MEGATHERM FECHA PARCERIA PARA TRAZER NOVA TECNOLOGIA DE ISOLAMENTO E OBTÉM O CADASTRO PETROBRÁS
Por Davi de Souza (davi@petronoticias.com.br) –
O mercado ainda não está em seus melhores dias no que diz respeito a ambiente de negócios, mas muitas empresas têm driblado a crise e dado passos importantes. A Megatherm, que atua na área de isolamento térmico, conquistou recentemente o cadastro de fornecedora da Petrobrás, com nota máxima no critério técnico. Além disso, fechou uma parceria com a companhia Armacell para oferecer uma nova tecnologia de isolamento no Brasil. “O produto é o ArmaGel, um material novo no mercado. Vamos desenvolvê-lo junto aos clientes. Ele tem uma tecnologia de ponta”, comentou o diretor da Megatherm, Sergio Mattozo. O gerente de negócios na América do Sul da Armacell, Marcio Santos, explica que uma das vantagens da solução – que pode ser usada em tubulações de FPSOs e refinarias – é a maior eficiência, reduzindo a transferência de calor com menor espessura.
Qual o foco atual da Megatherm?
Sérgio – Nosso foco hoje no mercado de óleo e gás continua sendo muito na manutenção de plataformas, FPSOs e barcos de apoio na área de isolamento térmico das máquinas e módulos. Como novidade, estamos lançando um produto de um parceiro nosso, a Armacell. O produto é o ArmaGel, um material novo no mercado. Vamos desenvolvê-lo junto aos clientes. Ele tem uma tecnologia de ponta para isolamento térmico.
Além disso, desde o ano passado, já estamos com nossa ISO 9001:2015. E agora, recentemente, conseguimos o Cadastro Petrobrás. E inclusive, no critério técnico, obtivemos nota 10 dentro do cadastro. Essas são as novidades. O mercado está em um momento que não permite grandes inovações. O setor ainda está em recuperação da crise que passamos a enfrentar nos últimos anos. Estamos sempre buscando fazer serviços e fornecer material para o [setor] industrial, e também na área de naval e offshore. Atualmente, as novas encomendas sumiram do mercado. Estamos atuando mais no nível de manutenção.
As prospecção de novos contratos está mais concentrada na parte de serviços e manutenção?
Sérgio – Sim. Fornecemos materiais e mão de obra de instalação. Temos parcerias com várias fábricas. Inclusive, em relação a vários materiais de ponta, nossos funcionários recebem treinamento para fazer uma aplicação correta.
Poderia detalhar um pouco mais sobre o ArmaGel?
Marcio – Este é um produto novo, a base de silacagel. A vantagem dele é que tem melhor eficiência. No isolamento térmico, o objetivo é reduzir transferência de calor. Então, você consegue com esse produto reduzir a transferência de calor com menor espessura. O que é feito normalmente com 25 milímetros, pode passar a ser feito apenas com 10 milímetros.
Outra vantagem é que ele possui um range de temperatura maior, chegando a 650 graus. É um produto flexível, maleável e de fácil instalação. Por exemplo, no caso de um tubo, para evitar queimaduras, colocamos o isolamento térmico. O ArmaGel é fino e flexível, por isso consegue abraçar todo o tubo. A flexibilidade é importante.
Quais são as aplicações dentro do setor de petróleo?
Marcio – Em tubulações de processo em FPSOs e refinarias. Por exemplo, em um navio-plataforma, as temperaturas [de algumas tubulações] podem chegar a 150 graus. Esse produto pode suportar, como disse, até 650 graus.
Como está a perspectiva de fornecimento do produto para o mercado brasileiro?
Marcio – Primeiro, existe o trabalho de convencimento. Vamos atacar os nichos de mercado, inicialmente. O foco está sendo o mercado de óleo e gás, porque exige mais certificação. A perspectiva, então, é alcançar os clientes mais exigentes.
Qual a perspectiva da Megatherm com o mercado de óleo e gás?
Sérgio – Estamos em uma fase de transição, inclusive política. Nós entendemos que, as últimas alterações [na legislação], como a retirada da obrigação da Petrobrás de ser operadora em todos os campos, foram positivas para o mercado. Tanto que permitiu o interesse de empresas multinacionais na exploração do nosso petróleo, tendo em vista a situação econômica que a Petrobrás estava passando. Para o mercado fornecedor, é muito perigoso ter apenas um cliente. E daqui, para frente, teremos outras operadoras que poderão contratar os serviços das empresas brasileiras. Eu imagino que não trarão companhias de fora para trabalhar aqui. Só que isso demanda tempo. O Brasil ficou muito tempo parado, sem leilões de campos de petróleo. Agora, com essas empresas estrangeiras obtendo as licenças [nos últimos leilões], tende a melhorar.
Existem outros setores que estão no radar?
Sérgio – Existe a parte industrial, que no Rio de Janeiro não é tão forte, mas no Brasil todo existe esse mercado. Podemos atender qualquer indústria que tenha processos térmicos. Então, estamos sempre interessados nesses clientes também.
Qual será a estratégia para alcançar novos contratos?
Sérgio – Acompanhar o dia a dia do mercado e suas tendências. Agora, como estamos em um processo eleitoral, inseguranças acontecem. Temos que estar atentos a essas mudanças para ver se o próximo governo vai alterar alguma regra ou se continuará com elas.
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