LULA DESAUTORIZA HADDAD E VAI MANTER DESONERAÇÃO DOS IMPOSTOS FEDERAIS SOBRE COMBUSTÍVEIS POR PELO MENOS DOIS MESES
No primeiro dia de governo, o presidente Lula já desautorizou seu Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e decidiu manter a isenção de impostos federais sobre os combustíveis, seguindo a política do governo Bolsonaro. Ele percebeu o estrago que uma decisão de aumento no primeiro dia de seu governo seria motivo de insatisfação popular e, principalmente, dos caminhoneiros. Por isso, o presidente Lula editou ontem mesmo (1º) uma Medida Provisória que prorroga por 60 dias a isenção sobre a gasolina e de um ano ao óleo diesel. Para lembrar, os impostos federais estavam suspensos até 31 de dezembro. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu que é preciso adotar uma política de corte de desonerações para uma reforma tributária a ser discutida este ano. Prevaleceu a decisão de Lula na primeira intervenção na economia, passando por cima de Haddad.
Parte do discurso de posse de Lula animou as empresas brasileiras que esperam maior participação tanto na indústria naval, quanto aos índices de conteúdo local, em obras da Petrobrás. Como se diz, o presidente deu a letra: “O Brasil é grande demais para renunciar a seu potencial produtivo. Não faz sentido importar combustíveis, fertilizantes, plataformas de petróleo, microprocessadores, aeronaves e satélites. Temos capacidade técnica, capital e mercado em grau suficiente para retomar a industrialização e a oferta de serviços em nível competitivo”. Na sexta-feira ( 29) a Petrobrás anunciou a contratação de duas novas plataformas: P-84- (Campo de Atapu) e P-85 (Campo de Sébia) que por suas características, de projeto próprio, não tinham atraído nem Modec nem SBM, tradicionais fornecedores de plataformas de petróleo. Mas agora, esta realidade pode mudar, porque a exigência de conteúdo local está fazendo fornecedores brasileiros sorrirem novamente. Essas duas novas plataformas serão 100% eletrificadas, evitando a queima de gás. Quando assumir a presidência da companhia, sinalizou o senador Jean Paul Prates (PT-RN), o Plano de Negócios da companhia pode mudar.
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