MESMO COM IMPORTADOS EXCLUSIVOS, INTERTECH RIO VÊ CONTEÚDO LOCAL COM BONS OLHOS | Petronotícias




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MESMO COM IMPORTADOS EXCLUSIVOS, INTERTECH RIO VÊ CONTEÚDO LOCAL COM BONS OLHOS

A lei de conteúdo local vem causando uma divisão de opiniões na indústria de petróleo e gás. Enquanto alguns acham que é preciso estimular os fornecedores nacionais, outros pensam que esta regulamentação irá criar uma reserva de mercado, acomodando as empresas brasileiras. Há dez anos, e com profundo conhecimento na área de fornecedores, a Intertech Rio trabalha como fornecedora de diversos equipamentos para o setor de óleo e gás em geral, tanto petroquímica quanto offshore. Para conhecer os bastidores deste setor e saber um pouco mais sobre o trabalho da empresa, o repórter André Dutra conversou com o presidente da Intertech Rio, Ruy de Campos Rosa.

A Intertech Rio atende às metas da lei de conteúdo local?

Não. Hoje nós não trabalhamos com os 60% de conteúdo local, mas somos a empresa de nossa área que chega mais perto disso. A razão pela qual não nos enquadramos na regulamentação é que buscamos tecnologia estrangeira, para incorporá-la no Brasil. Além disso, somos representantes exclusivos de dois produtos exclusivos no Brasil, que inclusive a Petrobrás compra de nós, abrindo uma exceção quando se trata de conteúdo local.

Quais são estes produtos exclusivos?

São o Sistema de Dissipação de Raios (DAS®) e o AmiPur®-PLUS. O primeiro se trata de um sistema de prevenção e proteção contra descargas elétricas atmosféricas, que diminui a chance da incidência de raios. Já o AmiPur® é um skid compacto usado na purificação contínua de amina, que remove o CO² e o H²S (Sulfeto de Hidrogênio) do petróleo extraído. No Brasil o petróleo tem altos níveis destes compostos, que ‘poluem’ o combustível e necessitam ser retirados ao máximo para que o petróleo seja melhor aproveitado.

A empresa fabrica os equipamentos à venda?

Não. Nós somos um braço comercial e técnico. Somos representantes de diversas empresas de equipamentos para o setor, e além de fazer a distribuição nós prestamos assistência técnica. Distribuímos equipamentos para diversos setores dentro de óleo e gás, como petroquímica e offshore, e em diversas áreas como metrologia, equipamentos de segurança, etc.

Qual é a maior demanda da Intertech Rio?

Como nosso carro chefe é o setor de óleo e gás, que representa 60% do faturamento da empresa, nossa maior demanda é na área de medição de vazão e umidade, especialmente para projetos do Comperj e da Cessão Onerosa. A parte de petroquímica e refino são mercados que têm muita demanda por nossos produtos também.

Qual a sua opinião sobre o corte de orçamento para o refino no Plano de Investimentos 2012 – 2016 da Petrobrás?

O refino foi abandonado desde o governo de Fernando Henrique Cardoso. Agora, com o pré-sal e o aumento na produção de petróleo nos últimos anos, a Petrobrás está sendo obrigada a se associar a empresas estrangeiras para construir refinarias. Esta associação não é proveitosa, porque as empresas estrangeiras se interessam apenas em como ter um lucro maior em cada projeto que participam no Brasil.

A Intertech tem planos para cumprir a regulamentação de conteúdo local?

Nós temos um projeto para capacitar empresas brasileiras para produzir diversos tipos de tecnologia que hoje temos que importar. Esta capacitação aumentaria o índice de conteúdo local de nossos produtos, que hoje é representado pela montagem e produção de peças não essenciais ligadas ao produto, que são feitas por empresas de fornecimento locais.

A Intertech Rio esteve presente na última OTC. Como foi a experiência para a empresa? A internacionalização é uma meta?

A OTC foi muito boa, já que trabalhamos com empresas estrangeiras. Lá levantamos oportunidades e promovemos reuniões com fornecedores internacionais e clientes em potencial. Sobre a internacionalização, eu posso dizer que não é um objetivo a curto prazo. Primeiro nós pensamos em consolidar nossa posição aqui no Brasil, para depois partir para a internacionalização. A nossa meta hoje é buscar as melhores tecnologias do mundo nos setores em que atuamos e trazê-las para o Brasil.

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