MEGATECH QUER SE CONSOLIDAR NO FORNECIMENTO DE MOTORES MARÍTIMOS PARA SETOR DE ÓLEO&GÁS
Por Rafael Godinho (rafael@petronoticias.com.br) –
Com sede em São Vicente (SP), a Megatech atua na fabricação e no fornecimento de motores marítimos. Além da matriz, onde está localizada também a fábrica da empresa, a Megatech conta com lojas próprias em outros cantos do Brasil, como Manaus e Belém. Segundo Alexandre França, gerente administrativo da Megatech, é importante que o atendimento de um segmento tão específico não seja delegado a outras companhias, mas feito por quem domina o conhecimento do produto. Ultimamente, a Megatech decidiu avançar no setor de embarcações de trabalho, após uma crise no mercado brasileiro de embarcações de lazer. Ainda de acordo com o executivo, a empresa não vê a hora de concluir seu cadastro junto à Petrobrás. Hoje em dia, os contratos no setor de Óleo & Gás ocorrem indiretamente, junto a navios de apoio, por exemplo. Nesse sentido, a inscrição junto à Petrobrás poderá ajudar a desenvolver ainda mais os contratos da Megatech na área de petróleo e gás natural, acredita Alexandre.
Qual é a especialidade de vocês?
Somos a única empresa brasileira que faz transmissão marítima no Brasil, há mais de 25 anos. Transmissão marítima são basicamente motores marítimos, e nosso negócio é produzi-los. Toda solução em transmissão marítima nós temos aqui, fornecendo motores básicos. Nós fabricamos e distribuímos.
E onde fica a fábrica da Megatech?
Nossa fábrica e matriz fica em São Vicente, no litoral do Estado de São Paulo. Temos também vários pontos de vendas no Brasil, localizados em Manaus, Belém, Rio. São lojas que desempenham a parte comercial. As lojas são da própria fábrica, para poder atender ao mercado da melhor forma possível. Nosso segmento é muito específico, e não tem como delegar essa função importante a uma empresa que não possui o know-how.
E qual é mercado específico de vocês?
A gente atua hoje na parte de apoio portuário e praticagem, o que envolve aqueles barcos que buscam os navios no porto. A embarcação aproxima-se do porto, mas não tem como entrar sozinha. É preciso levar um prático, profissional que manobra aquele navio menor. Esses barcos de apoio portuário também levam pessoas, água, comida e materiais até o navio ou bases da Petrobrás.
Quais os modelos que vocês fornecem? Quem são seus clientes?
Trabalhamos com embarcações em geral, desde unidades para lazer, até empurradores ou rebocadores. A gente fornece para a Marinha do Brasil, com a qual temos bastante contato, principalmente à Base Naval de Val-de-Cães, que tem bastante experiência na fabricação de embarcações. Com a Petrobrás e a Vale, por exemplo, temos ainda poucas coisas, mas já contamos com motores na Vale aqui no Rio. Na Petrobrás, a gente está naquela fase de cadastro que não acaba nunca. Mas um dia conclui.
Você tem a lista dos clientes de vocês?
A lista é grande. Marinha, Ocean Boat, Passarão (em Manaus), Dinâmica, entre outras.
Como foi o início de vocês na área de óleo e gás?
A gente está migrando para este mercado vai fazer seis anos. Há tempos atrás atuávamos só no mercado de lazer. Mas, de seis a dez anos para cá, aquele mercado foi dominado pelo produto importado. Como o dólar está lá embaixo, o importado ficou muito viável. Então a gente está migrando para o mercado de embarcações para trabalho.
Tem notado algum tipo de resistência ou dificuldade para ingressar nesse mercado? Ou, ao contrário, está sendo mais rentável?
Esse mercado é bem melhor, infinitamente melhor. Na área de lazer, o consumidor só troca de motor a cada cinco, seis anos. Aqui, a troca ocorre a cada dois anos, no máximo. Há bastante rotatividade. Além disso, na área de lazer, o consumidor corta o gasto diante da primeira crise; mas no mercado de embarcações para trabalho o barco não pode parar. Ele envolve o pescador, ou o proprietário de rebocadores. É um mercado é bem firme.
Vocês têm contratos em Óleo & Gás?
Diretamente, ainda não; apenas por meio de terceiros. Fornecemos motor para a empresa que vai fazer esse serviços, ou que vai levar pessoas para consertarem uma torre da Petrobrás, por exemplo.
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