MAIOR FORNECEDOR DE URÂNIO PARA A FRANÇA, O NIGER TEME UMA INVASÃO POR TROPAS MILITARES FRANCESAS NO PAÍS | Petronotícias





MAIOR FORNECEDOR DE URÂNIO PARA A FRANÇA, O NIGER TEME UMA INVASÃO POR TROPAS MILITARES FRANCESAS NO PAÍS

oranoAumenta e muito a tensão na região ocidental da África. O regime militar do Níger está preocupado com a movimentação de tropas francesas em vários países africanos. A cúpula do governo assumiu o poder em julho e teme  uma intervenção militar francesa  no país. O Coronel Major Amadou Abdramane(foto abaixo a direita), em um comunicado do governo, disse que  “A França continua a deslocar as suas forças para vários países da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO),  como parte dos preparativos para uma agressão contra o Níger, que está planejada em colaboração com esta organização comunitária.” O Niger é o maior fornecedor  de Urânio para França, o que traz uma grande preocupação para o governo de Emmanuel Macron, que tem a maior

URANI parte de sua energia gerada por usinas nucleares. Como antiga colônia francesa, é das minas do Niger que se extrai a grande parte do urânio usado pelos franceses.

O Níger é o  segundo fornecedor da União Europeia em um  ano normal, a Orano produz 8 mil toneladas de urânio, das quais 5 mil  vêm do Canadá, 2 mil  do Cazaquistão e mil do Níger”, explicou o CEO do grupo, Philippe Knoche(foto principal). Em uma escala global, o Níger representa  4,7% da produção mundial de urânio, atrás do Cazaquistão (43%), Canadá (15%), Namíbia (11%) e Austrália (8%). Para a Europa e a França, a dependência é, no entanto, mais forte. De acordo com os números da Euratom, o Níger foi o segundo maior fornecedor de urânio à União Europeia em 2022. Para a França, em particular, o Níger representa 15 a 17% das importações recebidas nos últimos dez anos.

Segundo Abdramane, esta implantação militar ocorre especialmente “na Costa do Marfim, no Senegal e no Benin”. Após o golpe de 26 de Julho, a CEDEAO ameaçou intervir militarmente no Níger e até iniciou os preparativos. A França, que conta com 1.500 soldados de um contingente anti-jihadista, apoiou a decisão. As relações dos militares do Niger como potência colonial e aliado fundamental na luta anti-jihadista,  deterioraram-se devido à posição da França com o presidente deposto Mohamed TANQUESBazoum. A junta, que quer a saída do contingente francês do país, anunciou no início de agosto que se retirava dos acordos de cooperação assinados com Paris. No  dia 1 de Setembro houve uma reunião entre o chefe do Estado-Maior do Níger e o comandante das forças francesas  na África para discutir  um plano para a retirada de  militares franceses. Os militares que deram um golpe de Estado no Níger em julho expulsaram, no dia 25 de agosto, o embaixador da França no país. A chancelaria do Niger avisou que retirou as credenciais do diplomata francês, acusado de ações do governo francês contrárias ao interesse do Níger.

Devido à falta de fornecimento de produtos químicos, o grupo francês Orano interromperam temporariamente a produção de concentrado de urânio no país. No entanto, considera que a segurança do abastecimento dos seus clientes não está em risco. Em consequências do golpe de Estado começam a paralisar a atividade de extração e enriquecimento de urânio. o grupo Orano, que anunciou  “manutenção antecipada” da sua fábrica em Somaïr, por falta de fornecimentos suficientes para o funcionamento doCORONEL local. Em um comunicado disse que  “A unidade de Somaïr foi obrigada a ajustar a organização dos trabalhos antecipando as suas atividades de manutenção inicialmente previstas para o início de 2024, devido à redução dos seus stocks de produtos químicos”, apontando o impacto das sanções comerciais impostas pela CEDEAO sobre o Níger e o fechamento das fronteiras.

Concretamente, isto significa parar a produção local de concentrado de urânio que é comercializado a clientes para ser convertido e enriquecido, com vista à produção de combustível. destinado a usinas nucleares. A mina Somaïr (37% detida pelo Estado do Níger). A Orano exporta tradicionalmente o seu concentrado de urânio para o Benim e depois para França ou Canadá, através de aproximadamente quatro a seis remessas por ano. Neste contexto, Orano, porém, descarta qualquer risco de escassez de urânio. “Não estamos em uma situação de emergência de curto prazo. Até ao final do ano  o grupo que acredita que a segurança de abastecimento dos seus clientes está garantida graças à diversificação geográfica das suas áreas de atuação”.

 

 

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