MELHORA DE CENÁRIO NO SETOR ELÉTRICO GERA ALTA DE 57% NOS LUCROS DA ENGIE
A francesa Engie (ex-GDF Suez) está comemorando os resultados do segundo trimestre deste ano, quando teve um crescimento de 57,1% em relação ao mesmo período de 2015. Com isso, o lucro líquido chegou a R$ 328,8 milhões nos três meses concluídos ao final de junho, a partir de um Ebitda de R$ 751,7 milhões, 28,3% a mais do que no segundo trimestre do ano passado.
Já a receita líquida da companhia ficou praticamente estável, com um crescimento de apenas 1,7%, para um total de R$ 1,507 bilhão, influenciada, segundo o presidente da Engie Brasil Energia, Eduardo Sattamini (foto), pela redução do déficit de geração hidrelétrica e pela queda no preço do PLD (Preço de Liquidação das Diferenças, utilizado para valorar a energia comercializada no mercado de curto prazo), que caiu 80% em relação ao mesmo período de 2015.
Sattamini lembra também que o preço médio dos contratos de venda de energia foi de R$ 180,4/MWh no segundo trimestre deste ano – valor 6,1% maior do que o registrado no mesmo período de 2015. “Isso também impactou positivamente no resultado, embora em menor grau”, afirmou.
Com a alta nos lucros, a empresa voltou a distribuir 100% de dividendos, o que havia deixado de fazer em 2015, quando distribuiu apenas 55%, para preservar o caixa. “Mas, agora, a Engie Brasil Energia, além de manter boa posição de caixa, teve confirmada a liberação do financiamento do BNDES para o Complexo Eólico Santa Mônica, no Ceará, no valor de R$ 353,5 milhões”, ressaltou o executivo, lembrando que a companhia emitiu nesta semana R$ 600 milhões em debêntures, que serão destinados à implantação da Usina Termelétrica Pampa Sul (Miroel Wolowski), em Candiota (RS).
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