MESMO QUEM PAGOU ATÉ R$ 120 MIL NA EXECUTIVA DA UNITED AIRLINES PARA HOUSTON CORRE O RISCO DE NÃO TER A RESERVA CONFIRMADA PARA A OTC
Quem teve coragem, a palavra certa é esta mesmo, para viajar à Houston e participar da OTC, a maior feira de petróleo do mundo, precisou se sentir quase “extorquido” pelos preços das passagens cobradas pela empresa norte-americana United Airlines, a única companhia a voar direto para a cidade no Texas onde o evento é realizado. Os custos chegaram, acredite, a R$ 120 mil a classe executiva, R$ 60 mil a Econômica Plus e a R$ 30 mil, a classe econômica. Mas, nem assim isso garantiu um serviço de qualidade. Como de hábito da empresa nesta época, há overbooking, como este ano. E quem comprou o bilhete e conseguiu fazer um esforço para estar presente, está amargando uma série de problemas para embarcar. Está uma confusão, um barata voa. Portanto, se você acredita que tenha bilhete marcado para hoje (3), amanhã (4) ou segunda-feira (5) 0 dia que começa a feira, corra para garantir seu lugar na companhia. Ligue antes para saber. Nada de chegar tarde no aeroporto, porque muito provavelmente terá a desagradável surpresa de não embarcar.
Um voo Rio ou São Paulo direto para Houston demora cerca de nove horas. Será que vale o abuso desses preços cobrados pela companhia? No próximo ano, quem sofreu
ou está sofrendo com a United, use as alternativas da Delta para Atlanta e de lá para Houston ou American para Miami e de lá para Houston. Quem tiver tempo, via Panamá, pela Copa Airlines. Os preços compensarão. Desde o meio da semana, os voos da United estão enfrentando problemas até de cancelamento. Veja um depoimento de um executivo brasileiro que dirige uma grande empresa americana no Brasil:
“ Eu vim de United, voo 128, de economy plus. Paguei R$15 mil. O Voo atrasou 30min, super cheio. Sei que o voo do dia anterior foi cancelado com o pessoal dentro do avião e demorou horas para serem liberados. Ontem (2) também foi cancelado. Vou te dizer, todas as últimas viagens tem tido problemas. Bem difícil. Acho que merece uma reportagem. Eu penso que no próximo vez vou tentar outra companhia.”
O depoimento do presidente de uma empresa brasileira que tem algumas reuniões marcadas com executivos internacionais para fechar negócios e assinar um memorando de intenções com uma companhia mexicana, estava revoltado, segundo suas próprias palavras:
“ Estamos seguindo com três pessoas para Houston. Nos foi oferecido três valores para viajar pela United: R$ 120 mil, R$ 60 mil e R$ 30 mil. Um verdadeiro absurdo. Temos compromisso de negócios alinhavado durante alguns meses com uma empresa multinacional. Combinamos de assinar o acordo na OTC, para valorizar os negócios no evento e já apresentar ao mercado esta parceria. Já cancelaram os nossos voos. E nos transferiram para São Paulo, chegando ao meio dia para viajar as dez da noite. É um desrespeito completo. Em uma próxima oportunidade, talvez seja melhor irmos até Nova Iorque, passar dois dias passeando e de lá para Houston ou verificar outra alternativa, como Miami, Chicago, Austin ou São Francisco. United, nunca mais. É o que toda indústria do petróleo poderia fazer. “
Um alto diretor de uma das maiores empresas de engenharia do Brasil, também está tendo uma péssima experiência e um grande desrespeito da United Airlines depois de ter comprado um voo direto para Houston: ” O meu voo foi cancelado. Estou indo para São Paulo para embarcar para Nova Iorque e de lá vou para Houston. Um sufoco.”
Se considerarmos que além do custo das passagens aéreas, ainda há os preços altíssimos dos hotéis nesta época do ano, transporte e alimentação. Para as empresas brasileiras, que ainda estão sentindo na pele os resquícios de um economia desgovernada, mais uma vez com escândalos de corrupção no coração do governo, é uma aventura corajosa buscar negócios na OTC. É impraticável para as pequenas e médias empresas. A linha de corte é muito alta. O sarrafo está lá em cima. Mesmo para as grandes, que não mandam apenas um executivo para um encontro desta ordem. Só um movimento organizado pelas associações de empresas, poderá mudar esta situação no próximo ano, sob pena de minguar o pavilhão Brasil na próxima OTC.
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