LULA CHAMA PRIVATIZAÇÃO DA ELETROBRÁS DE “BANDIDAGEM” E DIZ QUE AGU PODE CONTESTAR CONTRATO
Depois de criticar a independência do Banco Central, os canhões do presidente Lula se voltaram hoje (7) contra a privatização da Eletrobrás. Ele atacou duramente a desestatização da companhia, chegando a dizer que o processo foi uma “bandidagem”. Além disso, Lula declarou também que a Advocacia-Geral da União (AGU) irá contestar aquilo que chamou de cláusulas “leoninas” do contrato na Justiça.
“O governo tem 40% das ações [da Eletrobrás] e só pode participar na direção [da empresa] como se tivesse 10%. Se amanhã o governo tiver interesse de comprar as ações, as ações para o governo valem três vezes mais do que o valor normal para outro candidato”, disse o presidente. “Ou seja, foi feito quase que uma bandidagem para que o governo não volte a adquirir maioria na Eletrobrás”, acrescentou.
As declarações de Lula aconteceram no Palácio do Planalto, durante café da manhã com jornalistas integrantes de veículos de imprensa alternativos. A privatização da Eletrobrás aconteceu durante o governo de Jair Bolsonaro. A União passou de 60% para 45% das ações da empresa. Lula afirmou que os termos da privatização são “leoninos”, porque dificultam muito que a União volte a ter controle acionário da companhia.
“[A privatização da Eletrobrás] é contra o governo tanto na participação acionária – nós queremos ter mais gente na direção, mais gente no conselho – quanto nesse negócio de que você não pode comprar porque você vai pagar três vezes mais caro. Isso é uma coisa irracional, maquiavélica, que não podemos aceitar”, disparou.
O presidente disse que o governo deve voltar a comprar mais ações da Eletrobrás para voltar a controlar a empresa. Além disso, ele também afirmou que “possivelmente, o advogado-geral da União vai entrar na Justiça para que a gente possa rever esse contrato leonino contra o governo”.
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