LIGHT OFICIALIZA PEDIDO PARA RENOVAÇÃO ANTECIPADA DE SUA CONCESSÃO POR MAIS 30 ANOS

A Light, distribuidora de energia do Rio de Janeiro, formalizou nesta semana o interesse na renovação antecipada de sua concessão. O pedido foi enviado ao Ministério de Minas e Energia e à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), conforme revelou o CEO da companhia, Alexandre Nogueira. O contrato atual da Light se encerra em junho de 2026, e a empresa já havia manifestado anteriormente o interesse em renová-lo por mais 30 anos.

Durante teleconferência com analistas, Nogueira ponderou que a renovação precisa considerar as “especificidades” da área de concessão da Light. A empresa sofre com as chamadas “perdas não técnicas”, que no bom português são as ligações clandestinas e fraudes em medidores de energia, popularmente conhecidas como “gatos”.

O executivo lembrou que um novo termo aprovado pela Aneel, em fevereiro, define diretrizes para lidar com os altos índices de perdas em regiões onde a distribuidora enfrenta dificuldades para atuar. A Light vinha pleiteando essa revisão regulatória ao longo dos últimos meses, considerando o impacto significativo dessas perdas em seus resultados operacionais.

No acumulado de 2024, a Light registrou perdas totais de 11.152 GWh, um aumento de 737 GWh (+7,1%) em relação ao ano anterior. A perda não técnica – originada, principalmente, por furtos e fraudes – foi a principal responsável por esse crescimento, com um avanço de 614 GWh no período. Do total de perdas não técnicas, 86% ocorreram em áreas de risco, onde a distribuidora enfrenta dificuldades para realizar fiscalizações e intervenções.

A Light encerrou o último trimestre de 2024 com um lucro líquido de R$ 1,86 bilhão, um salto expressivo em relação aos R$ 50 milhões registrados no mesmo período do ano anterior.