LUCRO DA PETROBRÁS NO SEGUNDO TRIMESTRE CAIU 24,6%, TOTALIZANDO R$ 28,8 BILHÕES
A Petrobrás anunciou na noite de hoje (3) que registrou um lucro líquido de R$ 28,8 bilhões no segundo trimestre do ano. O valor representa uma queda de 24,6% na comparação com o primeiro trimestre (quando a companhia reportou ganhos de R$ 38,2 bilhões). Na comparação anual, o recuo foi de 47% frente aos R$ 54,330 bilhões contabilizados no segundo trimestre de 2022. A estatal disse que o resultado é explicado, principalmente, pela desvalorização do preço do petróleo (Brent), pela queda de mais de 40% na diferença entre o preço do petróleo e os preços internacionais do diesel (crackspreads), e por maiores despesas operacionais.
Ainda durante o segundo trimestre, a receita líquida da empresa também caiu 18% em relação ao primeiro trimestre, totalizando R$ 113,8 bilhões, em grande parte devido à desvalorização do petróleo Brent e a redução de mais de 40% nos crack spreads internacionais de diesel, além de menores receitas com exportações. A receita com derivados no mercado interno caiu 13% (chegando a R$ 72,9 bilhões) em decorrência da redução média de 17% nos preços de derivados, acompanhando a queda de preços internacionais.
Houve ainda uma queda de 34% nas receitas de exportações (R$ 21,9 bilhões) em comparação com o primeiro trimestre, explicadas principalmente pela redução de 50% nas receitas de exportação de petróleo. “Tal cenário se deveu, em grande medida, à diminuição do volume físico de exportações no 2T23, ocasionado pelo aumento do processamento nas refinarias e à realização, no 1T23, de exportações de períodos anteriores. Além disso, contribuiu para a queda de receita a desvalorização do Brent entre os períodos. Este efeito foi parcialmente compensado pelo aumento de receita com exportação de óleo combustível, cuja demanda foi maior no 2T23”, detalhou o relatório da empresa.
Os investimentos da empresa entre abril e junho totalizaram US$ 3,2 bilhões, 31% acima frente aos três primeiros meses do ano, devido principalmente aos grandes projetos do pré-sal e ao impacto do bônus de assinatura relativo aos campos de Sudoeste de Sagitário, Água Marinha e Norte de Brava. No segmento de Exploração e Produção, os investimentos totalizaram US$ 2,6 bilhões, alta de 27% usando a mesma base de comparação.
No final do segundo trimestre, a dívida bruta da Petrobrás alcançou US$ 58 bilhões, um aumento de 8,7% em comparação com 31 de março, principalmente em função do aumento dos arrendamentos no período com a entrada em operação dos FPSOs afretados Anna Nery e Almirante Barroso, que acrescentaram US$ 5,2 bilhões no passivo de arrendamentos da companhia. Por outro lado, a dívida financeira caiu US$ 608 milhões, usando a mesma base de comparação, atingindo US$ 29,2 bilhões no final de junho.
“A Petrobrás apresentou uma performance financeira e operacional consistente no 2º trimestre, mantendo sua rentabilidade de maneira sustentável e com total atenção às pessoas. Vamos seguir trabalhando, focados no presente, mas também de olho no futuro, preparados para a transição energética justa e investindo no futuro da companhia e do Brasil”, destacou o presidente da Petrobrás, Jean Paul Prates.
3o maior lucro trimestral corporativo mundial de uma oil company listada na Bolsa de Valores de Nova York (US$ 5,68 bilhões). Somente atrás da Exxonmobil e Chevron e a frente de Shell e Totalenergies.