MERCADO DE US$ 2,25 BILHÕES SÓ NO BRASIL FAZ PETROBRÁS E VALE SE UNIREM EM PARCERIA PARA VENDER BUNKER COM 24% RENOVÁVEIS
Na entrevista da Presidente da Petrobrás ao programa Canal Livre, da Rede Band de TV, Magda Chambriard deu um pequeno destaque para um grande negócio entre duas empresas brasileiras gigantes: um acordo entre a Vale a Petrobrás, assinado em outubro por Magda e pelo Presidente da Vale, Gustavo pimenta, para oferecer ao mercado no Brasil e no exterior o combustível Bunker, com 24% de renováveis. Este tipo de combustível não é novo na Petrobrás. Em julho do ano passado, um mês depois da posse de Chambriard na presidência da companhia, a Petrobrás realizou a primeira venda de um Bunker com 24% de biodiesel de segunda geração, produzido a partir resíduos agroindustriais renováveis (VLS B24), abastecendo um navio na costa brasileira. O VLS (Very Low Sulfur) B24, ainda é disponível sob demanda. Ele é resultado da mistura de bunker de origem mineral com o biodiesel, realizada em tanques específicos. O produto foi misturado no Terminal de Rio Grande (RS) da Transpetro. O abastecimento de navios com esse tipo de bunker acontece da mesma forma que o bunker mineral, podendo ocorrer por meio de operações de barcaças ou atracados.
Agora, a Vale e a Petrobrás estão trabalhando a formalização da parceria para este mercado de maneira firme. Magda Chambriard até se desculpou no ar com a Vale por antecipar esta informação sem combinar, mas mostrou quer entrar com a venda direta neste mercado no Brasil e no exterior: “A nossa conversa com a Vale é pensando nisso. Já andamos conversando juntos, pensando sim no Bunker de navegação com 24% de renovável. Peço até desculpas a Vale por estar adiantando isso. Quem sabe no Brasil e até no exterior seja a evolução de uma parceria com a Vale. Estamos pensando em abordar as grandes empresas brasileiras e ver o que elas precisam, principalmente um combustível com mais teor de renovável, em termos de venda direta, porque a venda direta para os grandes consumidores, isso sim, nos interessa.”
O tamanho do mercado brasileiro de combustível Bunker foi estimado em US$ 2.25 bilhões em 2024 e deve atingir USD 3.17 bilhões até 2029. Para isso, há alguns elementos que os profissionais do setor estão considerando, como o aumento da demanda por combustíveis de bunker mais limpos devido à implementação de regulamentações ambientais mais restritivas e o crescente comércio de GNL. Espera-se que o número de navios em serviço e a demanda por transporte marítimo criem várias oportunidades de mercado futuras durante o período de previsão. O mercado do combustível bunker no Brasil é segmentado por tipo de combustível (óleo combustível com alto teor de enxofre (HSFO), óleo combustível com muito baixo teor de enxofre (VLSFO), óleo de gás marítimo (MGO), gás natural liquefeito (GNL) e outros tipos de combustível) e tipo de embarcação (contêineres, navios-tanque, carga geral, graneleiros e outros tipos de navios).
Deixe seu comentário