MARINHA BRASILEIRA ASSUME O COMANDO DAS OPERAÇÕES DA COALIZÃO DE PAÍSES QUE COMBATE A PIRATARIA NO MAR VERMELHO

comandanteA Marinha do Brasil confirmou que já assumiu desde o final do mês de janeiro o comando das Forças Marítimas Combinadas que vai coordenar as forças navais de 16 países nas principais rotas marítimas mundiais, que inclui o Golfo de Áden, a Bacia da Somália e o Mar da Arábia, para combater a pirataria. Isso acontece no momento mais grave das tensões dos combates aos terroristas Houthis, do Iêmen, que continuam a atirar mísseis anti-navios, foguetes e drones armados com bombas contra navios comerciais e petroleiros que ainda navegam pelo Mar Vermelho, sob a proteção de navios da coalizão comandada pelos Estados Unidos e Grã Bretanha. Os Estados Unidos e aviões ingleses voltaram a bombardear o Iêmen e destruíram o principal porto do país.

O comando que a marinha brasileira assumiu é rotativo. O mandato no comando do grupo, que inclui Bahrein, Brasil, Dinamarca, Japão, Jordânia, Kuwait, Paquistão,fragata Filipinas, Nova Zelândia, República da Coreia, Singapura, Tailândia, Turquia, Reino Unido e EUA, pode variar de três a seis meses. Quem estará à frente da força-tarefa é o contra-almirante brasileiro Antonio Braz de Souza, que afirmou que o foco estará nos casos de pirataria e os ataques a navios mercantes praticados pelos rebeldes houthis do Iêmen. A Marinha do Brasil é a primeira força sul-americana a desempenhar este papel de destaque nesta coalizão marítima multinacional. Esse compromisso visa intensificar a segurança e estabilidade global. A cerimônia de posse foi no Bahrein.

contnenciaO contra-almirante comanda uma Fragata e já participou de várias missões no Oceano Atlântico Sul, incluindo o resgate dos sobreviventes da queda do voo 447 da Air France em 2009. Ele também liderou missões de pesquisa oceanográfica e participou como conselheiro-chefe do programa de desenvolvimento de submarinos. Esta é a terceira vez que o Brasil vai comandar a CTF 151, mas a primeira em que estará supervisionando uma área de aproximadamente oito milhões de quilômetros quadrados  de águas internacionais em momento de escalada de ataques. O Comando já foi liderado por 16 países, e foi criada em janeiro de 2009 como resposta aos ataques de pirataria na Somália, com um mandato específico baseado em missões de pirataria. O Brasil deverá manter uma vigilância proativa 24 horas por dia e denunciar atividades suspeitas às autoridades. Nos navios que operam no local, as forças costumam fazer a remoção de escadas de acesso; proteger os pontos de acesso mais baixos; utilização de iluminação de convés, redes, arame farpado, cercas elétricas, mangueiras de incêndio e equipamentos de vigilância e detecção dos piratas.

A Força Tarefa é atualmente composta por dois meios de superfície, sendo um do Japão e o outro da Coréia do Sul, ambos com aeronave de asa rotativa a bordo, em apoio direto à sua missão, além de uma aeronave de asa fixa, também do Japão, para missões de esclarecimento. O efetivo da força  é composto por 23 militares, de 10 diferentes nações, incluindo o Almirante da Marinha do Brasil, que exercem suas atribuições em uma Base da Marinha dos EUA, localizada em Bahrein. Além deles, a Marinha do Brasil possui ininterruptamente um Oficial trabalhando na CMF, exercendo a função de Senior National Representative, sendo o elo permanente de ligação da CMF com a Marinha do Brasil.

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