MAGDA CHAMBRIARD DIZ QUE FOCO DA PETROBRÁS APENAS EM PETRÓLEO E GÁS É UM RETROCESSO PARA A EMPRESA
Por Davi de Souza (davi@petronoticias.com.br) –
Os antigos comandantes da Petrobrás deixaram os livros de história da própria empresa empoeirados na estante e resolveram navegar por outros mares ainda desconhecidos. Essa é a avaliação de alguém que viveu o dia a dia da companhia por muitos anos. Nossa entrevistada de hoje (7) será Magda Chambriard, ex-diretora geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP) e atualmente sócia da Chambriard Engenharia e Energia. Ela trabalhou por quase 23 anos na estatal e viu de perto, ainda nos anos 90, discussões internas sobre a petroleira transformar-se em uma empresa de energia, com uma atuação mais ampla. Nos últimos anos, porém, alguns gestores mudaram a direção da Petrobrás, focando esforços apenas na exploração e produção (E&P) de petróleo. “Eu enxergo isso como um retrocesso muito grande. Gostaria até de saber com que autoridade a gestão da empresa fez isso”, questiona. Magda vai além e crava: “Se o pré-sal motivou tudo isso, o pré-sal então foi um mau resultado, porque está desconstruindo uma empresa que estava preparando-se para o futuro”. A engenheira reforça que valoriza o papel da companhia, mas que algumas administrações passadas tiveram posturas questionáveis: “Acho que a Petrobrás é o que temos de grandioso no país, mas às vezes ela tem que resistir a algumas gestões. Do contrário, o dano pode ser grande”. Olhando para o futuro, Magda vê com bons olhos a nova gestão, liderada pelo general Joaquim Silva e Luna. A entrevistada acredita que o novo presidente irá rever o foco de atuação da estatal.
Nesta conversa com o Petronotícias, Magda comenta ainda sobre outros temas, como o conteúdo local. Ela acredita que essa questão é uma discussão urgente, porque faz parte de uma estratégia de melhoria da vida no Brasil. “Se o país não emprega a mão de obra brasileira na indústria, no final das contas estará afetando a própria democracia brasileira”, avalia. A entrevistada lembra que o Brasil produziu, desde 2000, mais de 100 barcos de apoio – um volume que mostra a capacitação e qualidade da indústria nacional. A engenheira falou também sobre a regulamentação de pontos importantes da Nova Lei do Gás – processo que ao seu ver deve levar pelo menos um ano ou mais até ser concluído. Por fim, Magda fez considerações sobre a política de preços de combustíveis, pedindo maior periodicidade nos reajustes.
Para começar nossa conversa, queria comentar sobre a Lei do Gás. Gostaria da sua avaliação sobre essa lei e uma análise dos principais pontos que precisam ser regulamentados a partir de agora.
A assinatura do TCC entre a Petrobrás e o CADE e também a Lei do Gás trouxeram a possibilidade de o país ter mais de uma ofertante da molécula de gás. Isso, por si só, já um grande ganho. Contudo, ainda é necessário definir algumas coisas. Isto é, toda a parte de livre acesso às instalações essenciais que vieram com a Lei do Gás precisam ser definidas e regulamentadas pela ANP.
Por exemplo: é preciso que exista um código de acesso para sinalizar que uma instalação essencial está disponível para um terceira parte. Ou seja, um documento que torne público que uma determinada instalação possui capacidade disponível para quem quiser contratar. O código de acesso é uma questão essencial e a regulamentação desse acesso de terceiros às instalações essenciais, que a lei agora permite, é um aprimoramento regulatório que precisa ser feito.
