MERCADO VIVE MONTANHA RUSSA COM RUMORES SOBRE SAÍDA DE PRATES DA PETROBRÁS E PAGAMENTO DE DIVIDENDOS
Uma quinta-feira ao estilo montanha russa no mercado de ações com rumores sobre o futuro da Petrobrás. No radar, estão dois assuntos que estão mexendo com o humor dos investidores. O primeiro deles é a possível saída de Jean Paul Prates da presidência da Petrobrás, dando lugar ao atual presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico Social (BNDES), Aloizio Mercadante. Outro tema que também está movimentando os bastidores é o possível sinal verde a ser dado pelo governo federal para o pagamento de dividendos extraordinários.
Os rumores sobre a troca na presidência da Petrobrás assustaram os investidores. No período da manhã, os papéis da empresa estavam em alta, mas depois chegaram a acumular perdas de quase 2% quando começaram a surgir na imprensa os primeiros rumores de que Prates poderia sair da empresa. Segundo reportagem da “Folha de S. Paulo”, Prates teria pedido uma audiência com Lula para selar de vez o seu destino. O presidente da Petrobrás tem reclamado muito da fritura que vem sofrendo, alegando que está sendo alvo de “fogo amigo” dentro do Planalto.
Nos bastidores do mercado, já se ouve há muito tempo que existe uma forte rixa entre Prates e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. No início da semana, por exemplo, Silveira disparou que não admite que “a Petrobrás tenha o único e exclusivo objetivo de ter lucros exorbitantes para poder distribuir a seus acionistas”. Em seu perfil no Twitter, Prates ironizou os rumores sobre sua saída: “Jean Paul vai sair da Petrobrás? Acho que após às 20h02. Vai pra casa jantar…E amanhã às 7h09 ele estará de volta à empresa, pois sempre tem a agenda cheia”, publicou.
A possível troca por Mercadante não agradou nada o mercado, e isso se refletiu nas ações. Mas o humor dos investidores é volátil feito o clima. Pode mudar várias vezes ao dia. Foi o que aconteceu. Uma reportagem do jornal “O Globo” apontou que uma reunião com os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Alexandre Silveira (Minas e Energia) e Rui Costa (Casa Civil), terminou com o sinal verde para o pagamento dos tão aguardados dividendos extraordinários. Era a canção que os investidores queriam ouvir. Depois disso, as ações da Petrobrás começaram a virar o placar novamente.
No momento da última edição desta reportagem, os papéis preferenciais (PN) estavam estáveis em relação ao fechamento anterior, sendo negociados a R$ 38,40. Já ações ordinárias (ON) acumulavam uma alta de 1%, sendo cotadas a R$ 39,72. A valorização do petróleo também está impulsionando as ações da estatal. Durante a tarde, o contrato futuro do Brent para junho alcançou os US$ 90 por barril pela primeira vez desde outubro do ano passado. Naquele momento, a commodity estava operando com alta de cerca de 1%.
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