MARINHA FAZ EXERCÍCIOS PARA O SISTEMA DE DEFESA NUCLEAR, BIOLÓGICA E QUÍMICA USANDO 620 MILITARES NO CENTRO DE ARAMAR
A Marinha do Brasil iniciou exercícios que reforçam capacidade de resposta do Sistema de Defesa Nuclear, Biológica, Química e Radiológica em Iperó (SP). O Posto de Comando do Exercício com militares da Marinha do Brasil e civis que trabalham no Centro Experimental ARAMAR (CEA) iniciaram o treinamento, que terminará amanhã (21). O exercício conjunto, coordenado pelo Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP) e pelo Centro de Defesa Nuclear, Biológica, Química e Radiológica da Marinha do Brasil (CDefNBQR-MB) tem como objetivo capacitar militares para atuar de forma rápida e integrada no caso de emergências nucleares, radiológicas e de segurança orgânica. De acordo com o Diretor do Centro Industrial Nuclear de Aramar (CINA), Capitão de Mar e Guerra Luís Cláudio Farina, trabalham no local cerca de 1.800 civis e militares que operam em laboratórios e instalações industriais que produzem itens nucleares: “Pelo segundo ano consecutivo, realizamos exercícios desta natureza, o que possibilita capacitar militares e civis para ações rápidas de resposta a emergências de natureza Nuclear, Biológica, Química e Radiológica em conjunto com ações de segurança orgânica, possibilitando a pronta resposta para garantir a segurança dos trabalhadores, das instalações e do meio ambiente”.
O Assessor para o Ciclo do Combustível Nuclear, Ricardo Gomide, que trabalha no CINA desde 1988, explica que “o exercício capacita a execução de ações que poderão ser utilizadas em apoio a emergências nas instalações nucleares do Programa Nuclear da Marinha – que integra o Programa Nuclear Brasileiro – a fim de contribuir para as respostas às emergências e à mitigação de suas consequências. Não menos relevante é a integração das habilidades e competências militares e civis de forma eficaz”. No primeiro dia, houve teste de comunicações, controle de distúrbios, desativação de artefatos explosivos e ataque cibernético. O Comandante do Batalhão de Defesa Nuclear, Biológica, Química e Radiológica de Aramar, Capitão de Fragata Carlos Magno Ferreira da Costa, disse que “o exercício está inserido no contexto do Estado-Maior da Armada, que estabelece as diretrizes para o acionamento da estrutura do Sistema de Defesa Nuclear, Biológica, Química e Radiológica da Marinha, incluindo a Força de Fuzileiros da Esquadra para reforço das atividades de safety e security executadas no CEA, quando em situação de emergência NBQR, a fim de contribuir com o restabelecimento das condições de segurança do pessoal e das instalações existentes em Aramar”.
Durante o segundo dia foram realizadas atividades de patrulha, simulação de explosão no Laboratório de Materiais Nucleares, tentativa de retirada de material nuclear não autorizado e escolta de material nuclear. Na simulação, os feridos foram encaminhamos a uma Unidade Avançada de Trauma, com emprego de telemedicina pertencente à Unidade Médica Expedicionária da Marinha. Atendimento na Unidade Médica Expedicionária da Marinha Essa integração demandou coordenação entre todos os envolvidos, desde a fase de planejamento até a sua execução, reunindo as práticas já existentes no CTMSP com as especificidades da atuação de outras organizações militares e civis. Para o Comandante Capitão de Mar e Guerra Flávio Lamego Pascoal, o exercício reforça a posição da Marinha do Brasil na liderança e condução do setor estratégico nuclear brasileiro, conforme preconiza a Estratégia Nacional de Defesa: “A participação da MB, junto com outras instituições, é uma oportunidade de aprimorar a sinergia entre os atores integrantes do Sistema de Proteção ao Programa Nuclear Brasileiro”. Ao todo estão sendo empregados 620 militares, que “ reforçam o compromisso da Marinha com o desenvolvimento do Setor Estratégico Nuclear Brasileiro. Além disso, trata-se de uma excelente oportunidade de adestramento para atuação em apoio ao Governo, órgãos e agências integrantes do Sistema de Proteção ao Programa Nuclear Brasileiro,” diz o comunicado
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