Outra questão importante é a tarifa. No caso dos gasodutos de transportes, a ANP já tem a prerrogativa de verificar tarifas. A ANP não interfere estabelecendo preços, mas sim determinando o máximo de tarifa, como fazem as agências reguladoras em geral. Então, nesse caso, será preciso fazer a verificação de tarifas nos gasodutos de escoamento também. Uma vez que teremos um agente cobrando tarifas de um terceiro, isso vai impactar no preço final do gás para a sociedade. Por isso, é preciso que a ANP diga se essa tarifa é justa ou não. Se essa tarifa de acesso for extremamente alta, pode onerar o gás mesmo ou impedi-lo de chegar ao consumidor final.
Por fim, existe a questão da definição de gasodutos de transporte ou distribuição em um estado grande. Em São Paulo, por exemplo, a agência reguladora estadual definiu um gasoduto que sobe à serra como sendo de distribuição, mas a indústria questionou essa classificação [Nota da redação: a entrevistada se refere ao gasoduto “Subida da Serra”]. Isso virou um case para submeter um projeto de lei ao Congresso Nacional visando definir os parâmetros de classificação de gasodutos. Ou seja, existe discussão sobre o que é a própria definição de gasoduto de transporte e de distribuição. Havendo essa discussão, não há como a ANP ficar de fora.
Todas as vezes em que há discussão entre as partes é porque alguma coisa não ficou definida ainda. A lei é muito nova. Em decorrência dela, teremos diversas obrigações de regulação e isso não é rápido. Eu imagino que a ANP vai gastar ainda pelo menos um ano, ou até um pouco mais, para regular todos esses itens.
Mudando de assunto, gostaria de falar sobre conteúdo local. O país mudou nos últimos anos os percentuais de contratação de conteúdo nacional, trazendo impactos para a nossa indústria. Poderia comentar sobre as consequências desse movimento?
O estado do Rio de Janeiro e o país precisam confiar que haverá conteúdo local, de forma a alavancar a indústria brasileira de bens e serviços. Se os projetos e obras forem para o exterior, estaremos abrindo mão do pré-sal. Não adianta fazer uma lei para daqui a cinco anos para prestar serviços daqui a 10 anos, porque o tempo do pré-sal terá passado. O que não fizermos nessa década será um desperdício da oportunidade do pré-sal para o Brasil. Portanto, essa discussão é muito urgente.
A indústria, em geral, paga muito mais do que a média de remuneração do país em outras formas de geração de emprego e renda. Se o país não emprega a mão de obra nacional na indústria, no final das contas estará afetando a própria democracia brasileira. Porque se as pessoas não têm boa remuneração, elas não se treinam, não treinam seus dependentes e acabam vivendo sem poder enfrentar as discussões do país. A questão do conteúdo local é muito mais do que comprar ou deixar de comprar no Brasil.
Estados com tradição no fornecimento para a indústria de óleo e gás, como o Rio de Janeiro, sentiram o baque dessa mudança de política…
Exatamente. A assessoria fiscal da Alerj fez um trabalho [disponível neste link] que mostra que o Estado do Rio de Janeiro fica com apenas 19% dos investimentos da Petrobrás. A nota aponta que uma parcela de 70% da distribuição de valores pela empresa em termos de investimentos (datado de agosto de 2020) vai para outros países.
Quando contratamos uma empresa que aceita a regra e que tem, inclusive, a prerrogativa de escolher os ativos nos quais deseja ser a operadora, o mínimo que se espera dessa empresa é que cumpra o contrato assinado. Se existe um motivo de força maior pelo qual essa companhia não possa cumprir aqueles valores [de conteúdo local], isso precisa estar muito claro para a sociedade. A sociedade precisa entender bem isso. E hoje em dia, até onde eu percebo, essa impossibilidade de cumprir os compromissos não está clara. Do contrário, não haveria toda essa briga.
Não podemos negar que, dos anos 2000 para cá, foram construídas mais de 100 embarcações de apoio no Brasil. Isso é inexorável. Estamos falando em um número de três dígitos. Ou seja: esse trabalho foi satisfatório. Do contrário, teríamos parado no quinto ou sexto barco. Esse fato demonstra a capacitação brasileira. Da mesma forma, quando olhamos para equipamentos subsea, válvulas, etc., você vê que também são produtos que estão sendo assimilados, inclusive, fora do Brasil. Então, nesse caso, também mostramos que somos capazes. Em relação aos módulos, muitos deles também foram feitos no Brasil de forma satisfatória.
