MAERSK OIL FECHA ESCRITÓRIO NO BRASIL APÓS VENDER ATIVOS DO CAMPO DE POLVO
A indústria brasileira não vive seu melhor momento e acaba de perder mais um nome de peso. Após concluir a venda de sua participação de 40% no campo de Polvo, na Bacia de Campos, a petroleira dinamarquesa Maersk Oil anunciou nesta semana que irá fechar seu escritório no Brasil. A informação foi divulgada no balanço relativo ao primeiro trimestre de 2016, que trouxe para a empresa um prejuízo total de US$ 29 milhões. No mesmo período do ano passado, o lucro foi de US$ 208 milhões.
Com a venda do campo de Polvo, fechada em acordo com a PetroRio no final de 2015, a petroleira não possui mais ativos em produção no Brasil. Em seu relatório, a companhia afirma que o encerramento das operações no país irá auxiliar na meta de redução de custos para este ano. “Uma combinação de efeitos de taxas de câmbio, redução de custos, a saída de Polvo, no Brasil, bem como o baixo nível de atividades de exploração, reduziu o nível no break-even para cerca de US$ 40 a US$ 45 por barril.”
A empresa destacou, em nota, que o fechamento do escritório integra sua estratégia de “não buscar maior crescimento no Brasil”, com base nas atuais dificuldades por que passa o mercado brasileiro de óleo e gás. Além disso, a companhia ressaltou que vem reduzindo sua organização no país desde 2014.
No entanto, há expectativa quanto a um possível retorno nos próximos anos. A empresa ainda possui participações de 20% no bloco C-M-101, onde está localizada a descoberta de Wahoo, e de 27% no bloco C-M-61, com a reserva de Itaipu, ambos na Bacia de Campos. Atualmente as duas unidades estão em espera, e recentemente a Agência Nacional do Petróleo (ANP) estendeu até 2022 os prazos para que as operadoras da área, Anadarko e BP, concluam os compromissos de investimento na avaliação de descobertas.
Apesar do programa de venda de ativos, a Maersk Oil registrou aumento em sua produção global, impulsionada pelo desenvolvimento do campo de Golden Eagle, no Reino Unido, que subiu 39% no período. As operações da empresa no Qatar, por sua vez, foram elevadas em 19% no trimestre. “Enquanto as condições do mercado continuam desafiadoras, nós seguimos ajustando nossa base de custos a novas condições e mantendo uma boa performance operacional em nossos negócios”, afirmou em nota o CEO da Maersk, Nils Smedegaard (foto).
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