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MARINA SILVA PROPÕE EM DAVOS UM FUNDO INTERNACIONAL DE VÁRIOS PAÍSES PARA SALVAR A AMAZÔNIA

SSSSA Ministra Marina Silva passa alguns dias de glória, fazendo o que gosta: viajando para Europa, sendo uma espécie de estrela internacional, falando mal do Brasil e encontrando desculpas para o que não faz quando está à frente do Ministério do Meio Ambiente aqui no país. Durante o Fórum em Davos, na Suíça, a ministra usou exemplo dos efeitos da produção hídrica natural da Amazônia para o regime de chuvas da América Latina como contraponto a uma precificação puramente mercantil da natureza. Ela defendeu criar um fundo permanente internacional para “preservação da Amazônia.” Na prática, seria uma espécie de Amazônia nas Casas Bahia. Uma espécie de venda à prazo. Quem pagar teria direito a apontar o dedo e dizer qual é a política certa a ser desenvolvida para a região. Como sempre, os estrangeiros batem palmas pra ela, mas os brasileiros ficam com a orelha quente.

Em seus pronunciamentos, ela defendeu uma mudança profunda na forma como a natureza deve ser avaliada em termos de políticas públicas: que a prioridade sejaamazonia colocada no valor trazido pela natureza, não no custo de sua preservação. “A natureza tem valores que, muitas vezes, a forma e o estágio em que nos encontramos ainda não conseguiram alcançar. Em algum momento, vamos descobrir que esses valores existem e que talvez possam ser precificados.” Como exemplo, a ministra citou a produção hídrica da Amazônia. Todos os dias, o maior bioma do Brasil evapora um total de 20 bilhões de toneladas de água, o equivalente a 20 trilhões de litros que se dispersam na natureza e na atmosfera. Esse fenômeno regula o regime de chuvas da América Latina e afeta cerca de 75% do PIB do continente. Deve ser a conta do mesmo matemático que somou para ela os 120 milhões de brasileiros passando fome. “Se fôssemos bombear essa água, precisaríamos de 50 mil Itaipus. Alguém consegue imaginar um investimento como esse? A natureza faz isso apenas usando a terra, seus nutrientes, a floresta, o sol e o vento. É um serviço ecossistêmico incalculável.”

Em outro painel, com a participação do presidente da Colômbia, Gustavo Petro, Marina comentou as metas ambientais mais importantes adotadas pelos governosplatafa brasileiro e colombiano para a Amazônia: zerar o desmatamento até 2030, no caso do Brasil, e encerrar a extração de petróleo e gás, no caso da Colômbia. Coisa difícil  dos colombianos cumprirem, porque a Petrobrás acaba de descobrir o maior campo de gás da Colômbia. Com a cara mais dura disse que “O Brasil tomou uma decisão corajosa de desmatamento zero. A Colômbia tomou decisão em relação a petróleo zero. Em algum momento nós vamos nos encontrar, a Colômbia vai dizer que é desmatamento zero e a humanidade vai ter que dizer que é petróleo zero.” Na ilusão cabe tudo.

margemMarina só deu dados de 2023, dizendo que houve queda no desmatamento. Sobre 2024, com os maiores incêndios florestais no Brasil, ela nem citou. Tentou esconder o seu fracasso.  Ao longo do Fórum Mundial de Davos, a ministra teve diversas reuniões bilaterais com representantes governamentais, de entidades internacionais e da iniciativa privada, como o secretário-executivo da Convenção-Quadro sobre Mudança do Clima da ONU, Simon Stiell, o empresário Bill Gates, o secretário-geral da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) Mathias Cormann. Além de Marina, a delegação brasileira em Davos também contou com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

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