Muitos críticos da contratação da indústria nacional alegam, no entanto, que nossos fornecedores atrasam a entrega de projetos. Como avalia e rebate esse argumento?
Os atrasos de uma obra são decorrentes de várias etapas. Até onde eu sei, uma grande plataforma, por exemplo, é mix de itens brasileiros e estrangeiros montados e atuantes em sinergia. Como definir se um atraso é de responsabilidade do fabricante brasileiro ou do estrangeiro, inclusive quando há casos de mudanças de projetos pleiteados pelo contratante? Lembro-me de uma apresentação de 2012 da Graça Foster [ex-presidente da Petrobrás] na qual se dedicou a mostrar atrasos gigantescos de obras feitas no exterior.
A minha percepção é que o Brasil investiu ao longo do tempo em uma empreitada de longo prazo. A mudança de opinião [sobre o conteúdo local] traz prejuízo para a sociedade, porque destrói o valor que estava sendo gestado. Era um aprimoramento para a sociedade, em termos de inserção de tecnologia, de treinamento de mão de obra e de semeadura de empresas.
Existe um bem maior, o bem estar social, que foi pensado no momento de licitação desses projetos. Na verdade, quando o país licita um bloco, o que está em mente é que aquela exploração e produção terá que entregar uma cesta de coisas para a sociedade, que vão muito além de royalties e participação especial.
Poderia destacar alguns itens dessa “cesta” de benefícios que você citou?
São compensações, obrigações, desenvolvimento industrial, desenvolvimento tecnológico e treinamento de pessoal. A gama de ações decorrentes de uma licitação passa muito além de ir a um hotel e ver qual empresa paga mais. É muito mais do que isso. Existe um plano de desenvolvimento nacional por trás. Ou pelo menos deveria existir.
Se retrocedêssemos uns dez anos atrás, veríamos o Norte Fluminense palpitando. Além disso, veríamos também uma série de portos apoiando a indústria. Enquanto isso, a Baía de Guanabara estaria cheia de obras – eu mesmo fui madrinha de dois barcos de apoio. A indústria estava a pleno emprego. Havia disputa por estagiários de geologia e engenharia. Os universitários estavam sendo disputados já no quarto ano de faculdade.
Hoje em dia, porém, o país está com 15 milhões de desempregados. O estado do Rio de Janeiro está com seus estaleiros às moscas.
Magda, vamos falar agora de Petrobrás. A empresa mudou há pouco tempo de presidente. Qual sua expectativa com o futuro da empresa sob a batuta de Silva e Luna?
Eu estou com muita esperança nessa reestruturação e substituição feita na [gestão da] Petrobrás. Eu já soube, por exemplo, que o presidente da Petrobrás está visitando as refinarias, querendo entender um pouco mais sobre o que está acontecendo de fato nas suas instalações. Eu entendo isso como uma preocupação de resposta à sociedade. Então, creio que nessa direção devemos ter novidades e, se Deus quiser, não serão apenas no refino, mas também em relação a indústria brasileira como um todo.
Um fato que chama a atenção é que muitas petroleiras internacionais estão transformando-se em empresas amplas de energia, como a Equinor e TotalEnergies. A Petrobrás, contudo, vai na contramão e foca no pré-sal e em E&P. Como enxerga essa postura?
Eu enxergo isso como um retrocesso muito grande. Eu trabalhei por muitos anos na Petrobrás, entrei na empresa muito jovem. Lembro-me de discussões internas, no início da década de 90, sobre o destino da Petrobrás ser uma empresa de energia. Veja bem, estou falando do início de 1990. Ou seja, essa discussão não é de agora, mas já tem pelo menos uns 30 anos.
