MANIFESTANTES SAEM ÀS RUAS EM APOIO ÀS MEDIDAS CONTRA O STF E TRUMP PREPARA LISTA DE PUNIÇÕES AINDA MAIS SEVERAS
A mão pesada do presidente Donald Trump vai se fazer presente a cada dia contra o Brasil até que a situação com o Supremo se resolva. Esta semana, por exemplo, poderá ser de grandes emoções. Na verdade, as ações deverão ter foco contra o Supremo Tribunal Federal (STF), mas com reflexos negativos para o país. E, pelo jeito, não há nada que o governo brasileiro possa fazer para tentar conter as possíveis graves punições. Trump parece decidido a separar o Joio do Supremo (joio é uma planta daninha que cresce em campos de trigo prejudicando o seu desenvolvimento) e elegeu Nunes Marques, André Mendonça e Luiz Fux para dar um exemplo. Os dois indicados por Bolsonaro divergem e não parecem alinhados com Alexandre de Moraes. Fux, o único juiz de carreira da corte, diverge, mostra que vê os excessos, mas em muitos casos acompanha os mais radicais. Mesmo assim, os três se livraram das primeiras punições diretas. Ficaram com os vistos para entrarem nos Estados Unidos. Enquanto o STF não der um bom sinal para aliviar as tensões sobre o ex-presidente Bolsonaro e todos os ministros da corte que apoiarem Alexandre de Moraes, incluindo aí a direção da Polícia Federal e o Procurador Paulo Gonet, vão ficar comendo 1 quilo de sal com as ações que o governo americano ainda prepara. E serão muitas. Os líderes americanos disseram que Alexandre de Moraes levantou uma bandeira de guerra contra o presidente americano. E não será nada bom para a sua imagem mundial se Trump perder esta “guerra”. Briga ruim.
Os milhões de manifestantes que seguiram Bolsonaro lotando várias cidades brasileiras, perderam a confiança em seus representantes na Câmara e no Senado. Os presidentes das duas casas pareciam estar coagidos por denúncias perversas conta as suas qualificações. Das duas casas salvaram-se muito poucos. Um aqui, outro ali. E quando eram maioria contra o governo, sucumbiram contra Alexandre de Moraes.
Capitularam, se esconderam e decepcionaram os que ainda procuram acreditar no parlamento. Neste domingo (20), Lula viajou para Santiago para se encontrar com os presidentes do Chile, do Uruguai e da Colômbia. O motivo oficial é o de um encontro para combater Fake News e regulação das redes sociais. Mas, aqui pra nós, sabemos que as orelhas do Trump e do Bolsonaro ficarão bem quentes. Nas ruas, desde sexta-feira (18) à noite, quando os vistos americanos para algumas autoridades brasileiras foram suspensas, houve um movimento espontâneo provocando buzinaços de apoio popular em várias cidades. Há outras manifestações, agora organizadas e programadas. A intensidade delas vai ficar ligada também às ações do governo americano.
Se o presidente Lula reagiu a suspensão dos vistos com uma nota oficial da Presidência da República, classificando a medida adotada pelo governo americano como “inaceitável”, se solidarizando com os ministros da Corte, imagina como irá reagir com o que há de vir. Ele mesmo já é considerado “Persona Non Grata” em Israel. E pode ser também considerado assim também pelos Estados Unidos, dependendo de sua reação. Lula chamou a medida de “arbitrária e completamente sem fundamento” e seguiu nas bravatas: “nenhum tipo de intimidação ou ameaça” irá comprometer “a mais importante missão dos poderes e instituições nacionais, que é atuar permanentemente na defesa e preservação do Estado Democrático de Direito”.
Soube-se que o presidente do STF Luís Roberto Barroso, foi o que mais sentiu porque sua filha, a advogada Luana Von Brussel Barroso e o filho Bruno Barroso, residem lá. Eles terão que retornar ao Brasil urgentemente para não terem o dissabor de serem deportados. Um outro ministro, no entanto, segundo o jornal Valor Econômico, fez piadinha, ironizando a punição e o Secretário de Estado Marco Rubio, lembrando o lendário filme Casablanca, repetindo um célebre frase de um de seus personagens: “sempre teremos Paris.” Mesmo a França, presidida pelo amigo de Lula, Emmanuel Macron, está alinhada com a OTAN e também tem uma punição engatilhada contra o Brasil, mas deve ter esquecido disso.
