MERCADO DE CARROS ELÉTRICOS FAZ A ENI AUMENTAR INVESTIMENTOS NA GERAÇÃO DE ENERGIA POR FUSÃO NUCLEAR
O grupo italiano de energia ENI continua a ser a única companhia global de petróleo que está se preparando para aumentar seu investimento em geração de energia a base da fusão nuclear, diferente de suas concorrentes Shell e BP, que estão apostando em geração de energia renovável, de olho na expansão do mercado de carros elétricos. Como o Petronotícias informou, a Eni decidiu no mês passado investir US$ 62 milhões para um dos vários projetos que visam produzir energia através da fusão nuclear em altíssimas temperaturas. O diretor de operações de desenvolvimento e tecnologia da gigante italiana, Roberto Casula, disse que pode aumentar seu investimento no Commonwealth Fusion System, uma empresa criada pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), que está desenvolvendo o projeto. Ele estima Casula estima que custará US$ 3 bilhões para desenvolver um reator de fusão de 200 megawatts até 2033. A Commonwealth Fusion System está buscando levantar fundos para garantir esse investimento com uma série de financiadores.
A Eni assinou um contrato que lhe dá o direito de usar a propriedade intelectual do projeto, mas a participação da empresa será decidida quando houver um acordo geral de investimento, dependendo também de quanto eles custarão. O projeto do MIT está competindo com equipes de pesquisas na França, China e Grã-Bretanha para desenvolver um reator que possa gerar mais energia. A Itália também entrou recentemente na corrida, embora a Eni esteja aderindo ao MIT, dizendo que o projeto americano é único que está investindo para produzir eletricidade, enquanto outros têm objetivos científicos.Todos os projetos são baseados em um sistema conhecido como tokamak, que usa ímãs supercondutores para manter o plasma a temperaturas de até 100 milhões de graus, suspendendo-o dentro de uma câmara de vácuo sem tocar as paredes da câmara.
Para produzir eletricidade, o calor produzido pela fusão de isótopos de hidrogênio é usado para girar turbinas a vapor da maneira convencional. O projeto ITER, com sede na França, é o maior empreendimento, com um orçamento de cerca de 20 bilhões de euros. Uma colaboração entre a Europa, os Estados Unidos, a China, a Índia, o Japão, a Rússia e a Coreia do Sul, está mais do que a meio caminho do primeiro teste do seu plasma superaquecido até 2025 e da primeira fusão total até 2035. A equipe de Boston, que construiu um reator experimental Tokamak planeja desenvolver um sistema de ímãs supercondutores em escala maior dentro de três anos e construir um reator de fusão dentro de oito antes de completar uma fusão nuclear, que esperam fazer em 15 anos a primeira usina geradora de eletricidade.
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