faixa - nao remover

MARINA SILVA SE IRRITA COM NOVA LEI AMBIENTAL, EXIGE QUE LULA VETE DECISÃO DO CONGRESSO E APOSTA NO ATRASO DE PROJETOS

marinaO projeto da nova lei ambiental, aprovado por 267 a 116 votos na madrugada desta quinta-feira (17), pode ser o grande momento de retomada da infraestrutura do Brasil. Pode ser, mas não será. A Câmara, mais uma vez, mostrará a sua fraqueza contumaz e será atropelada pelo veto presidente Lula, que já fez esta promessa para a Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. O tema ambiental é sensível para o governo até o fim da realização da COP 30, em novembro, na cidade de Belém, no Pará. Se Lula não vetar, Marina sairá do governo e se colocará na oposição durante o evento internacional que vai atrair os olhos do mundo ambiental para o Brasil. A ministra vai aproveitar o seu prestígio internacional – o único que tem – para calar as vozes dos deputados, que parecem acostumados em ser subjulgados. Pelo poder do supremo e agora será pelo força de Lula com o Supremo. A Câmara não se importará em passar mais esta vergonha. Bastou o texto ser aprovado para receber tiros por tudo lado. Assueli ONGs internacionais, como o Greenpeace, está pistola. E exige que Lula vete o projeto. Além de influenciar a ministra e o Ibama, as ONGs internacionais mostrarão também que nem o presidente Lula será capaz de enfrenta-las. A coordenadora de políticas públicas do Observatório do Clima, Suely Araújo (à direita), classificou o texto aprovado como um “crime histórico” contra a natureza e “uma vergonha para o Brasil, que intenta se colocar como um líder climático”.

O avanço do projeto representa uma derrota para Marina Silva e para parlamentares da esquerda. Mas, dentro do próprio governo, os ministérios da Casa Civil, Transportes, Agricultura e Minas e Energia, apoiam a decisão do Congresso.  Caso o petista vete trechos ou todo o projeto, a decisão ainda poderá ser revista pelo Congresso Nacional. Ainda assim, integrantes do governo já disseram que as novas regras podem ser questionadas judicialmente. Vai para o Supremo. O projeto foi apresentado em 2004 pela davi lulaCâmara, mas foi destravado apenas neste ano após um compromisso firmado entre o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, e a bancada ruralista. O texto foi aprovado pelo Senado em maio e agora passou pela segunda votação na Câmara.

Qual é o tamanho do atraso comandado por Marina Silva, que invoca a proteção da natureza de uma forma fundamentalista? Os prejuízos para o país e para a população de várias regiões são gigantescos. É uma charada, mas a resposta é simples: qual a autarquia federal no Brasil que mais atrapalha o desenvolvimento do próprio país?  Simples, não? Claro que é o Ibama, sob a responsabilidade do Ministério do Meio Ambiente. Mas o comando mesmo está com as ONGs internacionais que influenciam os funcionários quase ambientalistas puros. Uma ministra influenciada pelas ONGs internacionais, com interesses adversos ao desenvolvimento do país. E não é apenas na área de petróleo ou na infraestrutura ferroviária ou rodoviária. Agora é também na expansão do Programa Nuclear Brasileiro.

O Brasil é um dos maiores possuidores de Urânio, as maiores reservas,  mas não consegue explorá-las. Tem um novo pré-sal ao seu dispor na Margem Equatorial,  comsanta quitéria bilhões de barris de petróleo, mas não consegue nem chegar perto. Tem a possibilidade de um investimento privado ferroviário para dar velocidade, segurança e redução de custos para transportar a produção de soja através da Ferrogrão, mas o objetivo é impedir a qualquer custo.  Sem falar na Transamazônica, onde milhares de pessoas com seus carros, caminhões e através de ônibus trafegam, ou tentam, mas são submetidos a condições desumanas. Por quê? Porque segundo Marina Silva, “as pessoas só querem passear”.

Tudo isso nas barbas de um governo fraco, em que o presidente não tem poder sobre ela. Convidou uma pessoa que não pode e nem tem coragem de demitir. Marina é usada pelas organizações internacionais. Exploram a sua vaidade. Fazem dela um ícone de salvação das florestas onde, ela mesmo, é incompetente para salvá-las do fogo ou da destruição dos madeireiros piratas. Marina encontrou uma desculpa para urânioencobrir a sua dificuldade de administrar que ressalta a sua incompetência: o problema climático, inventado pelos espertos. Uma condição da natureza, já provada, que é cíclica. Mas, para ela, a razão de todos os males.

