MAERSK PODE TER PAGADO PROPINA A PAULO ROBERTO COSTA PARA A PETROBRÁS ALUGAR NAVIOS DO GRUPO | Petronotícias




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MAERSK PODE TER PAGADO PROPINA A PAULO ROBERTO COSTA PARA A PETROBRÁS ALUGAR NAVIOS DO GRUPO

paulorobertoDocumentos apreendidos pela Polícia Federal no apartamento de ex-diretor da Petrobrás Paulo Roberto Costa (foto) detalham um esquema de pagamento de propina por parte do Grupo Maersk para alugar navios à Petrobras, entre 2006 e 2010. Segundo reportagem da revista Época, a transportadora teria pagado ao menos R$ 6,2 milhões no período.

O valor da comissão equivale a 1,25% de cada carga da Petrobrás transportada nos navios da Maersk. Segundo a reportagem, de cada pagamento feito pela estatal, esse percentual era devolvido a Paulo Roberto na forma de propina. O ex-diretor teria fechado em 2006 um contrato secreto com a companhia e colocado na transação Wanderley Gandra, um ex-piloto de helicóptero que prestava serviços à Petrobrás, que receberia por carga transportada no navio DS Performer.

De acordo com a reportagem, houve pagamentos seguindo esse esquema no afretamento de, ao menos, 11 navios da Maersk. Na contabilidade prestada por Gandra a Paulo Roberto, todos os valores eram sacados como lucro. A mesma comissão seria paga à Maersk do Brasil, subsidiária da empresa dinamarquesa. Nos anos seguintes, acordos semelhantes forma fechados. Segundo reportagem da Folha de São Paulo, alguns desses contratos foram baseados em autorizações verbais.

Wanderley Gandra afirmou à Época que a intermediação de contratos da Petrobras com a Maersk é “absolutamente normal”. Sobre as planilhas apreendidas com Paulo Roberto, ele disse que não entregou nada ao ex-diretor. “Nunca repassei dinheiro a ele. Perguntei como poderia participar de concorrências de fretamento da Petrobras. Mas não como informação privilegiada, só como orientação.”

Em resposta à revista Época, o Grupo Maersk divulgou nota oficial informando que o pagamento de taxas para corretores é de 1,25% sobre o total de ganhos é uma norma internacional. “Todos os petroleiros e navios gaseiros fretados para a Petrobrás envolveram contratos fixos nos níveis prevalecentes no mercado da época. A Maersk torna a reiterar, em linha com a sua política, que trabalha contra todos os tipos de corrupção, está em conformidade com a legislação”, afirma o comunicado.

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