MESMO APÓS DECISÕES JUDICIAIS, CAMINHONEIROS MANTÊM PARALISAÇÃO EM OITO ESTADOS DO PAÍS
Apesar das recentes ordens da justiça para que os caminhoneiros retirassem seus bloqueios em estradas federais, os grevistas mantiveram seus protestos em oito estados pela manhã desta quinta. O governo negociou na última quarta-feira um acordo com representantes dos motoristas para dar um fim à paralisação. Enquanto o governo promete sancionar a Lei dos Caminhoneiros sem qualquer alteração, além de não reajustar o preço do diesel em seis meses, os caminhoneiros devem liberar as rodovias bloqueadas no país. No acordo ficou acertado também que caminhoneiros e empresários irão desenvolver uma tabela de preços para o frete.
Ao todo, ainda estão ocupadas rodovias no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina, no Paraná, em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Minas Gerais, além de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Desses, Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul tiveram ações judiciais para impedir os protestos em todo o estado, o que também aconteceu na Bahia e no Ceará. A decisão também foi tomada em outros 14 municípios espalhados entre Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Tocantins e Goiás.
A saída para os manifestantes, impedidos de ocupar as rodovias federais, tem sido realizar os protestos em trechos de rodovias estaduais, a fim de evitar as multas estipuladas entre R$ 1 mil e R$ 50 mil por hora de ocupação. Alguns dos caminhoneiros relatam que não foram notificados das decisões judiciais, e justificam a manutenção dos bloqueios por falta de legitimidade do grupo que negociou os termos com o governo em Brasília.
A paralisação se dá por conta de protestos contra o reajuste no preço do diesel e por um valor mais alto no pagamento do frete. Sem expectativa de que o governo volte atrás no reajuste (ele mesmo anunciou isso), as ocupações se arrastam há quase uma semana.
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