MERCADO DE DESCOMISSIONAMENTO SERÁ TEMA DE EVENTO NO RIO DE JANEIRO
A indústria de construção naval e Offshore está em busca de novas oportunidades afastada pela crise que insiste em permanecer no país desde 2014, com o surgimento da Operação Lava Jato. Os Estaleiros, no momento, estão com uma ociosidade alta por causa da ausência de demandas de construção. No horizonte apenas os serviços de reparos navais e o descomissionamento de muitas plataformas. Com 74 plataformas marítimas com mais de 25 anos de operação, a Petrobrás está ampliando o desenvolvimento de projetos de descomissionamento, com remoção de equipamentos ao fim da vida útil de cada sistema de produção de petróleo offshore.
Após liderar duas missões de empresas brasileiras ao Mar do Norte e ao Golfo do México, a SOBENA tomou a iniciativa de realizar o 3º Workshop SOBRE Desmonte de Navios e Descomissionamento de Plataformas, previsto para o próximo mês de julho, no Rio de Janeiro. O encontro terá as presenças de representantes do IBAMA, ANP, Marinha do Brasil, Lloyd Register, DNVGL, TECNOIL, RAMBOLL, EY, EMTEP, Estaleiro Vard, Estaleiro Keppel , Control Ambiental e muitos outros especialistas. No evento deste ano, organizado por Ronald Carreteiro(foto), estarão presentes Petter Koller, da Comissão Europeia e Nicolas Mulinaris, da NGO Shipbreaking.
Serão abordados vários temas para apresentar este novo mercado brasileiro, que ainda precisa de alguns, segundo dizem os especialistas. O descomissionamento pode ser de embarcações inservíveis ou de plataformas em fim de ciclo. Neste mercado, há cerca de 700 a 900 embarcações por ano, sendo 50% de médio a grande porte. Ate então, a maioria dos cascos eram descomissionados na Ásia, em países como Índia, Bangladesh, Turquia, Paquistão e China. Ao que se sabe, de forma inadequada sem respeito a responsabilidade social e ao meio ambiente, e que tal pratica foi descontinuada.
Este quadro se alterou rapidamente em face das exigências da Organização Marítima Internacional (IMO) através da Hong Kong Convention (HKC-2009) e pela União Europeia através da Ship Recycling Regulation- SRR). O SRR foi baseado na HKC, porém incluiu requisitos adicionais em termos de segurança e meio ambiente. Uma das principais exigências é que os navios só podem ser enviados para reciclagem em instalações certificadas pela EU- Comissão Europeia. Até fins de 2018 somente 30 estaleiros foram certificados representando 50% das necessidades anuais de desmonte de navios. Abre-se, assim, um espaço para estaleiros brasileiros e para a cadeia produtiva deste segmento.
Já no Descomissionamento de Plataformas, existem cerca de 160 Plataformas Offshore no Brasil e cerca de 45% delas já estão em situação de estudos bem avançados para o descomissionamento a partir de 2020, sendo que algumas serão descomissionadas em 2019 e outras no período 2020-2025. No Mar do Norte, esse tipo de atividade tem um potencial de mercado mundial de US$ 500 bilhões nos próximos 40 anos. Exatamente por isso, a SOBENA iniciou estudos e promoveu dois Workshops sobre o assunto em Maio de 2017 e 2018. Este o evento está marcado para o dia 17 de julho, Hotel Flórida.
Propaga-se uma mentira no bojo de outros problemas que o pais enfrenta. A Petrobras não está ruim e nem o mercado está ruim por causa da Lava Jato. Quando explodiu a Lava Jato ocorreram mundialmente um outro problema que foi a queda brusca do valor do barril do petróleo concomitantemente também com a desvalorização do Real somado a uma dívida em dólar da Petrobras. Com todo respeito a corrupção precisa ser combatida mas este tipo de corrupção não derrubaria a Petrobras. Entretanto a caça as bruxas políticas feitas pela Lava Jato sem critério destruíram a economia do pais. Isto ninguém… Read more »
Prezado Ronald, bom dia!
Atualmente estou como responsável pelo FPSO Cidade de Rio das Ostras (TK) na Namíbia, sendo o descomissionamento realizado no Brasil ano decorrer de 2018…
Gostaria de poder participar do seminário! Por fv pderia informar como participar?
Att., Normando
Busque com o Ronald Carreteiro – rpc@openlink.com.br ou direto no site da Sobena.
grato