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MERCADO ESPERA UM NOVO ANO COM MAIS INVESTIMENTO NO SETOR DE PETRÓLEO&GÁS

fotooPara o Petronotícias já é uma tradição ouvir as grandes personalidades do mercado para buscar saber como estão vendas perspectivas para economia do Brasil para um próximo. A partir de hoje (4), estaremos mostrando algumas dessas opiniões, com apoio de nosso cliente Liderroll,  um dos patrocinadores deste quadro. Nesta primeira edição ouvimos o Presidente da Queiroz Galvão Óleo e Gás, Lincoln Rumenos Guardado  e o Diretor da Schneider Eletric para América Latina, Luís Felipe Kessler. Veja as suas opiniões:

1 – Como analisa os acontecimentos de 2017 em seu setor?

“ Os impactos da crise econômica brasileira, e da Indústria Mundial com a baixa no preço do petróleo têm sido muito severos no mundo e também no Brasil. Embora ainda muito machucado, o setor de petróleo e gás natural brasileiro tem boas expectativas para os próximos anos. Mesmo dentro desse cenário de crise, a produção de petróleo no Brasil vem atingindo recordes a cada mês. Esse aumento marca cada vez mais o protagonismo do Pré-Sal na oferta brasileira. Em 2017, a retomada da realização de Rodadas de Licitação de novas áreas, com a entrada de novos players e arrecadação recorde, trouxe uma maior diversificação no mercado e ganho significativo de investimentos para os próximos anos.

O sucesso das rodadas reflete as mudanças regulatórias realizadas pelo Governo brasileiro, notadamente nas ações capitaneadas pelo MME e a ANP, que tornaram o ambiente de negócios no País mais atraente a empresas de diferentes portes, e a própria atratividade das áreas, uma vez que o pré-sal brasileiro possui um dos maiores potenciais de reservas a serem desenvolvidas no planeta. Alguns pontos importantes também estão  sendo vencidos, como a renovação do Repetro até 2040 e o aprimoramento do regime de partilha.”

2- Quais seriam as soluções para os problemas que o país atravessa?

– “ O Brasil vive uma crise econômica, política e moral. Sabemos que a economia sofreu uma imensa recessão.  De maneira estrutural o crescimento é lento,  o nosso regime fiscal é insustentável e os escândalos que assolam o país nos atingem de maneira sistêmica.  Mas uma crise também impulsiona mudanças. O Brasil deveria aproveitar essa oportunidade. Nunca estivemos tão atentos ao combate à corrupção e vivemos neste momento uma discreta recuperação econômica. Mesmo assim, os desafios estruturais, na política e economia, são imensos e a desigualdade de renda continua sendo abismal.

 O Brasil precisa de reformas econômicas e fiscais contundentes; reforma tributária; reforma trabalhista; investimento mais alto em infraestrutura; e políticas públicas que promovam maior seguridade social.  No próximo  ano teremos eleições e abre-se uma nova oportunidade para o futuro que queremos e a entrada de uma nova liderança.”

3- Quais as perspectivas para 2018? Pessimistas ou otimistas?

– “ Estamos otimistas com o futuro do setor no Brasil. Em meio a tantos problemas nos últimos anos, estamos com ânimo renovado e só podemos esperar bons ventos para os anos que virão. Temos boas perspectivas, só nos resta trabalhar duro  pela tão esperada recuperação.”

ssssssss Um dos profissionais mais respeitos do setor, Luís Felipe Kessler, Diretor da gigante francesa Scheneider Eletric conhece muito o mercado de petróleo do Brasil. Ele traz suas opiniões para os leitores do Petronotícias:

1- Como analisa os acontecimentos de 2017 em seu setor?

– “ Tivemos um ano bastante restritivo em termos de investimentos na indústria do Petróleo em toda América do Sul, em especial no Brasil e Venezuela. Porém, também foi um ano de transformações, em que voltamos a ter a atenção dos investidores internacionais na região. Os leilões do Pré-sal, as parcerias da Petrobrás e o Plan Gás de Vaca Muerta, despertaram as grandes IOCs e vimos Shell, Total, BP, Exxon e Statoil investindo e buscando mais espaço na exploração na América do sul.

Precisamos também que a Petrobrás volte a ser um grande investidor, não só nas FPSOs anunciadas , mas também no downstream e no transporte onde temos uma malha insignificante.”

2- Quais seriam as soluções para os problemas que o país atravessa?

– “ Precisamos passar a instabilidade política que vivemos nos últimos anos e ter um plano industrial de longo prazo, que permitam aos empresários brasileiros e estrangeiros acreditar e investir na indústria e na mão-de-obra local. Para isso precisamos que governo, entidades e todas as empresas nacionais e multinacionais que estão investindo no Brasil, alinhados sobre os objetivos de longo prazo. Além disso, precisamos ainda evoluir muito em termos de competitividade, não falo só de custos de fabricação, mas melhor planejamento e eficiência de projeto e execução. Mais diversidade, projetos de sustentabilidade, startups tecnológicas, fornecedores e as empresas de petróleo trabalhando juntos em parcerias de tecnologia, para buscar as melhores soluções para reduzir o tempo para o primeiro óleo, operar com menor custo, aumentar o ciclo de vida dos poços, aumentar a eficiência na produção, refino e no transporte, porém tudo isso aumentando a segurança.”

3-Quais as perspectivas para 2018? Pessimistas ou otimistas?

– “ Conservadoras, porém otimistas. Provavelmente, vamos ter mais uma ano com Petróleo abaixo dos 60 dólares, porém hoje as tecnologias disponíveis já permitem a rentabilidade a este preço e as empresas saíram do vermelho, logo há expectativa de investimentos. Esperamos que a Petrobrás lance um novo plano há 5 anos, mais agressivo em termos de investimento para manter seu market share no Brasil e que melhore e torne ainda mais transparente seus processos de engenharia e procurement. Que as demais empresas de Petróleo pequenas ou as grandes multinacionais invistam também, não só em exploração, mas em toda a cadeia. A Schneider Electric está preparada para ajudar as nosso clientes através de sua plataforma Ecostruxure, a coletar dados, analisá-los e ajudar nas decisões de otimização dos processos e da operação. Conectividade total dos sensores, instrumentos, equipamentos elétricos e de automação a uma plataforma de software capaz de fazer a análise dos dados, simulação, gerenciamento de ativos, planejamento de produção, manutenção preditiva, treinamentos virtuais e projetos de sustentabilidade.”

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