De repente, a Petrobrás resolveu que não era mais uma empresa de energia. Eu gostaria até de saber com que autoridade a gestão da empresa fez isso, mesmo que a Petrobrás tenha muito ativos do pré-sal. Se o pré-sal motivou tudo isso, o pré-sal então foi um mau resultado, porque está desconstruindo uma empresa que estava preparando-se para o futuro. Enquanto a Petrobrás se desconstruía como empresa de energia, a Europa começou a falar em determinação de emissão zero em 2050, daqui a 30 anos.
O que eu sei de petróleo lá eu aprendi. Estou longe de menosprezar a empresa. Acho que a Petrobrás é o que temos de grandioso no país, mas às vezes ela tem que resistir a algumas gestões. Do contrário, o dano pode ser grande. A companhia abriu mão de seu planejamento de longo prazo em prol do curto. Ela não conseguiu que esses planejamentos necessários de curto, médio e longo prazo coexistissem. Mas, como disse antes, tenho grande esperança que isso será retomado nessa nova gestão da Petrobrás.
Outra polêmica envolvendo a Petrobrás tem sido a política de preços de derivados. Há muitas críticas sobre a frequência nos reajustes. Seria interessante ouvir suas considerações sobre esse cenário.
O abastecimento nacional de combustíveis não pode ser olhado como uma questão privada, sem satisfação para a sociedade. O abastecimento de combustíveis é uma questão de segurança nacional em qualquer país do mundo. As primeiras fontes de energia primária do Brasil são petróleo, derivados e gás natural. Então, a Petrobrás e seus acionistas, leia-se o governo brasileiro, precisam entender que a empresa tem uma questão de segurança nacional em mãos.
Desde sempre, a Petrobrás teve seus preços de petróleo e derivados alinhados ao mercado internacional. Nunca foi diferente. O que era diferente, no passado, era a periodicidade dos reajustes. Não estou falando aqui só de paridade internacional, mas também de periodicidade e de mecanismos atenuadores de variações bruscas.
No passado, tínhamos um mecanismo que era a CIDE [Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico]. Se não resolvia todos os problemas, pelo menos os atenuava. A CIDE foi se esgotando e zerou – continuou existindo, mas com zero encaixe. Enquanto isso, o preço do petróleo caiu, mas isso não foi refletido na bomba. A CIDE, por sua vez, não foi recomposta.
Fechamos o ano de 2019 com o dólar na ordem de R$ 4,10 e quando chegamos a maio de 2020, o dólar estava em R$ 5,80. De dezembro de 2019 a maio de 2020, o petróleo e seus derivados, em reais, aumentaram quase 50%. Essa diferença não aumentou diretamente. Impactou mas foi atenuada pela Covid-19. A pandemia postergou a discussão, que acabou ocorrendo. Quando há uma desvalorização cambial desta monta, estamos lidando com um problema de segurança nacional – que será afetada -, porque nossa cesta básica roda sobre as estradas. O combustível afeta tudo no Brasil. E depois você não vai querer que isso gere inflação? Vai gerar.
E qual seria a solução para esse cenário?
O problema de abastecimento nacional de combustível passa pela desvalorização cambial e pela necessidade de uma CIDE. Adicionalmente, a discussão maior não está posta na questão de ser paridade internacional ou não, mas se trata mais de uma discussão da periodicidade desses reajustes. Quanto mais lastro você tiver, maior pode ser essa periodicidade. O país precisa criar seu lastro para enfrentar a incerteza. Esse lastro tem que ser tão maior quanto maior for o intervalo entre reajustes.
Toda essa questão precisa ser pensada à luz de uma questão de segurança nacional. O Brasil precisa andar em um lado mais seguro que, ao meu ver, tem a ver com mais lastro, CIDE e prazos de reajustes mais longos, em respeito à sociedade.
