelo Consórcio Big Energia, por R$ 31,5 milhões, com deságio de 13,46% em relação à receita anual permitida inicial de R$ 36,5 milhões estabelecidos pela agência. A previsão de entrada em operação comercial é de 36 meses.
O Lote D, que envolve três linhas de transmissão, com 112,4 km, e duas subestações localizadas no Rio Grande do Sul, foi arrematado pelo Consórcio MGF – Energy. A receita anual permitida ofertada pela empresa foi de R$ 9,8 milhões com deságio de 17,35% em relação à estabelecida pela Aneel inicialmente.
O Lote E, referente a uma linha de transmissão de 28 km e de uma subestação no Rio Grande do Norte, também foi vencido pelo Consórcio MGF – Energy, por R$ 4,9 milhões. A oferta representou um deságio de 10,7% em relação à receita anual permitida estabelecida pela agência em R$ 5,5 milhões. A previsão de entrada em operação comercial é de 24 meses.
O Lote F, composto por uma subestação no Mato Grosso do Sul, foi arrematado pelo Consórcio Pantanal, após sorteio realizado em razão do empate com a proposta da Cobra Instalaciones y Servicios. O valor ofertado pela empresa foi de R$ 4,2 milhões, representando deságio de 5% em relação à receita anual permitida inicial estabelecida pela agência. A unidade deve entrar em operação em 24 meses.
O diretor da Aneel, André Pepitone (foto), afirmou em nota que o lote A deverá ser reapresentado no futuro, pois trata-se de empreendimento importante para a redução dos custos com óleo combustível na região do Acre. Além disso, lembrou que a linha de transmissão Tucuruí-Manaus entrou em operação nesta semana, o que deve resultar em economia prevista de R$ 1,9 bilhão de reais por ano com combustíveis, permitindo o fim do isolamento dos estados de Amazonas e Amapá.
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