MERCADO INTERNACIONAL ABRE BOAS PERSPECTIVAS PARA A LIDERROLL | Petronotícias




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MERCADO INTERNACIONAL ABRE BOAS PERSPECTIVAS PARA A LIDERROLL

foto-tarja OTC2014HOUSTON – A Liderroll foi à OTC com o objetivo de continuar o plano de expansão de suas operações para o exterior, onde vem estabelecendo novos diálogos e buscando novas parcerias. A empresa já possui um escritório em Houston, que serve de base de apoio para suas atividades nos Estados Unidos e no Canadá, além de uma forte presença na Europa, onde também está negociando com grandes empresas a participação em novos projetos. O presidente da Liderroll, Paulo Fernandes, sai de Houston com boas perspectivas para alavancar negócios no setor internacional. A empresa já se prepara para ir à feira de Calgary, no Canadá, a mais importante do setor de pipelines da América do Norte, e tem expectativas promissoras também no continente europeu. O recente reconhecimento da patente da empresa pelo governo russo trouxe muitas perspectivas nas reuniões realizadas no estande da Gazprom. Fernandes acredita ainda que o Brasil precisa dar mais atenção à expansão da malha dutoviária nacional, para não ter que fazer projetos com prazos apertados daqui a quatro ou cinco anos, e propõe que o país opte por construir estruturas de dutos aparentes, para reduzir custos, prazos e facilitar a manutenção e a fiscalização permanente, além de estender a vida útil das tubulações.

Como você viu a OTC este ano?

Há muitos anos que acompanhamos a OTC. Inclusive a Liderroll tem um escritório aqui em Houston dando apoio para as esquipes que vêm para cá e para as que já estão aqui. Mas este ano eu senti uma diferença. Senti menos volume de pessoas e de brasileiros, mas eu vi mais efetividade, mais objetivo. As pessoas estão mais focadas. O Brasil também deu uma reduzida nas expectativas de negócios, investindo mais no segmento de produção, o que é natural, para manter nosso crescimento de fixação da autossuficiência, então a política focou mais no investimento de produção. Com isso, as empresas construtoras, de tecnologias, que não sejam de pré-sal, estão se voltando para o mercado externo. Eu tive uma boa oportunidade com a Agência Nacional de Petróleo (ANP). Tive uma reunião com dois diretores, um de energia outro de tubulações, na qual a Liderroll se mostrou bastante focada, interessada e, como sempre, proativa no sentido de quebrar mais um paradigma. Foi colocado para os dois diretores que continuamos a construir dutos como construíamos há 70 anos.

Essa é uma preocupação permanente da Liderroll: quebrar paradigmas?

Sim, porque a gente pensa em mudar os métodos, se não teremos sempre os mesmos resultados. E coloquei isso para os dois diretores. Você vai continuar sempre fazendo a mesma coisa, com o mesmo resultado ou um resultado pior ainda, pelo desgaste natural do método. Apresentei a Liderroll, mostrei esta realidade para eles, o que já tínhamos feito, mas num ambiente de feira, um ambiente bastante concorrido, por isso pretendo, quando voltar ao Brasil na próxima semana, retomar este contato. Senti que eles receberam bem a mensagem. Porque, num país do nosso tamanho, você sair cavando uma vala para enterrar os tubos do Rio, por exemplo, até a Bahia, é difícil, extremamente caro, mais perigoso e mais demorado. Por que não quebrarmos este paradigma e fazermos tubos aparentes? Até porque hoje tem métodos de monitoramento, tecnologias ambientais, segurança, e isso facilita muito a parte de manutenção, fiscalização dos meios.

Isso poderia aumentar a vida útil das tubulações?

Com certeza isso aumentará a vida útil dos tubos. Projetados para 20, 25 anos, vão durar muito mais. Acho que eu consegui pelo menos levantar a bandeira mais uma vez na ANP, que a gente sabe que é um órgão que não tem poder de execução, mas que se quiser formar um grupo de trabalho, nos convidar para participar das ideias, vai ser interessante. Serão os brasileiros que vão trabalhar neste mercado. Empresas de tubos, de flanges, pintura, segurança, parafusos, concretos e tudo que vai vir a reboque. Acho que o Brasil só tem a ganhar e que a ANP só tem a ganhar.  É bom para Petrobrás, Transpetro, as outras operadoras, a TAG, etc.

Como avalia sua vinda à OTC?