Disse a ex-diretora que atuou na era Dilma, época sombria da Petrobras
Comentário inútil. Analise o dito e rebata ao invés de criar apenas cizânias que não levam a lugar algum, como são as suas postagens apenas de comparações ou rotulagem, sem quaisquer consequências práticas.
A resposta prevista é me xingar e colocar um carimbo fake de comunista, petista etc.
Não importa o que eu escrever aqui, não vai mudar sua opinião e seu jeito obsoleto e equivocado de ser. É uma perda de tempo e desperdício de energia e espaço ver um artigo cheio de falácias e opiniões enviesadas e um bando de baba-ovo esquerdista vir aqui regozijar..
Como previsto com um nível ainda mais rasteiro.
Primeiramente, esta ex-diretora estava na ANP e não se manifestou quando o governo Dilma mandou manipular os preços de combustíveis deixando a Petrobras em uma situação delicada e ampliando suas dívidas vendendo combustível abaixo do preço internacional, não vou nem falar também no impacto em empresas importadoras e distribuidoras de combustível no país. A ignorância e mau-caratismo quer transformar um acontecimento bom para o mercado de gás no país e coloca o carro na frente dos bois para criticar a Lei do Gás. Ela se esquece que o desinvestimento da Petrobras é instrução do CADE para acabar com o monopólio… Read more »
Continua com cizânias e afirmações incorretas, com base em julgamentos pessoais. O pré-sal não dará ao Brasil, infelizmente, o título de maior exportador de petróleo do mundo. Nem chegará perto. Focar só em exploração é um crime e só discurso pois já vendeu bons ativos do pré-sal. Poe exemplo Bacalhau. O CADE instrui de acordo com o governo de plantão. As energias alternativas que estão aceleradas no mundo todo, Europa, Ásia e América do Norte, e todas têm fomento e financiamento estatal e leis determinando prazos de mudança. Sairemos de um monopólio estatal para um privado como a Coelba na… Read more »
Típico discurso de esquerdista retrógrado. Vai pra China, Cuba ou Coréia do Norte.. Ou melhor vai pra Argentina! Um dos maiores produtores de proteína bovina e a população mal consegue comprar com os preços exorbitantes. Você é um mal caratér e faz parte exatamente do atraso do páis. Comunista vive na mentira. Vocês são culpados pela corrupção generalizada, a impunidade, a cultura da romantização da criminalidade e das drogas, da alienação do povo pobre e sua escravização. 8 anos de FHC que é socialista, 8 anos de Luladrão, 6 anos de Dilmanta e mais 2 do seu vice Temer. Não… Read more »
De novo e igual. Quem não tem argumenta xinga. Parece um menino peralta.
Você é ignorante e não tem moral nem coragem pra responder, se esconde atrás da sua máscara de moralidade mas como cientista da área e ex-petrobras, apoia gente corrupta, gente que almeja poder as custas do bem das estatais e do país e ainda propaga ideais falhos que só perpetuam o subdesenvolvimento no país. Você não tem vergonha nenhuma na cara, né?
Tenho. O irresponsável aqui é o senhor que mente e divulga fakes sobre o que não conhece. É a última resposta que te dou pois não vale a pena continuar conversar com um fanático na acepção da palavra. Que aponta o dedo, prova! Agressões gratuitas são próprias dos covardes e desequilibrados consonantes com o vosso perfil de espalhador de ódio e ausência de conteúdo. Vá lamber sabão!
