MERCADO DO PETRÓLEO ACREDITA QUE A RÚSSIA TERÁ QUE REDUZIR DRASTICAMENTE A SUA PRODUÇÃO PELA QUEDA NAS VENDAS

A Rússia terá que reduzir drasticamente a sua produção de petróleo. Isso porque com a decisão dos Estados Unidos de não mais comprar o petróleo russo e pressionar para que seus aliados façam o mesmo, a Rússia não poderá vender todo o petróleo nos mercados europeus e em outras regiões. Espera-se uma relutância contínua dos grandes players  em comprar da Rússia e que uma escassez de capital, equipamentos e tecnologia continuem a deprimir a produção russa pelo menos nos próximos três anos, pelo menos. Para o mercado, a expectativa é uma queda na produção de 1,6 milhão de barris por dia ano em 2022 e mais 0,2 milhão de barris por dia em 2023, com o declínio ano a ano atingindo um pico de 2,3 milhões de barris por dia no segundo trimestre de 2024. A dificuldade da Rússia em comercializar seu petróleo abre um déficit de oferta significativo. O mercado está começando com estoques muito baixos, e o reequilíbrio exigiria cerca de dois milhões de barris por dia extra para o restante de 2022 e mais dois milhões de barris por dia no segundo trimestre para aliviar as perdas com o petróleo.

Um acordo possível  com o Irã poderia fornecer 1,2 milhão de barris extras por dia no segundo semestre de 2022, ainda deixando uma lacuna significativa que só pode ser preenchida de forma realista pelos membros da Opep com capacidade ociosa, principalmente Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos.  De acordo com a última revisão estatística do relatório mundial de energia da BP, a Rússia produziu 10,66 milhões de barris por dia em 2020. Isso marcou a primeira queda após vários anos de aumentos consecutivos de produção, segundo o relatório, que destacou que o país produziu 11,66 milhões de barris por dia em 2019. O relatório destacou que os únicos países que produziram mais petróleo do que a Rússia em 2020 foram os Estados Unidos, com 16,47 milhões de barris por dia, e a Arábia Saudita, com 11,03 milhões de barris por dia.