MESMO CRITICADA, VENDA DA RLAM É APROVADA PELO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DA PETROBRÁS | Petronotícias




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MESMO CRITICADA, VENDA DA RLAM É APROVADA PELO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DA PETROBRÁS

rlamAinda que debaixo de críticas, o Conselho de Administração da Petrobrás aprovou nesta quarta-feira (24) a venda da Refinaria Landulpho Alves (RLAM), na Bahia, para a Mubadala Capital. O valor da transação será de US$ 1,65 bilhão, cerca de R$ 9,1 bilhões, que vem sendo considerado por uma parcela do mercado como muito aquém do preço real do ativo. O conselho não levou em consideração os argumentos da Federação Única dos Petroleiros, que representa todos os sindicatos dos petroleiros do país. Se a justiça decidir que a venda não poderá ser concretizada, este conselho poderá ser responsabilizado pelos prejuízos.

A Petrobrás disse que o contrato prevê ajustes no valor da venda, em função de variações no capital de giro, dívida líquida e investimentos até o fechamento da transação. A operação também depende ainda de condições precedentes, tais como a aprovação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE).

Cumprindo hora extra na presidência da Petrobrás até a posse do general Joaquim Silva e Luna, o já de saída Roberto Castello Branco comemorou sozinho a aprovação da venda da refinaria.  “Hoje é um dia muito feliz para a Petrobrás e o Brasil. É o começo do fim de um monopólio numa economia ainda com monopólios em várias atividades. O desinvestimento da RLAM contribui para a melhoria da alocação de capital, redução do ainda elevado endividamento e para iniciar um processo de redução de riscos de intervenções políticas na precificação de combustíveis, que tantos prejuízos causaram para a Petrobrás e para a própria economia brasileira”, afirmou.

A decisão de vender a refinaria não é uma unanimidade. Conforme o Petronotícias mostrou mais cedo, o Sindipetro notificou os conselheiros da estatal que o valor de venda da planta estava abaixo do mercado. O baixo valor também foi apontado por outras instituições, como BTG Pactual, XP Investimentos e pelo Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep). Até o fechamento da transação, a Petrobrás manterá a operação da RLAM e de todos os ativos ligados à unidade. Quando a planta passar para as mãos da Mubadala Capital, a estatal diz que continuará apoiando as operações durante um período de transição. A estatal acrescentou também que nenhum empregado será demitido por conta da venda da refinaria:

“Os empregados da Petrobrás que decidirem permanecer na companhia poderão optar por transferência para outras áreas da empresa. Outra possibilidade é a adesão ao Programa de Desligamento Voluntário, com pacote de benefícios”, detalhou a empresa.

Do lado da Mubadala Capital, só comemoração pela nova conquista: “Acreditamos que a RLAM possa se tornar um fio condutor para novos investimentos na cadeia de valor de energia, gerando impactos positivos para o setor, a sociedade e para a economia regional”, disse o diretor-executivo do fundo no Brasil, Oscar Fahlgren. “A nossa prioridade inicial é a manutenção de uma gestão de excelência na RLAM e a produção e abastecimento regional competitivo de produtos refinados”, acrescentou.

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