MERCADO MOSTRA EXPECTATIVA OTIMISTA E ESPERA LOGO A APROVAÇÃO DA NOVA LEI DO GÁS PELA CÂMARA FEDERAL
As soluções tecnológicas na cadeia de valor do gás natural foram tema de mais um encontro da Websérie Óleo, Gás e Naval, da Firjan. Em um momento de expectativa da nova Lei do Gás pela Câmara Federal e com toda mobilização a favor desse novo marco regulatório do gás, o evento tratou de como os avanços tecnológicos têm o potencial de estimular o aproveitamento do insumo no mercado nacional. Os participantes do encontro, com mediação de Karine Fragoso, gerente de Petróleo, Gás e Naval da Firjan, apresentaram projetos de empresas e institutos de pesquisa voltados para o apoio aos desafios da indústria no Brasil.
Idarilho Nascimento (foto principal), diretor institucional na Tenaris, falou sobre a urgência na votação do Projeto, novo marco regulatório do segmento: “O objetivo desse PL, que será votado em breve, é fomentar a indústria de gás natural e reduzir custos. Queremos utilizar e monetizar essas reservas do pré-sal de forma competitiva.” A Tenaris é uma gigante multinacional pertencente ao grupo ítalo-argentino Techint, especializada na produção de tubos de aço para a indústria de Petróleo e Gás, entre outros.
Antonio Fidalgo (foto à direita), pesquisador-chefe dos Institutos SENAI de Inovação em Química Verde e de Inovação em Inspeção e Integridade, apresentou o que tem sido desenvolvido por organismos credenciados pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para colaborar com o processo de reindustrialização: “Temos projetos com hidratos de gás, modelagem, quimiometria e pesquisas para otimizar a dessalgação e a separação de gases. O objetivo é otimizar a exploração do gás e encontrar uma forma interessante de armazenar gás carbônico”.
José Luiz de Medeiros, professor da Escola de Química na UFRJ, falou sobre programas científicos e pesquisas da universidade na área do pré-sal, a profissionalização dos processos de exploração, transporte e separação do CO2 do gás natural: “Nos anos 90, o offshore encarava o gás como um problema. Era usual queimá-lo e as plataformas ardiam de calor e radiação. Hoje isso é inadmissível e o segmento já enxerga as múltiplas utilidades do gás. Há navios inteiros tipo FPSO com a função de produzir e estocar o óleo produzido, separá-lo do gás e da água e tratar a água a ser reutilizada. O desenvolvimento de projetos para a produção de gás útil para a sociedade é cada vez mais urgente, para que as reservas não se percam e sejam usadas da melhor maneira possível”.
Rodrigo Gomes, gerente comercial da SBM Offshore, destacou o desenvolvimento do gás natural na transição para uma matriz energética mais limpa e os benefícios das parcerias entre academia, indústria e institutos de pesquisa, na busca por soluções de tecnologia no segmento: “Hoje existe uma fragmentação de conhecimentos e cada um desenvolve a tecnologia que lhe for mais útil. Acredito que a troca de experiências entre corpo acadêmico, institutos de pesquisa e empresas seja a melhor saída para se ter uma visão global do gás e do uso da tecnologia para o desenvolvimento como um todo”.
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