Além dos aliados de Moraes, os empresários, a economia brasileira e os trabalhadores brasileiros também sofrerão na pele os reflexos das opções que Trump implementará. As bravatas, os xingamentos, as pilherias e o sarcasmo que o presidente Lula tem usado contra Trump, num desafio permanente, não fizeram ele desviar o olhar e o foco centrado em Moraes. Ainda. Mas a escalada americana parece ter muita munição. Como disse um porta voz de Trump: “todas as opções estão na mesa.”
Vejam algumas já citadas e quem estão sendo analisadas:
-
A Investigação pela seção 301 que prevê as seguintes investigações e desdobramentos:
- Suspensão de todas as vendas militares, incluindo peças de reposição;
- Suspensão de todas as vendas de aviônicos para a Embraer;
- Lei Magnitsky, considerada a morte financeira familiares, de todos os aliados de Alexandre de Moraes nesta empreitada contra Bolsonaro;
- Aumento da pressão contra imigrantes ilegais brasileiros em solo americano;
- Expulsão de todos os diplomatas brasileiros nos Estados Unidos;
- Bloqueio do uso de satélites e GPS;
- Adotar punições em conjunto com a Otan (31 países europeus);
- Novas sanções para aumentar as tarifas de 50%;
- Proteção da propriedade intelectual. As sanções aqui podem ser abrangentes, visando softwares e filmes, por exemplo. Os EUA podem impor restrições a regiões específicas como zonas críticas de pirataria;
-
Comércio digital e serviços de pagamento eletrônico: Os EUA podem alegar práticas comerciais injustas, como subsídios indiretos ou proteção estatal indevida. Medidas severas podem incluir restrições à interoperabilidade e bloqueio de acesso a bancos e fintechs brasileiras que utilizam serviços digitais dos EUA:
- Tarifas e tratamentos preferenciais;
- Interferência no combate à corrupção;
- Acesso ao mercado de etanol;
- Desmatamento ilegal;
As ferramentas à disposição do USTR, sob a Seção 301, incluem:

Suspensão de equipamentos e peças de reposição para o setor militar estão entre as sanções sob a mesa de Trump
- Aumento de tarifas em até 100% sobre produtos específicos.
- Suspensão de concessões tarifárias do Acordo Geral de Tarifas e Comércio (GATT).
- Imposição de cotas ou exigência de licenças de importação.
- Restrição de compras governamentais de origem brasileira.
- Recomendação de revogação de benefícios tarifários residuais, como o tratamento de nação mais favorecida.
A semana será a de expectativa, principalmente pelo temor da suspensão dos serviços de GPS para o Brasil. Hoje, o satélite controla praticamente tudo o que utilizamos. O GPS é uma empresa americana ligada ao Departamento de Defesa do governo dos Estados Unidos. Na Europa, se usa o sistema Galileu. Na Rússia, Glonas, na China, o Baydu, na Índia é o Navic. O Japão também tem um sistema próprio. O Brasil, não. Estes satélites controlam tudo. O GPS, usado pelo Brasil, controla as movimentações bancárias, a agricultura de precisão, as colheitas, cerca de 80% da mineração global depende do GPS. Quase 100% da produção de petróleo no mundo depende do GPS. 85% da agricultura mundial também depende do GPS. Sem falar nas nossas forças militares. Já ouviu a frase acabou milho, acabou a pipoca? Pronto. Pode-se ter uma ideia do Brasil sem GPS. Não serão as bravatas do Lula ou a arrogância de ministros ou de políticos que apoiam o governo que irão ajudar a resolver estes problemas. As sanções previstas são extremas. E se elas acontecerem, de que lado você ficará? Quem viver, verá.
So faltou um detalhe na brilhante e elucidativa matéria.,,
PERDEU MANÉ, Nao amola!