MEGATHERM MIRA QUALIFICAÇÃO E ATUAÇÃO EM NOVOS SETORES PARA CRESCER
A indústria de petróleo brasileira vem se desenvolvendo muito nos últimos anos. As descobertas na camada pré-sal e a instituição da lei de conteúdo nacional impulsionaram o crescimento das empresas brasileiras do setor. Com a Megatherm, empresa especializada em materiais refratários e de isolamento térmico, não foi diferente. Operando desde 1991, a empresa encontrou mais recentemente no offshore o seu carro chefe. Para falar sobre o mercado explorado pela Megatherm e os desafios ainda encontrados, o presidente da empresa Sérgio Mattozo (foto, ao centro) conversou com o repórter André Dutra.
Em que mercado a Megatherm atuava antes do offshore?
Antes de ingressarmos no offshore, já trabalhávamos bastante no setor de óleo e gás, porém na área de onshore, onde ainda continuamos atuando. Fornecemos materiais refratários e isolantes para refinarias e usinas petroquímicas.
Quando a empresa ingressou no mercado offshore?
A entrada no setor offshore foi progressiva. Primeiramente começamos vendendo os materiais para empresas que atuam na área, porém foi nessa época que implementamos um dos grandes diferenciais da nossa empresa no ramo. Há alguns anos começamos a oferecer o serviço de instalação dos nossos produtos, o que possibilita uma maior garantia do produto. Nós temos equipes de instalação qualificadas tanto para o onshore quanto para o offshore, o que aumentou muito novas vendas, porque nossos clientes não precisam contratar duas empresas diferentes para comprar e instalar o produto, poupando dores de cabeça com eventuais problemas posteriores.
A Megatherm possui certificados de qualificação (ISO9001, CRCC)?
Nós não possuímos certificados. Na verdade esta não é uma de nossas prioridades, já que muitos dos nossos negócios são feitos com empresas privadas como Odebrecht, Transocean, entre outras. Claro que nós desejamos obter o tanto o certificado ISO9001 quanto o cadastro no CRCC, que nos possibilita participar de concorrências maiores, mas isso é um planejamento a longo prazo. Inclusive nós fazemos parte da Rede Petros, que ajuda empresas de pequeno porte a obterem credenciamentos e certificados.
A Rede Petros tem sido eficaz nesta ajuda às empresas de pequeno porte?
Sim. Na verdade, eu estou presidente da Rede Petros de Duque de Caxias e posso dizer que nós estamos trabalhando para ajudar sim. No momento estamos esperando a renovação do convênio entre a Petrobrás e o SEBRAE, que financia a Rede Petros, portanto ainda não temos programação para 2012.
Vocês participaram da OTC este ano. Como foi a experiência?
A experiência de participar de uma feira como a OTC foi muito boa. Nós integramos a delegação que foi financiada pelo Prointer, e fizemos todos os cursos de capacitação oferecidos para aproveitar ao máximo a feira. Foi uma ótima experiência e inclusive iniciamos na feira algumas conversas que podem vir a se concretizar como negócios, embora seja muito cedo para afirmar qualquer coisa.
A Megatherm já teve algum problema relacionado ao conteúdo nacional?
Nunca tivemos este tipo de problema na empresa. Um dos principais motivos é que um dos principais serviços prestados é de manutenção, o qual a lei de conteúdo local acaba não tendo muito peso.
Existe alguma nova área de atuação que a Megatherm esteja mirando para ajudar no seu crescimento?
Apesar de ainda não contribuir efetivamente para o faturamento da empresa, nós temos uma divisão ambiental que fornece materiais de contenção de vazamento de óleo e também de absorção de óleo e produtos químicos. É um setor que sempre terá demanda, já que a segurança é uma das principais preocupações no offshore. Ainda estamos iniciando neste setor, mas os prospectos indicam um crescimento da atuação da empresa nesta área nos próximos anos.
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