LUBRIZOL CRESCEU ACIMA DA MÉDIA DO SETOR BRASILEIRO DE LUBRIFICANTES E ESTÁ DE OLHO EM NOVOS NEGÓCIOS EM 2025
A edição desta sexta-feira (27) da nossa série especial Perspectivas 2025 traz uma visão geral do desempenho e das projeções da Lubrizol, uma empresa do grupo Berkshire Hathaway. Olhando para 2024, os números da companhia registram um crescimento acima da média do próprio mercado de lubrificantes do Brasil – que deve fechar o ano com uma elevação de 5% na comparação com 2023. “Por trás desse crescimento houve muito trabalho interno de reestruturação, investimento e melhoria contínua para melhor atendermos o mercado, ultrapassando diversos desafios ainda latentes como a logística internacional”, contou o Diretor do Negócio de Aditivos para a América Latina da empresa, Romulo Carvalho. O executivo afirma também que a Lubrizol está olhando com atenção para novas oportunidades que surgem no radar: “Estamos sempre na vanguarda da tecnologia, então acreditamos que as novas categorias de desempenho da indústria trarão oportunidades significativas de novos negócios, com impacto direto no desempenho dos equipamentos e no meio ambiente”, acrescentou.
Como foi o ano de 2024 para sua empresa e seu segmento de atuação?
2024 foi um ano bastante importante para nós. Crescemos acima do projetado para a economia brasileira, que deverá ter um PIB de 3,5%, assim como acima do mercado de lubrificantes, que, segundo os dados do IBP, aponta para um crescimento superior a 5% quando comparado a 2023. Por trás desse crescimento houve muito trabalho interno de reestruturação, investimento e melhoria contínua para melhor atendermos o mercado, ultrapassando diversos desafios ainda latentes como a logística internacional. Reforçamos nossa posição local e obtivemos um retorno muito positivo do mercado, que, pós-pandemia, valoriza a redução de risco através de uma cadeia de fornecimento mais próxima e eficiente.
Se fosse consultado, quais seriam suas sugestões (ao governo ou à própria indústria – fica a critério do entrevistado) para melhorar o ambiente de negócios no seu setor?
Sem dúvida, acertar as contas públicas é condição sine qua non para que a indústria possa seguir crescendo, investindo e gerando empregos no Brasil. Um dólar a R$ 6,20 e juros futuros próximos a 15,9% tornam o ambiente pouco propício a novos investimentos e trazem muita pressão sobre o resultado das empresas. Nesse cenário de fuga de capital e muita pressão inflacionária, quem acaba pagando a conta é o consumidor final, que provavelmente encontrará lubrificantes mais caros na prateleira. Em alguns casos, o consumidor pode optar por produtos de menor qualidade, muitas vezes inadequados para as especificações dos equipamentos, o que gera um impacto ambiental significativo com maior consumo de combustível/energia e maior quantidade de poluentes. Sendo assim, é primordial que o Governo, através de suas agências, siga com a agenda de fiscalização e punição firme para produtores que descumprem as regras de mercado, além de promover a melhoria no nível mínimo de qualidade dos lubrificantes. Estamos próximos de uma nova especificação API, e a atualização do mercado brasileiro é crítica para reduzir a exposição ao uso de produtos de menor desempenho, ajudando assim o consumidor final e o meio ambiente.
A seu ver, de que forma os recentes acontecimentos no cenário político internacional podem influenciar os negócios no Brasil?
Crises geopolíticas já afetam a segurança das rotas comerciais e a estabilidade da cadeia de fornecimento. Mudanças na política comercial de grandes economias como os Estados Unidos e a China podem afetar as exportações e importações brasileiras. Tarifas, barreiras comerciais e acordos podem ser renegociados, impactando diretamente o fluxo de bens e serviços, além de levar a aumentos nos preços de commodities como petróleo, que têm um efeito cascata sobre diversas indústrias, incluindo a de lubrificantes.
Por fim, quais são as perspectivas de sua empresa para o ano de 2025?
Somos uma empresa global que valoriza muito a presença local. Então, apesar dos desafios, seguiremos com uma agenda forte de melhoria contínua na busca por maior eficiência e competitividade. Além disso, estamos sempre na vanguarda da tecnologia, então acreditamos que as novas categorias de desempenho da indústria trarão oportunidades significativas de novos negócios, com impacto direto no desempenho dos equipamentos e no meio ambiente.
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