O Ibama procura atrapalhar e atrasar todos os principais projetos de desenvolvimento do país no momento. A mais recente pedra no caminho do desenvolvimento brasileiro foi a desaprovação do Ibama do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) do Projeto Santa Quitéria,  que busca a implantação de uma mina de urânio e fosfato no interior do Ceará. O documento retornou ao Consórcio Santa Quitéria – formado pelas Indústrias Nucleares do Brasil (INB) e pela Fosnor Fosfatados do Nordeste, porque a análise técnica identificou a necessidade de informações complementares para dar continuidade à avaliação do pedido de Licença Prévia (LP) para exploração de minério na região. É o mesmo modus operandi quando ele quer atravancar omina progresso dos projetos. A iniciativa é alvo de críticas de ONGs internacionais e ambientalistas financiados por estas ONGs, alegando que temem problemas para a biodiversidade e para a saúde da região. Não sabem o que é, mas temem. O novo prazo para apresentação dos resultados conclusivos sobre licença prévia está condicionado à entrega dessas complementações e à análise do material. O Projeto Santa Quitéria visa à exploração de uma jazida de fosfato e urânio na Fazenda Itataiana região dos Sertões de Crateús, a cerca de 210 km de Fortaleza. Se aprovado, ele pode servir para a geração de energia nuclear, produção de fertilizantes e ração animal, abastecendo estados do Norte e Nordeste do país. Ao todo, há previsão de investimentos de R$2,3 bilhões.

Riqueza bilionária enterra no fundo do mar, sem exploração por desejos de ambientalistas internacionais que praticamente comandam o Ibama de Marina

Riqueza bilionária enterra no fundo do mar, sem exploração por desejos de ambientalistas internacionais que praticamente comandam o Ibama de Marina

MARGEM EQUATORIAL

Não são apenas as vozes sensatas dentro do Brasil que estão afirmando com firmeza sobre a necessidade de explorar o potencial petrolífero da Margem Equatorial. Desta vez, a constatação do óbvio veio de fora. A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) afirmou em um novo relatório que a exploração da Margem Equatorial, que se estende do extremo norte do estado do Amapá até o litoral do Rio Grande do Norte, pode desempenhar “um papel central no futuro energético do Brasil” e consolidar o país como “um dos principais polos de exploração offshore do mundo“.

Mas se depender do Ibama a autorização só vai sair na marra, depois da COP 30 e de uma possível demissão de Marina. AtéSonda Margem Equatorial lá, a Petrobrás poderá fazer o que for, cumprir todas as exigências, que não vai iniciar a exploração de uma riqueza bilionária no fundo do oceano da Margem Equatorial. A obtusidade de quem não quer o desenvolvimento do país vai prevalecer. Um presidente fraco, que já identificou o que ele chamou de “lenga-lenga”, é uma razão. Lula perdeu o gosto de governar, só quer viajar achando que ainda tem prestígio internacional. Até lá, a Petrobrás continuará sangrando seus cofres, sem poder fazer nada. Nem o presidente do Senado, amapaense, conseguiu com que Lula determine a Marina uma solução imediata.

Dinhero privado garante velocidade na obra, mas projeto está parado na gaveta do ministro Alexandre de Moares

Dinheiro privado garante velocidade na obra, mas projeto está parado na gaveta do ministro Alexandre de Moraes

FERROGRÃO

Outra obra espetacular, com financiamento todo privado, onde o governo não colocou um centavo, cujo atraso tem as digitais de Marina. O projeto Ferrogrão (EF-170) prevê a construção de uma ferrovia ligando o município de Sinop, em Mato Grosso, ao distrito de Miritituba, no Pará. O trajeto principal conta com aproximadamente 933 km de extensão, além de dois ramais complementares: Santarenzinho, com 32 km, e Itapacurá, com 11 km. A ferrovia foi planejada como alternativa para otimizar o escoamento da produção agrícola do Mato Grosso em direção aos portos do norte do país.

A proposta de implantação da Ferrogrão surgiu a partir da necessidade de reduzir a dependência do transporte rodoviário,trem especialmente na BR-163, uma das principais vias de escoamento da safra de grãos. A ferrovia foi articulada e avançou com a alteração dos limites do Parque Nacional do Jamanxim para permitir a passagem da ferrovia. Em março de 2021, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a suspensão cautelar do projeto, porque  resultou na conversão da Medida Provisória que  destinou 862 hectares do Parque Nacional do Jamanxim para a Ferrogrão e a BR-163.

O desperdício de soja no transporte rodoviário é enorme

O desperdício de soja no transporte rodoviário é enorme

A discussão sobre o projeto segue em debate no governo e no setor produtivo. O agronegócio defende a construção da ferrovia como uma alternativa para otimizar a logística de exportação e reduzir os custos operacionais.  Em novembro de 2024, o Ministério dos Transportes encaminhou uma diretriz para acelerar o licenciamento ambiental da Ferrogrão e de outros projetos ferroviários.

