LULA MOSTRA FRAQUEZA EM RELAÇÃO A MARGEM EQUATORIAL E UM DIA DEPOIS DE CRITICAR MARINA E O IBAMA DIZ QUE SUA MINISTRA É INTELIGENTE

A nova política de comunicação do Planalto está colocando o Presidente Lula todos os dias na vitrine. As principais rádios do Estados do norte e nordeste foram preferidas para que ele desse entrevistas. E Lula não falha. A cada dia, uma batatada. A cada uma enxada não só uma minhoca de problemas, mas várias minhocas de problemas. Ontem (13), falando para o Amapá, quis agradar os locais ao defender a Margem Equatorial, mas acaboumesmo passando um pito público em sua protegida Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, ao dizer que o s técnicos ativistas do Ibama estava, causando prejuízos para o Brasil. Acertou no conteúdo, mas errou na forma. Pelas palavras dele podemos chegar a três alternativas de conclusão: Marina acoberta os erros porque defende os seus técnicos-ativistas; A turma do Ibama não quer que o Brasil explore suas riquezas e a sua liderança parece ser de araque. Ele fez queixas públicas, mas como líder e presidente do Brasil não tomou uma atitude sequer.

Hoje ( 14), as rádios do Pará foram as escolhidas para uma entrevista com jornalistas que pareciam da turma dos controlados, aqueles que não fazem perguntas contundentes. Lula aproveitou para passar pano em Marina, dizendo que ela é “inteligente” e “jamais seria contra” as pesquisas por busca de petróleo na Margem Equatorial. As críticas sobre o lenga-lenga do Ibama, foram esquecidas. Pelo jeito, foi a Rainha da Floresta que puxou a orelha de Lula e não o contrário: “ O que a Marina quer é o seguinte: não é que eu não quero fazer, é como fazer. Esse como fazer é uma coisa que eu quero e ela quer. Como fazer para não ser predatório com a nossa querida Amazônia.”

Rodrigo Agostinho, Presidente do Ibama, criticou interesse brasileiro no petróleo da Margem Equatorial, contrariando especialistas

O presidente afirmou que a Petrobrás tem capacidade de fazer a perfuração garantindo a segurança ambiental: “Se a gente tiver capacidade de fazer isso, a Petrobrás tem, o governo quer.   A gente quer mostrar para o Ibama, para a companheira Marina e para os especialistas que é plenamente possível fazer a prospecção de petróleo, e a gente não pode prescindir. Porque essa riqueza, se existir, vai ajudar a transição energética e ajudar a manter a floresta em pé.”

Lula também afirmou que é preciso fazer uma “mediação” entre as pessoas contrárias e favoráveis à exploração e “pensar na necessidade do Brasil”. O presidente também disse que a Casa Civil vai se reunir com o Ibama para tratar sobre a autorização à Petrobrás para pesquisas de exploração de petróleo na região. “Antes de explorar, temos que pesquisar para ver se tem petróleo, muitas vezes você cava um buraco de 2 mil metros de profundidade e não encontra o que

A gigantesca Margem Equatorial e os bilhões de barris de petróleo a espera de se transformar em riqueza para os brasileiros

imaginava encontrar. Então, talvez semana que vem ou essa semana, ainda teremos reunião entre Casa Civil e Ibama e nós precisamos autorizar que a Petrobrás faça pesquisa.” Ou o presidente está se fazendo de bobo, desinformado, ou que a Petrobrás inicie o trabalho sob a bandeira da sondagem, o que impactaria menos na COP30, ou  ele não sabe mesmo do potencial maior do que o pré-sal das Bacias de Campos e de Santos. Há bilhões de barris de petróleo em uma área que vai ao Amapá ao Rio Grande do Norte. Basta dar olhadinha para o nível de crescimento da Guiana, que fatura bilhões de dólares com a exploração da ExxonMobil em seu mar territorial, sequência da Margem Equatorial.

Lula está entre a cruz e a espada. Não quer desagradar a ministra protegida, em função da imagem internacional que marina adquiriu como a “salvadora das Florestas”, justamente às vésperas da realização da COP30, que pela primeira vez será realizada na Região Amazônica, em Belém, no mês de novembro. Lula quer agradar, ao mesmo tempo e a qualquer custo do novo presidente do Senado, Davi Alcolumbre, que é senador pelo Amapá, por onde a exploração do petróleo daquela região começaria. Essa conversa que só para iniciar a sondagem é conversa pra boi dormir. O governo sabe que  pode  arrecadar bilhões de dólares e que o Brasil não pode abrir mão desta riqueza.