MARINHA DESATIVA O SUBMARINO TAMOIO, O TERCEIRO DA CLASSE TUPI E O SEGUNDO A SER CONSTRUÍDO NO BRASIL
A Marinha está despedindo-se de seus submarinos mais antigos, da classe Tupi. Depois do Tapajós e do Timbira, chegou a vez a do Tamoio. EO terceiro a ser descomissionado. Ele será desativado, desarmado e ficará sob a guarda do Comando da Força de Submarinos até a destinação definitiva. Muito provavelmente, a Marinha deve dar início ao processo de venda do casco, o que deve ser feito com abertura de licitação. Para lembrar, o Tamoio foi incorporado em 1994 e foi o segundo submarino construído no Brasil, pelo Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro, com base em projetos da Alemanha. O submarino funciona com quatro motores a diesel e quatro geradores elétricos. Com isso, ele podia descer a uma profundidade de 250 metros e transportar 33 tripulantes por até 50 dias submerso. Na superfície, o submarino atingia a velocidade máxima de 20,4 km/h. Debaixo d’água, a velocidade máxima é um pouco maior, de 39,8 km/h.
Atualmente, a Marinha está renovando sua frota com os navios franceses da Classe Scorpene, que estão sendo construídos na NUCLEP e no Complexo Naval de Itaguaí, no Rio de Janeiro. Dois dos quatro submarinos encomendados, o Humaitá, que já foi incorporado, e o Riachuelo, que termina a fase de testes de mergulho, estão prontos. Outros dois estão ainda sendo construídos: o Tonelero e Angostura. Depois deles, será a vez do primeiro submarino Nuclear Brasileiro, que receberá o nome de Almirante Álvaro Alberto.
A quantidade e profundidade dos mergulhos de um submarino ao longo do tempo também têm uma influência significativa sobre sua vida útil, especialmente no que diz respeito à fadiga do casco resistente. A fadiga do casco ocorre devido ao ciclo de carga repetitiva que o submarino experimenta durante os mergulhos e ressurgências. Aqui estão alguns fatores a serem considerados:
1. Profundidade dos Mergulhos: Submarinos são projetados para operar em diferentes profundidades. Mergulhos mais profundos submetem o casco a pressões maiores. Quanto maior a profundidade, maior o estresse sobre o casco. Isso pode levar a uma fadiga mais rápida dos materiais do casco;
2. Quantidade de Mergulhos: O número de mergulhos que um submarino realiza ao longo de sua vida útil desempenha um papel importante. Cada mergulho e ressurgência coloca o casco sob estresse, mesmo que não seja tão intenso quanto um mergulho profundo. Portanto, submarinos que realizam um grande número de mergulhos estão sujeitos a uma fadiga mais rápida.
3. Ciclos de Pressão: A frequência com que um submarino realiza mergulhos profundos e os ciclos de pressão que o casco suporta são fundamentais. Ciclos de carga repetitiva podem causar fadiga nos materiais, levando a rachaduras e danos no casco;
4. Qualidade dos Materiais e Construção: A qualidade dos materiais usados na construção do casco do submarino desempenha um papel importante na resistência
à fadiga. Materiais de alta qualidade e construção robusta podem prolongar a vida útil;
5. Manutenção e Inspeção: A manutenção adequada e inspeções regulares do casco são essenciais para identificar e reparar quaisquer rachaduras ou danos potenciais causados pela fadiga. A detecção precoce e reparos adequados podem prolongar a vida útil do submarino;
6. Design do Casco: O design do casco do submarino também é crucial. Submarinos modernos são projetados levando em consideração os aspectos de fadiga, usando geometrias e materiais que minimizam o estresse;
Os submarinos brasileiros da classe Tupi, também conhecidos como classe Type 209, foram adquiridos da Alemanha e comissionados pela Marinha do Brasil. A classe Tupi é composta por cinco submarinos: SBR Tupi (S30), SBR Tamoio (S31), SBR Timbira (S32), SBR Tapajó (S33) e SBR Tikuna (S34).
A comissão desses submarinos ocorreu da seguinte forma:
1. SBR Tupi (S30): Comissionado em 1989.
2. SBR Tamoio (S31): Comissionado em 1994.
3. SBR Timbira (S32): Comissionado em 1997.
4. SBR Tapajós (S33): Comissionado em 1999.
5. SBR Tikuna (S34): Comissionado em 2005.
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