LULA QUER FIM DO LENGA-LENGA E ESCALA AGORA GLEISE HOFFMAN PARA FAZER MARINA SILVA LIBERAR EXPLORAÇÃO DA MARGEM EQUATORIAL
Muitas coisas estão acontecendo nos bastidores da política e da administração pública para que o Ibama libere de vez a exploração da Margem Equatorial. Envergonhado, constrangido e sem força para tirar do cargo a Ministra Marina Silva, a maior pedra no sapato da Petrobrás, o presidente Lula vai engolindo pela goela o lenga-lenga do diretor do Ibama, Rodrigo Agostinho, que vai dando toda força a sua equipe de funcionários-ambientalistas, apoiados pelas ONGs internacionais contrárias ao desenvolvimento da Amazônia, como se fosse um santuário, em que a sua população não pudesse conviver com a tecnologia e os progressos do mundo. Marina Silva é contra o petróleo, contra a energia nuclear e tudo mais que ela não conhece. Mas vive repetindo chavões e fazendo cara de conteúdo. Por ela, talvez, a terra poderia estar vivendo muito bem na era Paleolítica (também chamada de Idade da Pedra Lascada). Faz o Brasil voltar nesta direção e ainda é apoiada pelo próprio Presidente da República.
Esta semana Agostinho foi ao Palácio do Planalto dar satisfações sobre o lenga-lenga e levou na manga o que seria um avanço rumo à permissão da exploração da Margem Equatorial: no bolso do colete estava a autorização para que a sonda da Foresea fosse descontaminada do Coral -Sol, E o governo deu esta notícia como se fosse uma pré-autorização, só que o diretor do Ibama se apressou: “não tem nada a ver uma coisa com a outra.” Não significa autorização. Os ambientalistas que trabalham como técnicos do Ibama, já se definiram por não autorizar a exploração. E com o aval e apoio de Marina. O tempo de duração de descontaminação depende do grau em que se encontra a sonda e há quanto tempo o coral está incrustrado no casco. Normalmente se leva de duas a três semanas com o serviço sendo feito em águas abrigadas.
Oriundo do Indo-Pacífico, o coral-sol tem causado problemas à biodiversidade marinha, principalmente por sua capacidade de proliferação superior às espécies de corais nativas do Brasil. Não há predadores naturais para este coral, que traz danos ao meio ambiente marinho e prejuízos à pesca e ao turismo. Coral-sol é o nome genérico das duas espécies de coral que se alojam na costa brasileira. O gênero foi registrado inicialmente na década de 1980 em plataformas de petróleo na Bacia de Campos, Rio de Janeiro, mas sem que se iniciassem estudos e registros sistemáticos. O primeiro registro em substrato estável natural, num costão rochoso, veio a ser reconhecido em 1998, em Arraial do Cabo. Ele possui uma molécula chamada palitoxina, que é letal se ingerida ou injetada. O contato com a pele ou os olhos, ou por inalação, é perigoso e requer atenção médica de urgência.
Depois da exigência da descontaminação do Coral Sol, o Ibama tem mais uma carta na manga para atrapalhar ainda mais. A autarquia fez uma nova exigência: um Centro de Defesa Ambiental para ser instalado no Oiapoque, extremo norte brasileiro. O Petronotícias procurou a Petrobrás para saber sobre esta obra e recebeu a seguinte informação: “No momento, encontra-se em construção, com previsão de término no final de março, a Unidade de Estabilização e Despetrolização (UED) de Fauna no Oiapoque, que funcionará em sinergia com o já existente centro de reabilitação e despetrolização de fauna em Belém. A Petrobrás mantém o entendimento de que os questionamentos remanescentes do Ibama foram respondidos e será possível realizar a Avaliação Pré-Operacional (APO), e em breve obter a licença para a perfuração em águas profundas no Amapá”.
Importante dizer também e dar divulgação ao Sistema de Defesa Ambiental, que a Petrobrás possui, composto por Centros de Defesa Ambiental distribuídos pelo país, que podem ser acionados para ampliação da capacidade de resposta a emergências, sempre que necessário.
O Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, tinha sido designado pelo presidente Lula para dar pressão na colega Marina e no Ibama, evitando próprio desgaste. No último encontro entre Silveira e Agostinho, o ministro recebeu uma resposta mais audaciosa do diretor do Ibama sobre a rejeição do laudo para a exploração: “O laudo não aponta uma ilegalidade, aponta uma convicção.”
Diante deste novo fracasso, o presidente Lula decidiu usar o máximo de sua tropa de choque, o seu BOPE em forma de ministra: Gleisi Hoffmann. Por sugestão de um parlamentar carioca, que preferiu ficar no anonimato, a nova ministra deveria repetir na entrada de seu escritório no Planalto a frase de recepção no quartel do BOPE do Rio de Janeiro: “Seja bem vindo, mas não faça movimento brusco.” Por alguma razão, Lula achou que a melhor forma para cobrar de Marina o fim do lenga-lenga seria o perfil delicado de Gleisi. A solução agora será agora ao estilo “Marisa”: de mulher pra mulher. O placar do momento continua sendo: IBAMA e Marina 7 x 1 Lula e Magda Chambriard. Até o final da COP30, o Ibama não vai ceder. Gleisi, se tiver força, terá que demitir todo mundo e passar o trator pela Rainha da Floresta. Do contrário, a goleada dos ambientalistas vai aumentar.
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