MERCADO DE SONDAS DE PERFURAÇÃO VOLTOU AO NÍVEL ANTES DA PANDEMIA E CRESCERÁ 20% NOS PRÓXIMOS DOIS ANOS
O mercado de sondas de perfuração está em ritmo de crescimento e já retomou os patamares vistos antes da pandemia de covid-19. A informação consta em um novo relatório da Wood Mackenzie. A consultoria projeta ainda que o bom momento do setor de serviços de perfuração não ficará restrito apenas a 2023, mas se estenderá pelo menos para os próximos dois anos. A demanda por sondas de perfuração deve aumentar outros 20% de 2024 a 2025. Além disso, as taxas de afretamento diário dessas embarcações aumentaram 40% no último ano, mostrando o aquecimento desse segmento.
De acordo com o relatório “Estamos no ponto de inflexão do mercado de plataformas de águas profundas?”, a utilização ativa de sondas recuperou de um mínimo de 65% em 2018 para mais de 85% em 2023. Assim, o número de sondas de águas ultraprofundas contratadas voltou aos níveis pré-covid e as taxas diárias para as melhores embarcações da categoria dobrou nos últimos dois anos.
“Os preços mais altos do petróleo, o foco na segurança energética e as vantagens das emissões em águas profundas apoiaram o desenvolvimento em águas profundas e, até certo ponto, impulsionaram a exploração”, disse a analista da Wood Mackenzie Leslie Cook. “A oferta ativa agora está mais alinhada com a demanda e os fluxos de caixa da plataforma são positivos. Esperamos que a demanda continue crescendo”, acrescentou.
Grande parte desse crescimento esperado virá do “Triângulo Dourado” da América Latina, América do Norte e África, bem como de partes do Mediterrâneo. A Wood Mackenzie projeta que essas áreas serão responsáveis por 75% da demanda global de plataformas flutuantes até 2027.
A atividade recente elevou as taxas diárias de afretamento em 40% no ano passado e a Wood Mackenzie antecipa uma escalada adicional de 18% para as taxas. Antes do final do ano, taxas de US$ 500.000/dia ou mais podem retornar para plataformas de águas ultraprofundas altamente valorizadas e vantajosas. As sondas de águas ultraprofundas tiveram uma média de US$ 420.000/dia no primeiro semestre de 2023, com utilização de 90%.
“Com a demanda e as taxas crescentes, estamos nos aproximando do ponto de inflexão para novas construções e reativações”, disse Cook. “Ainda não atingimos, mas para novas construções, não é uma questão de se, mas de quando. A necessidade de descarbonização, avanço tecnológico, mais eficiência e, em última análise, substituição de frotas irão impulsionar um novo ciclo. Se a economia da plataforma permanecer robusta e as empresas de perfuração perceberem que os riscos contratuais diminuem, isso pode acontecer mais cedo ou mais tarde”, concluiu.
Deixe seu comentário