MARINHA ENVOLVE NAVIOS, BARCOS DE APOIO, HELICÓPTEROS MAS AINDA NÃO TEM DATA PARA RETIRADA DO NAVIO NAUFRAGADO
A Marinha do Brasil não tem prazo para terminar a remoção da carga de minério do navio Stellar Banner, que começou na quinta-feira (16). Cerca de 255 militares estão envolvidos no trabalho, dois navios, várias embarcações de apoio e ainda dois helicópteros. Uma da Marinha e um outro alugado pela Vale, empresa que vendeu o minério de ferro que estava sendo transportado. Antes de começar a operação de remoção do porão nº 4, foi necessário a retirada de mais de 3,9 mil metros cúbicos de óleo do navio sul-coreano. O navio está encalhado está encalhado há mais de um mês a 100 km da costa do Maranhão. Segundo a Marinha, as operações são realizadas com base nas orientações técnicas do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Em seu site a Marinha publica uma nota dizendo que “Os órgãos e empresas envolvidos permanecem em estreita coordenação com a Autoridade Marítima, no intuito de solucionar o ocorrido com a brevidade possível, obedecendo normas e procedimentos de segurança, priorizando a mitigação de riscos à poluição e à navegação.”
Felizmente, nenhum sinal de maior dano ambiental foi visto pelas equipes que trabalham na operação. Durante todo esse processo não foi observado vestígios de poluição na área. As empresas envolvidas, autoridades marítima e ambiental prosseguem com a análise dos planos de salvatagem para as próximas fases. A Marinha utiliza navio de apoio oceânico ‘Iguatemi’, um navio hidroceanográfico ‘Garnier Sampaio’, um helicóptero UH-15 e quatro embarcações da Capitania dos Portos do Maranhão. A operação também conta um helicóptero He S-76 operado pela Vale, um navio MPOV Normand Installer, nove rebocadores (sendo quatro com materiais de combate à poluição por óleo), três drones com câmera térmica, quatro embarcações de suporte às atividades de contingência de derramamento de óleo (OSRV), quatro de apoio à plataforma (PSV) e dois oleeiros (OSV).
O navio com bandeira dos Países Baixos ‘Defender’ foi contratado para retirar parte das 3,5 mil toneladas de óleo do Stellar Banner. A embarcação partiu do Gabão, país na África Central e é do tipo AHTS (Anchor Handling Tug Supply), barco utilizado para reboque, ancoragem de unidades flutuantes de petróleo e transporte de cargas. A capacidade da embarcação é de mais de 3 mil metros cúbicos.
Para lembrar, o navio Stellar Banner sofreu duas fissuras no casco no dia 25 de fevereiro, logo após ter saído do Terminal Portuário da Ponta da Madeira em São Luís, com destino a um comprador em Quingdo, na China. A embarcação possui capacidade para 300 mil toneladas de minério de ferro e tem 340 metros de comprimento, o equivalente a dois campos de futebol. Segundo a Capitania dos Portos do Maranhão, logo após identificar as fissuras no casco, o navio começou a afundar no Oceano Atlântico, a cerca de 100 km da costa do litoral do Maranhão. Por conta da situação de emergência, o comandante do navio emitiu um alerta e levou o Stellar Banner para um banco de areia. O navio tinha 20 tripulantes, sendo 12 coreanos e oito filipinos. Após o resgate, seis estão ajudando na operação de salvatagem e seguindo as instruções da Capitania dos Portos. A Polaris informou que os outros 14 tripulantes da embarcação já estão em terra firme e devem ser repatriados.
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