LUCRO DA PETROBRÁS CAI 20% NO SEGUNDO TRIMESTRE, PARA R$ 4,959 BILHÕES
A Petrobrás apresentou um lucro líquido de R$ 4,959 bilhões no segundo trimestre deste ano, com queda de 20% em relação ao mesmo período de 2013, quando o lucro líquido foi de R$ 6,201 bilhões. Em relação ao trimestre anterior, quando a empresa lucrou R$ 5,393 bilhões, a queda foi de 8%. Somados os resultados do primeiro semestre de 2014, a estatal conta com um lucro de R$ 10,352 bilhões, 25% a menos do que no mesmo período de 2013. O endividamento da empresa também cresceu, o que deve aumentar a pressão do mercado de ações sobre a presidente Graça Foster.
De acordo com a petroleira, os principais fatores que levaram à queda nos resultados foram o provisionamento do Plano de Incentivo ao Desligamento Voluntário (PIDV), os menores ganhos com venda de ativos e as maiores baixas de poços secos e subcomerciais, assim como baixas de ativos.
A produção de petróleo e LGN da Petrobrás no Brasil atingiu a média de 1 milhão 947 mil barris por dia no semestre, 1,4% superior à produção do 1º semestre de 2013. Segundo a empresa, esse aumento foi impulsionado pela entrada em operação dos novos sistemas de produção: P-63 (Papa-Terra), P-55 (Roncador), P-62 (Roncador) e P-58 (Jubarte), e pelo aumento da produção nos FPSOs Cidade de Itajaí (Baúna), Cidade de Paraty (Lula NE) e Cidade de São Paulo (Sapinhoá).
“Em junho, batemos novo recorde de produção mensal no pré-sal, atingindo 477 mil barris de petróleo por dia, e em 13 de julho, registramos recorde diário de 546 mil barris com apenas 25 poços produtores”, informou a empresa em nota.
A petroleira afirmou ainda que, até junho deste ano, interligou 30 novos poços, número próximo ao total de poços interligados em todo o ano de 2013. Além disso, incorporou três novos PLSVs à frota.
Já em relação ao refino, a estatal aumentou a carga processada e a produção de derivados, alcançando, em junho, recorde de processamento de petróleo nas refinarias no Brasil de 2 milhões 172 mil barris de petróleo por dia.
O PROEF (Programa de Aumento da Eficiência Operacional da Bacia de Campos) contribuiu com uma produção adicional de petróleo de 96 mil barris por dia no semestre. A eficiência operacional chegou a 80% na Unidade Operacional Bacia de Campos (UO-BC) no fim do semestre, tendo atingido em maio o recorde de eficiência operacional dos últimos 47 meses, de 81,2%.
Os programas estruturantes (PRODESIN, PROCOP, INFRALOG, PRC-Poço e PRC-Sub) impactaram positivamente o caixa da Petrobrás em R$ 5,6 bilhões no 1º semestre deste ano, completou a empresa.
No entanto, o endividamento da estatal, um fator que tem preocupado o mercado de ações, subiu ainda mais, fechando o semestre em R$ 307,712 bilhões no total, 15% a mais do que no fim de 2013. O endividamento líquido ficou em R$ 241,349, com crescimento de 9%, enquanto o indicador Dívida Líquida/EBITDA ajustado ficou em 3,94 vezes, com aumento de 12% em relação a 31 de dezembro último. A alavancagem (Endividamento Líquido/(Endividamento Líquido + Patrimônio Líquido) cresceu 1 ponto percentual no período, para 40%.
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