Foi muito proveitosa. A ANP estava com um estande muito bonito. Até lembrei a eles que vamos sentir falta da ANP no Canadá, na feira de pipelines de Calgary. A Liderroll está com um grande estande representando o Brasil, mas me parece que o IBP, a ANP e o próprio CTDUT não estarão na feira de Calgary, e a Liderroll está muito preocupada com isso. Até falei com eles que seria importante a ANP estar com estande lá, porque o governo brasileiro está pedindo para que as empresas internacionais venham investir no Brasil.

Quais as consequências que a ausência deles em Calgary pode gerar, na sua visão?

Uma vez que a ANP não está no Canadá, em Calgary, que o IBP, o CTDUT, outras empresas não estejam, assim como o próprio governo, a Transpetro, a Petrobrás, é um contrassenso, porque se o governo brasileiro, se essas empresas estatais e o órgão de fiscalização querem que os investidores americanos, canadenses, estrangeiros venham para o Brasil, para fazerem investimentos de peso, nós temos que sair para mostrar o que nós temos. Mostrar as nossas oportunidades. À medida que as empresas e instituições não vão a esta feira, que é um hub de pipeline, fica mais difícil. Então nós estamos fazendo até este papel institucional com o nome do Brasil. Colocamos o nome de Pavilhão Brasil lá. A ideia é esta: trazer investimentos e investidores, e isso eu gosto de fazer, não me recuso a fazer. E acredito que esteja cumprindo um papel importante para a nossa comunidade de dutos no Brasil. Estaremos em Calgary, gostaria muito de ceder espaço para quem quiser ir, estamos com um estande muito grande, e a ideia é esta.

Houve alguma perspectiva de novos negócios para a Liderroll nos mercados internacionais?

Você bateu num ponto bem interessante. Eu acho até que, em cima desta posição, estamos tendo que sair mais para o mercado externo. Acho que vai ter uma parada nos investimentos no Brasil, até o secretário de Minas e Energia, o senhor Marco Antonio Almeida, falou que a nossa malha de dutos está adequada com a capacidade de produção no Brasil, o que discordamos plenamente, até por questões estratégicas. Pode estar adequada para hoje, até o fim do ano, mas não para daqui a quatro, cinco anos. Nós vamos parar para pensar em construir dutos daqui a quatro, cinco anos?  Aí é aquela correria imensa e, ao invés de fazer um duto de 30 polegadas, vai se fazer um de 60 polegadas. Imaginem fazer um duto deste tamanho? É muito mais difícil, né?

Quais oportunidades tem visto no exterior?

Então, eu vi três grandes oportunidades no Canadá há muitos anos, no projeto que está acelerando a construção de dutos. A própria Enbridge, a própria Transcanada, estão trabalhando neste sentido, assim como existe a possibilidade de outros gasodutos serem construídos. Tenho fé que o presidente Obama vai vencer, superar problemas ambientais e acredito que com a nossa tecnologia, de construção de pipelines em ambientes confinados, veio para facilitar e resolver o problema ambiental, ao fazer toda solda do lado de fora dos túneis . Tenho fé que iremos pegar este projeto, de Keystone, e que ele vai para frente.

Na Europa também tem avaliado a possibilidade de novos negócios?

Sim. Fiz uma visita bastante agradável à Gazprom, na Rússia. Eu sinto que a tendência é o pessoal não ampliar os projetos de energia nuclear na Europa e no Japão, melhorar a ambientação para que não tenhamos mais problemas, como tivemos em Fukushima. Pensamos que a Gazprom ganhou muitos pontos para fora do país, está abrindo bastante seu mercado. Existe a possibilidade da Gazprom, eu soube, aumentar seus dutos para a China. É um desafio, será um desafio e eu já iniciei conversas e levantamento técnico com eles. Espero que nas próximas semanas possam vir boas notícias pelo lado da Rússia.

A Liderroll tem uma patente lá, não é?

Bem lembrado. Nós conseguimos a patente da nossa tecnologia também na Rússia. E no Canadá está para sair. Recebemos até proposta de escritório na Rússia. Escritórios de advogadas pedindo para autorizar que se façam esses equipamentos em solo russo. Mas eu quero ver meu país na frente. Não gosto da ideia de licenciar. Eu gosto da ideia de desenvolvermos aqui e levar pra lá. Vamos tentar. A ideia é essa. 

 

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assis pereira
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assis pereira

Paulinho do SIMA:

Na próxima oportunidade, se for convidado pela LIDERROLL, estarei presente na OTC para presenciar o sucesso dessa empresa inovadora em tecnologia genuinamente nacional.