O impacto da infraestrutura logística sobre o setor agropecuário é um dos principais fatores impulsionadores da Ferrogrão. Os desafios da colheita da safra 24/25: atrasos, chuvas e logística impactaram os produtores do  Mato Grosso.  A falta de infraestrutura no estado é enorme. A falta de armazéns faz com que os caminhões fiquem dois a três dias na fila para descarregar. A carroceria do caminhão acaba sendo um instrumento de armazenagem para o produtor rural, que precisa contratar duas ou três vezes mais caminhões do que realmente seria necessário por causa das filas. E tem ainda o gargalo das estradas não pavimentadas, que ainda são bem comuns no estado. Os caminhões cobram mais caro porque ficam parados na fila esperando para descarregar. Então é um custo que é direto no produtor, e ele sente isso no dia a dia.

O ex-ministro Aldo Rebelo, não cansa de denunciar as arbitrariedades de ONGs internacionais

O ex-ministro Aldo Rebelo, não cansa de denunciar as arbitrariedades de ONGs internacionais

O ex-ministro Albo Rebelo criticou a demora na execução do projeto: “A situação é inaceitável, como nós podemos testemunhar, porque o governo brasileiro já anunciou há alguns dias a impossibilidade de iniciar a obra ainda no atual mandato do presidente Lula. Na verdade, traduzindo em bom português, nós vivemos um processo de sabotagem contra a infraestrutura do Brasil no lugar mais sensível da economia nacional. O Brasil não pode aceitar essa situação, as corporações não podem bloquear o desenvolvimento do Brasil.” O projeto da Ferrogrão, que  segue como um dos principais investimentos em logística ferroviária do país, representando uma alternativa estratégica para o transporte de cargas agrícolas e uma possível solução para os gargalos enfrentados pelo setor produtivo, continua sem licença do Ibama e paradinho na gaveta do ministro Alexandre de Moraes.

mapaA TRANSAMAZÔNICA

A Transamazônica, ou Rodovia Transamazônica (BR-230), foi construída no decorrer do governo Médici, entre os anos de 1969 e 1974. Uma obra de grande proporção e estratégica para o Brasil.  Para o desenvolvimento da obra, o governo conduziu para a região aproximadamente quatro mil homens (entre 1970 e 1973), com o intuito de abrir estradas e estabelecer a comunicação entre as cidades. A execução do projeto aconteceu em um período de regime militar no Brasil, a rodovia tornou-se a terceiratra maior do país, com quatro mil quilômetros, percorrendo os estados da Paraíba, Piauí, Maranhão, Pará e Amazonas. A Transamazônica corta o Brasil no sentido leste-oeste, por isso é considerada uma rodovia transversal, no entanto, em grande parte, não é pavimentada. Os extremos da rodovia são respectivamente em Cabedelo (Paraíba) e Lábrea (Amazonas). Como a rodovia Transamazônica não é pavimentada, fica intransitável entre outubro e março, período que determina a época chuvosa na região. Mas por que uma estrada tão antiga e estratégica não pode ser asfaltada?

Segundo a Ministra do Meio Ambiente, há compromisso em não sancionar medidas que desmontam o licenciamento. As dificuldades são maiores entre as cidades de Uruará e Placas e também até Rurópolis. São cerca de 160 km de pontos críticos. transCom o início do período chuvoso tem sido um sofrimento para quem precisa trafegar pela rodovia. É uma vergonha. Os motoristas se arriscam na estrada escorregadia. Alguns usam enxadas para tentar abrir passagem. São horas de espera e várias tentativas de retirar os carros e ônibus da lama. Tem gente que passa a noite na estrada porque não consegue superar os atoleiros. A rodovia que não tem asfalto já começa a ficar intrafegável por causa da lama e dos buracos. E isso afeta diretamente o transporte de cargas e passageiros.

A rodovia corta uma área sensível da floresta amazônica, e a pavimentação, para Marina Silva, levanta preocupações sobre desmatamento, emissões de carbono e impactos na biodiversidade.  O processo de licenciamento ambiental para a BR-319 tem sido complexo e controverso, com exigências de estudos de impacto ambiental e consulta a povos indígenas.  A obra enfrenta disputas judiciais relacionadas ao licenciamento ambiental e outros aspectos, o que tem levado à suspensão de trechos das obras.  A BR-319 foi abandonada após sua construção inicial, com trechoscaminhões perdendo o asfalto devido à falta de manutenção e condições climáticas adversas.

ONGs internacionais e ambientalistas temem o aumento do desmatamento e outros impactos negativos, enquanto setores produtivos e políticos defendem a pavimentação para facilitar o transporte e o desenvolvimento da região. O governo federal tem planos de retomar a pavimentação da BR-319, mas enfrenta resistência devido às questões ambientais e de licenciamento. O debate sobre a BR-319 envolve a necessidade de equilibrar o desenvolvimento econômico com a preservação ambiental e os direitos das comunidades locais. Apesar dos desafios, a pavimentação da BR-319 é vista como essencial para a integração do Norte do Brasil e para a redução do custo do transporte para Manaus.

Deixe seu comentário

avatar
  Subscribe  
Notify of