MERCADO DO PETRÓLEO ABRE EM FORTE ALTA NO MUNDO E COTAÇÃO VAI DEPENDER DA EXTENSÃO DO CONFLITO EM GAZA

Não deu outra. Os ataques com bombas e foguetes dos terroristas do Hamas contra Israel explodiram também os preços do petróleo na abertura do mercado internacional, confirmando as previsões dos analistas ouvidos no sábado, (7) dia do ataque. Todos ponderaram sobe a extensão e a longevidade de uma possível guerra. Esses fatores influenciariam decisivamente o mercado. Foi confirmado.  O preço do petróleo abriu a semana em forte alta no mundo. Na manhã desta segunda-feira(9)  o barril do óleo tipo Brent registrava alta de 3,74%, cotado a US$ 87,74. Já o óleo tipo WTI subia 3,94%, sendo cotado a US$ 86,05.E isto pode se agravar ainda mais se o conflito  ameaçar as rotas de distribuição pelo Canal de Suez,  os oleodutos de Sumed e o Golfo Pérsico.

No início da guerra entre Rússia e Ucrânia, em 2022, o barril bateu os US$100 dólares. A tendência das cotações no curto prazo é de se manterem pressionadas por conta do conflito, que atinge uma região importante para o abastecimento de petróleo no mundo. Ninguém sabe o  tempo que isso irá permanecer. Com o dólar cotado no Brasil acima dos R$ 5, a situação poderá levar ao aumento dos preços de combustíveis por aqui nas próximas semanas. A Petrobrás  está na expectativa, mas não pode esperar muito tempo, para evitar uma ampliação na defasagem.   O Brasil importa cerca de 30% do diesel que consome e voltou a importar da Rússia por um preço mas barato cerca de 18%.  Mas esta realidade tem a tendência de alteração nos próximos contratos.  Na semana passada, o barril quase bateu US$$ 100, mas estacionou em US$ 97, mas na véspera do ataque do Hamas , o 11 de setembro israelense, ele fechou cotado a US$ 83 dólares. . A defasagem dos derivados da estatal em relação ao mercado internacional, principalmente do diesel, chegou a registrar dois dígitos por vários dias nesse período, mas recuou no final da semana.

Os desdobramentos da guerra devem jogar para cima o preço do petróleo, mas a situação do mundo hoje é bem diferente de 1973, quando os conflitos entre os dois países geraram embargos no mundo árabe, que discordava da ofensiva judaica, e fizeram o preço do petróleo triplicar. O Presidente Joe Biden disse que os Estados Unidos estavam apoiando Israel falou que está ao lado de Israel. A Arábia Saudita, o maior produtor mundial, quer o mercado estabilizado. Alguns analistas internacionais dizem que haver complicações para oferta e demanda num primeiro momento, mas ao contrário de 1973, os passos estão sendo dados com cautela e atualmente há muito mais oferta de petróleo do que há 50 anos.