MESMO DEPOIS DOS ATAQUES TERRORISTAS ENI MANTEM O PROJETO DE EXPLORAÇÃO DE GÁS EM MOÇAMBIQUE
A petroleira italiana ENI não desistiu de operar os gigantescos campos de gás de Moçambique depois dos ataques terroristas na cidade de Cabo Delgado, muito próximo das instalações da empresa italiana. A ENI prevê o início das operações da unidade de exploração de gás natural na península de Afungi em 2022. O Projeto consiste em poços submarinos e instalação flutuante com produção de 3,4 milhões de toneladas. O projeto de gás offshore, no norte de Moçambique, está a bom caminho para começar a funcionar no ano que vem, apesar do conflito em Cabo Delgado. A francesa Total que participava d exploração em área próxima, retirou todos os seus funcionários da região. Tem havido dúvidas sobre a viabilidade dos locais de exploração de gás natural liquefeito (GNL) ao largo da península de Afungi desde que os terroristas atacaram a cidade costeira de Palma, em março deste ano. Os ataques levaram a petrolífera francesa a suspender os trabalhos de um projeto de US$ 20 bilhões, o maior investimento na África. A ENI, que lançou o seu próprio projeto de GNL na área em 2016, disse, no entanto, que a insurreição não afetaria as operações. “O início das operações do projeto Coral South está confirmado em 2022, como previsto.“
O projeto consiste em seis poços submarinos ligados a uma instalação flutuante de GNL com uma capacidade de produção de 3,4 milhões de toneladas, de acordo com o website da Eni. Todo o gás produzido no local deverá ser vendido à British Petroleum. Moçambique depositou grandes esperanças nas vastas reservas de gás natural descobertas na província de Cabo Delgado nos últimos anos, atraindo grandes empresas internacionais. A gigante americana Exxon Mobil também investiu nos projetos de gás.
Terroristas ligados ao Estado Islâmico, aumentaram o número de ataques na região aumentando as preocupações por segurança desde que surgiu pela primeira vez em 2017. O ataque de 24 de março a Palma, chegou a 10 quilômetros do centro do projeto da Total, apesar das repetidas promessas governamentais de proteger a área. A empresa já tinha evacuado alguns trabalhadores e suspendido a construção em janeiro, na sequência de uma série de ataques jihadistas nas proximidades. Ainda não indicou quando poderá retomar as suas operações. Moçambique esperava colher quase US$ 100 bilhões dos campos de gás ao longo dos próximos 25 anos.
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