MAGDA CHAMBRIARD DIZ QUE PETROBRÁS AVALIA ADAPTAÇÕES EM PLATAFORMAS PARA AMPLIAR OFERTA DE GÁS

“Vamos ter mais gás chegando [à costa]”. Essa foi a promessa feita hoje (25) pela presidente da Petrobrás, Magda Chambriard, a uma plateia de executivos do setor de energia durante um evento promovido pela Firjan, no Rio de Janeiro. A fala foi bastante celebrada com aplausos pelos presentes, que ouviram também da presidente da estatal alguns dos planos da companhia para ampliar a oferta do insumo. Segundo Magda, a Petrobrás avalia no momento fazer mudanças em algumas das plataformas que estão em construção para que essas unidades possam ter a capacidade de exportação de gás.

“Estamos trabalhando para trazer mais gás para a costa. Quando cheguei à Petrobras, me deparei com algumas obras, plataformas de grande porte, que não tinham a possibilidade de exportar gás para a costa. Elas foram projetadas dessa forma por uma questão de economicidade, sem viabilidade de exportação. Assim, a reinjeção do gás nelas é obrigatória. No entanto, estamos trabalhando para reverter essa situação. Estamos buscando mais gás no pós-sal, estamos buscando mais gás no pré-sal, e o esforço tem sido grande. Mas a minha mensagem principal é a seguinte: você pode acreditar, vai ter mais gás”, afirmou.

A gerente geral de Petróleo, Gás, Energias e Naval da Firjan, Karine Fragoso, também participou do evento

Segundo a reportagem do Petronotícias apurou, atualmente a Petrobrás tem seis plataformas sendo construídas sem a possibilidade de exportação de gás natural. São elas: Búzios 7 (P-78), Búzios 9 (P-80), Búzios 10 (P-82) e Búzios 11 (P-83), além de Mero 3 (FPSO Marechal Duque de Caxias) e Mero 4 (FPSO Alexandre de Gusmão). A presidente da companhia ainda não deixou claro quais dessas unidades poderiam ter modificações ou adaptações para incluir a possibilidade de exportar gás natural.

FIRJAN LANÇA LIVRO SOBRE O MERCADO DE GÁS NATURAL

A promessa de trazer mais gás para a costa revelada pela presidente da Petrobrás aconteceu durante o lançamento do livro “Mercado de Gás Natural no Brasil”, lançado pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (FIRJAN). A publicação foi organizada pela Sócia fundadora da SG Advogados, Daniela Santos (foto à esquerda), e pela diretora da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Symone Araújo. O presidente da Firjan, Luiz Césio Caetano, a gerente geral de Petróleo, Gás, Energias e Naval da Firjan, Karine Fragoso, o diretor-geral da ANP, Rodolfo Saboia, e diversos outros nomes da indústria também participaram do evento.

“O propósito da Firjan é estar à disposição de empresas e agentes do mercado, como sempre estivemos, para apoiar iniciativas que tragam inovação e competitividade ao setor. Em um cenário de tantas transformações, é essencial termos momentos como este para trocar ideias, compartilhar conhecimento e, sobretudo, construir pontes que nos ajudem a enfrentar os grandes desafios, propondo soluções”, disse Luiz Césio Caetano.

O livro aborda, de forma abrangente e detalhada, as complexidades e dinâmicas do mercado de gás natural no Brasil, com o objetivo de oferecer uma análise aprofundada sobre a oferta, a competição e os preços no setor. A equipe de Petróleo, Gás e Naval da Firjan contribui com três artigos: um sobre o potencial do Gás Natural para a descarbonização da economia brasileira, da gerente-geral de Petróleo, Gás e Naval da Firjan, Karine Fragoso; outro sobre Gás Release, do gerente de Cenários de Petróleo, Gás, Energias e Naval da Firjan SENAI SESI, Fernando Montera; e um terceiro sobre questões regulatórias do Gás Natural Comprimido e Gás Natural Liquefeito, de Fernando Montera e Bruna Duarte, especialista em Regulação de Petróleo e Gás da Firjan.

Ao todo, são 36 artigos de 60 autores (30 homens e 30 mulheres). Destinado a profissionais do setor de energia, reguladores, investidores, acadêmicos e estudantes, o livro busca entender as nuances do mercado de gás natural no Brasil e suas perspectivas futuras. Com contribuições de especialistas renomados, a obra explora temas como concorrência, regulamentação, novas tecnologias, acesso e infraestrutura, estocagem e segurança, além da diversificação e sustentabilidade.