MAIS UM DIA SEM SOLUÇÕES À VISTA PARA OS NAVIOS IRANIANOS ANCORADOS SEM COMBUSTÍVEL NO PARANÁ | Petronotícias




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MAIS UM DIA SEM SOLUÇÕES À VISTA PARA OS NAVIOS IRANIANOS ANCORADOS SEM COMBUSTÍVEL NO PARANÁ

SSSSAO Presidente Jair Bolsonaro disse que o Brasil está alinhado com os Estados Unidos, o que dificulta, e muito, a solução do problema dos dois navios iranianos ancorados na costa de Paranaguá, a 20 quilômetros da costa. O embaixador do Irã no Brasil, Seyed Ali Saghaeyan, foi ao Itamaraty saber que providências estavam sendo tomadas pelo governo brasileiro que ajudem a solucionar o problema. A Petrobrás não pode abastece-los. Há uma outra empresa, mas ela não tem o combustível especial para abastecer esses navios. Um deles já está carregado com 50 mil toneladas de milho. Os navios trouxeram ureia importada para o Brasil e o produto, que foi descarregado no mês passado, faz parte da lista de restrições impostas por Washington ao comércio com Teerã. A partir de agora, o Brasil não comprará mais a ureia iraniana.

A questão foi discutida com o secretário de negociações bilaterais no Oriente Médio, Europa e África do Ministério das Relações Exteriores, Kenneth Félix Haczynski da Nóbrega. O diplomata iraniano comentou que Teerã tem várias dúvidas a respeito de como o governo brasileiro está se movimentando para a resolver o problema. Ali Saghaeyan deixou o Itamaraty sem uma resposta concreta. Os navios foram fretados pela empresa brasileira Eleva e deveriam voltar ao Irã com 100 mil toneladas de milho, depois de deixar no Brasil a ureia importada. A Eleva argumenta que as embarcações entraram legalmente no Brasil e que comprou o produto de firmas que não estão na lista de entidades sancionadas pelos Estados Unidos. Por enquanto, nenhuma solução no horizonte.

Há outro fornecedor de combustível no porto de Paranaguá, porém ele não tem o tipo usado pelos navios, o IFO 380. As embarcações não funcionam com o óleo diesel hoje disponível no local. Há ainda uma alternativa, a operação “ ship to ship ”, que envolve a transferência de combustível de uma embarcação para outra. A opção também é considerada inviável pela Eleva, que alega serem altos os riscos envolvidos, uma vez que os navios estão sem combustível para realizar as manobras necessárias. A decisão final será tomada no Supremo Tribunal Federal (STF), ao qual a Petrobrás recorreu, depois que a Eleva obteve uma liminar na Justiça do Paraná obrigando a estatal a fornecer o combustível. Na última sexta-feira (19), a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, deu um parecer favorável à Petrobrás. A estatal, caso venha a fornecer o combustível, corre o risco de bloqueio de ativos, queda das ações na Bolsa americana e antecipação da cobrança de uma dívida de US$ 78 bilhões nos Estados Unidos,  além de ter os negócios afetados com empresas americanas.

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