Liberdade de expressão, seu velho hipócrita, você se ofende é com os argumentos que não pode refutar, POR SER A VERDADE! O senhor é que é um MENTIROSO e MAL CARÁTER! https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2014/08/08/prejuizo-com-precos-controlados-sobe-55-e-petrobras-busca-alta-da-gasolina.htm
Prezada Sra. Magda Chambriard, “seus comentários”, são os meus. Eu sou fornecedor Petrobrás desde o ano de 2003. Tenho vários e vários e repito vários exemplos do quanto o “governo, ministro da economia Paulo Guedes e o antigo presidente da Petrobrás Roberto da Cunha Castello Branco” são péssimos dirigentes péssimos geradores de empregos. E longe, mais muito longe de fazer comentários de apoio antigo governo. Os meus comentários são completamente técnicos em que infelizmente estão acontecendo. O programa conteúdo local, é um excelente programa, tudo bem precisa de ajustes, ok, quer mudar o nome pois está ligado ao antigo governo,… Read more »
Opiniões lúcidas. Focando só no petróleo a Petrobras deixa de ser uma empresa de energia. Os biocombustíveis e a geração de H a partir do sol e vento nem ao menos são discutidos. É só olhar o que publicam os americanos, europeus, os asiáticos e a IEA em termos de expectativas. Também a captura de CO2 em reservatórios depletados e armazenamento de H são pouco comentados e tais reservatórios, todos, estão sendo vendidos ou abandonados. Quem os adquiriram ganharão muito com tais finalidades. O conteúdo local quase inexiste enquanto o desemprego aumenta no Brasil e diminui onde são feitas as… Read more »
E nem falei da geração de energia H, via gás. O melhor ativo do pré-sal de gás associado e elevada pressão, o Campo de Bacalhau antiga descoberta Carcará, foi vendido e o norte não adquirido na concorrência, algo que sempre lembrarei a todos os gerentes que passaram pela Petrobras pelo mau negócio. Parabéns a Equinor, Exxon e Galp que adquiriram os ativos além do Campo de Guanxuma, contíguo, com avaliação ainda desconhecida. Quem acompanhou sabe como eu avaliei e avalio tal venda. com anuncio de gastos de US$ 8 bilhões dito pelo consórcio proprietário. O senhor Pedro Parente lá Petrobrás… Read more »
Sou contra a PPI ignorada pela Magda pois penaliza as empresas que produzem aqui no Brasil e pagam cabotagem e custos internação por algo que não faz sentido.
Também nenhuma concorrência pode ser estabelecida para elevar preços e criar monopólio privados como vem ocorrendo e ocorrerá com a venda das refinarias brasileiras.
Excelente entrevista!
Parabéns, Magda, pela excelente entrevista, com muita clareza sobre assuntos cruciais para o desenvolvimento da economia nacional.
O conteúdo local é caminho crítico para o fortalecimento da nossa indústria.
Temos competência comprovada na fabricação de jatos comerciais pela Embraer, que concorre com as gigantes Boeing e Airbus, entre outras.
Podemos também nos tornar muito competitivos em construção naval, contudo, é necessário haver apoio institucional.
Petrobras ignora benefícios do Conteúdo Local e falhas no exterior. https://www.linkedin.com/feed/update/urn:li:activity:6803502163000623104/ Plataforma feita na Ásia ficou 6 meses em reparo. Níveis adequados de Conteúdo Local em plataformas de petróleo não significam a adoção de reserva de mercado. O baixo nível de produção no Brasil atualmente é um retrocesso, com consequências danosas para a indústria brasileira e seus trabalhadores, denuncia Ariovaldo Rocha, presidente do Sinaval (sindicato da indústria naval). Em nota, a entidade rebate afirmações feitas na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) pelo gerente de Conteúdo Local da Petrobras, Edival Dan Junior, nesta segunda-feira. Ele atribuiu à exigência de produção nacional… Read more »
No site obtido aqui mesmo numa publicação do PetroNotícias está o mapa de H verde e outros no mundo. https://www.thehydrogenmap.com
Opinião embasada e até óbvia. A que ponto chegamos. Os retrocessos estão em todas as áreas e a visão de curto prazo (típica de financistas) está literalmente DESTRUINDO o Brasil e promovendo concentração de rendas nunca antes vistas. Precarizações e atrasos, redução do poder de consumo, tudo em prol de “lucros a curto prazo” para os mesmos.