MANCHAS DE PETRÓLEO CONTINUAM A APARECER NAS PRAIAS DO NORDESTE. EQUIPES JÁ RECOLHERAM QUASE 200 TONELADAS
O dia termina com um resultado muito preocupante: até agora já foram recolhidas quase 200 toneladas de borra de petróleo nas praias do nordeste, no maior desastre ambienta do nordeste. O material retirado por equipes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), de agentes estaduais e municipais tem sido levado para aterros industriais. Parte deste material já foi incinerado. Quarenta e três dias se passaram e ainda não apareceu nenhuma organização não governamental ligada ao meio ambiente para dar pitaco e muito menos para dar ajuda ou, pelo menos, divulgar uma nota de repúdio ou solidariedade. O óleo já se espalhou por nove estados da região. Uma faixa de mais de 2 mil quilômetros.
Outra repercussão foi a decisão do governador da Bahia em exercício, João Leão, que assinou esta tarde (14) um Decreto Estadual de Emergência para liberação de recursos para seis municípios do estado que foram atingidos pelas manchas de óleo. A assinatura foi em um hotel, no bairro do Campo Grande, em Salvador, e contou com a presença de representantes da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema), Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema). Além do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil Estadual. João Leão disse que “o decreto é para possamos comprar todos os materiais necessários para conter e recolher essas manchas que estão chegando na praia.”
A preocupação neste momento é saber quanto do óleo ainda chegará às praias. Simplesmente não se sabe, neste momento, se a situação já está controlada ou quanto do petróleo ainda chegará ao litoral, dado que se trata de uma matéria pesada, que avança no fundo do mar. A Marinha e a Polícia Federal ainda investigam a origem do problema. Há uma hipótese de um navio “ fantasma” que transporta clandestinamente petróleo e desliga o seu transponder para ser identificado. Essas embarcações fariam contrabando de petróleo e como há sanções restritivas à Venezuela, e o petróleo efetivamente, é venezuelano, essa suspeita é a que se está seguindo. Até a semana passada, 23 embarcações estavam no alvo das investigações. Sobre o tambor com a marca da Shell que apareceu em uma das praias, a companhia petroleira esclareceu rapidamente: ”A Shell Brasil esclarece que o conteúdo original dos tambores localizados na Praia da Formosa, em Sergipe, não tem relação com o óleo cru encontrado em diferentes praias da costa brasileira. São tambores de óleo lubrificante para embarcações, produzido fora do País. O Ibama está ciente do caso”.
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