LÍDER NAS MEDIÇÕES FISCAIS EM PLATAFORMAS, A HIRSA QUER EXPANDIR NEGÓCIOS PARA O SETOR DE GÁS
A Hirsa, empresa carioca que já se consolidou como uma das principais empresas da área de metrologia no Brasil, levou suas tecnologias e soluções para se apresentar em mais uma edição da Rio Oil&Gás, que termina nesta quinta-feira(27), no Riocentro. Com forte atuação no setor de óleo e gás, e com um forte programa de compliance ativo, a empresa está dando passos largos neste segmento de medição fiscal e transferências de custódia, que se tornou o melhor negócio em suas atividades. O Petronotícias conversou com o seu diretor de operações, Matheus Freitas, que falou sobre o crescimento da empresa e dos investimentos que estão fazendo em outras atividades. A empresa já tem contratos de medição para 21 plataformas em atuação no mercado offshore e onshore brasileiro atualmente e busca expandir as ações na área de gás natural. Veja a entrevista feita pelo repórter Daniel Fraiha:
– Como a Hirsa está se posicionando no mercado ?
– Atualmente estamos focados na área de serviços. A nossa área de fornecimento de material é totalmente vinculada a área de investimento. Por razões obvias isto está muito abaixo do esperado. Então. A parte de fornecimento de materiais continua engatinhando, mas a de serviços nós não podemos reclamar, está muito bem. A gente focou num serviço muito especifico no mercado. Está vinculado ao cumprimento de leis e normas, é um serviço compulsório, tem que ser feito de qualquer maneira pelo nosso cliente que é a medição fiscal em plataformas ou em qualquer unidade que produza, qualquer planta industrial que necessite de medição fiscal ou transferência de custódia, na produção ou na venda. Você precisa cumprir os requisitos de lei que a agência impõe junto ao mercado. E o nosso serviço está vinculado a isso. Calibrações e gestões de ativos que estejam relacionados a esta medição fiscal. O foco da empresa está bastante virado para isso.
– Dentro deste mercado quais são os principais vetores que estão abrindo oportunidades ?
– Obviamente a Petrobrás é o principal, com os ativos dela ou que você tenha a participação com qualquer outra, o que é muito comum hoje. Na área de gás estamos investindo pesado e temos tido bons resultados, principalmente na área de transporte. Nas “gaseiras”, nos distribuidores. De gás que geralmente são do Estado ou de capital misto.
– O mercado está se abrindo mais ?
– Na verdade é um contrato que já existia e o agente, em função desta nossa qualificação, conquistamos um espaço importante. Ou pela saída de outro player que já estava no mercado ou porque a gente demonstrou fazer um bom trabalho e conseguimos pegar. Mas o mercado está em desenvolvimento.
– Como está o projeto dos laboratórios de metrologia ?
– A gente tem duas abordagens. Os laboratórios estacionários, dentro da empresa ou vamos vai até o cliente fazer este mesmo serviço. Dentro da qualificação. Então a gente pode fazer o serviço dentro da minha casa, com o meu pessoal dentro do meu sistema de gestão, na casa do cliente, usando o laboratório do cliente. Então são essas duas vertentes. Nós temos contratos das duas formas.
– Qual tem sido o mais procurado ?
– O segundo. A casa do cliente. Porque geralmente se investe em ativo, né ? ou por desconhecimento, há um tempo atrás, ou porque foi uma decisão corporativa. Investia-se em padrões, laboratório, mas o grande problema é após este investimento feito, você tem que manter e operar. Então, esta é a dificuldade. Um cliente que o objetivo-fim dele e é explorar, produzir, o que quer seja, o objetivo dele não é tão um sistema de gestão ou custo implantado. Tornou-se bastante interessante ele fazer isso terceirizando.
– Mas era obrigatório ter este sistema interno ?
– O sistema é obrigatório para as empresas que são reguladas pela ANP. De novo, uma medição fiscal ou transferência de custódia.
– Mas a empresa tema obrigação de ter este laboratório ?
– Ela não tem a obrigação de ter este laboratório. Tem a obrigação de cumprir as regras. Usando o dela ou o nosso. Esse mercado é relativamente novo também. Amadureceu há alguns anos. Data da criação da ANP. Desde o início da portaria isso vem sendo regulamentado. E nós participamos de todo este processo.
– O senhor acha que é uma tendência, as empresas economizarem usando esta terceirização ?
– Tem duas vertentes. A vertente do estrangeiro, principalmente da indústria americana, é não ter custo com o ativo. Eles preferem, geralmente, terceirizar isso. No Brasil, depende. A Petrobrás tem várias empresas. Alguns fazem, outros não. A tendência é terceirizar, porque de fato é custo grande. O problema é continuidade. A solução de continuidade é muito mais cara. Porque você tem que ter um sistema vivo, ativo de gestão da qualidade e metrológica.
– Em termos gerais, como está ? como está vendo a politica ? O que acha que pode acontecer ?
– Em termos concretos nós estaríamos falando de dinheiro investido e de obras sendo tocadas, né ? O que eu vejo hoje é que tem uma movimentação, de consultas de projetos e isto é muito bom. A economia, na minha forma de ver, já sinalizou uma melhora, as principais indústrias de manufaturas, já deve estar sentindo isso. Talvez não de forma muito concreta, mas perspectiva. Economia é perspectiva. E acho que a perspectiva mudou. O governo sinalizou com mudanças bem relevantes. Cortar mesmo os gastos e fazer algumas reformas importantes, que parecem que vão mesmo sair. Existe pelo menos uma agenda principal que é a trabalhista, da previdência e gastos. Eu acredito que só em 2018 isso vá se concretizar de fato, em dinheiro, em compra de produtos, mas já é muito bom. O aquecimento já é uma perspectiva boa pra gente. 2017 será um ano de atenção, vai andar de lado, mas em 2018 é capaz de começar a acontecer coisas boas na nossa área.
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