MESMO SEM PAGAR PETROBRÁS AMEAÇA UTC PORQUE A EMPRESA PAROU DE FAZER MANUTENÇÃO EM PLATAFORMAS
Apesar de reter mais de R$ 20 milhões pelos serviços de manutenção realizados em suas plataformas, a Petrobrás mantem o seu estilo no relacionamento com as empresas fornecedoras de serviços. Entra presidente, sai presidente, mudam os padrões de compliance, mas uma coisa não muda: a arrogância com que a empresa trata as empresas fornecedoras de serviços. Ela não falha. É sempre a mesma. No melhor estilo da gestão Graça Foster, o calote de dois meses de serviços prestados pela UTC na Base de Macaé, provocou uma reação radical da UTC, contratada para fazer manutenção em suas plataformas. O resultado é o que o Petronotícias divulgou em primeira mão na segunda-feira (10): Paralisação das atividades. Todos funcionários desembarcaram e ninguém embarcou. Só ficaram 15 trabalhadores em cada plataforma para supervisionar o encerramento dos serviços.
A estatal manteve a atitude de não pagamento e ainda fez uma ameaça: a empresa informou que “adotará as medidas administrativas e judiciais cabíveis”. O Petronotícias apurou também que a UTC suspendeu as atividades porque a Petrobrás se nega a atender pedidos de aditamento de contrato pelo aumento do escopo de serviços, muito comuns quando se faz manutenção. Isso pressupõe revisão de valores, termo proibido e execrado dentro da Petrobrás atualmente. Aditivo virou sinônimo de propina dentro da empresa. Prestar serviço para ela tem sido uma penitência para quem se arrisca a trabalhar dentro das condições impostas pela estatal.
Foram interrompidas as atividades nas plataformas P-18, P-19, P-20, P-26, P-33, P-35, P-37, P-50, P-52, P-54, P-55 e P-62. Em comunicado, a UTC informou que se o impasse persistir terá que “implantar um plano de desmobilização de seu contingente no local”. Isso, no entanto, não garante o pagamento das indenizações de seus funcionários, que só será feito se a Petrobrás pagar o que deve à empresa. Veja a nota da UTC:
“A UTC informa que a Petrobras decidiu não aditar os contratos de manutenção offshore, conforme previsão contratual, interrompendo assim as atividades dos contratos que atendem as plataformas P18, P19, P20, P26, P33, P35, P37, P50, P52, P54, P55 e P62, todas localizadas na Bacia de Campos, litoral do Rio de Janeiro. Se a decisão da estatal for mantida, a empresa terá que implantar um plano de desmobilização de seu contingente no local.
Dentro do propósito de defender os interesses e os direitos trabalhistas de seu qualificado quadro de funcionários, a UTC continua tentando, junto á Petrobras, a regularização e aditamento dos contratos. A companhia informa ainda que está e sempre esteve à disposição da Petrobras para encontrar uma solução que minimize o impacto social de tal medida. A UTC informa que nunca houve atraso de salários em toda sua história”
O contrato dá o direito à petroleira de reter pagamentos que deveriam ser feitos à fornecedora se houver falha na execução do serviço. A estatal se pega nisso. Mas quem tem experiência de trabalhar para a Petrobrás sabe como é a relação da empresa na ponta do serviço, onde ele acontece, na relação dos fiscais e dos gerentes de contratos da obra. A coisa ficou ainda pior depois das revelações dos desvios revelados pela Operação Lava Jato. O medo de ser denunciado pelos colegas da própria empresa, faz as exigências feitas pelos funcionários da estatal ainda piores. Mais realista do que o Rei. Esse caso da UTC é um exemplo. Sem chegar a um entendimento com a empresa, a companhia estatal reteve, então, os pagamentos de junho e julho pela manutenção das 12 plataformas. “Este procedimento está de acordo com o previsto nos contratos celebrados entre as partes”, informou a Petrobrás em comunicado.
“A decisão da empresa UTC Engenharia de interromper a prestação de serviços de construção e montagem em plataformas na Bacia de Campos ocorreu de forma unilateral e após intensa tentativa de negociação por parte da Petrobras, na busca de uma solução que priorizasse os trabalhadores envolvidos”, disse a estatal. Disse também ter antecipado as parcelas que deveriam ter saído no fim de julho, para garantir o pagamento de salários dos funcionários da UTC. De acordo com a petroleira, as operações nas plataformas estão garantidas com “medidas de contingência”. Seja lá o que isso significa, pois nenhuma empresa foi contratada até agora para fazer os serviços de manutenção.
A BANDALHEIRA NA PETROBRAS AINDA NÃO ACABOU: No artigo publicado no website Petronotícias https://www.petronoticias.com.br/archives/100479 dando conta que a Petrobras ameaça a processar a empreiteira UTC, mesmo sem pagar pelos serviços prestados, com fundamentos em Cláusulas contratuais ineficientes e inoperantes, ou ate mesmo abusivas, que certamente foram instituídas nos contratos, unicamente com o propósito de criar dificuldades para vender facilidades, estratégia emblemática que gestores corruptos utilizavam fartamente no auge do Petrolão. Na presente questão, alem de clausulas verdadeiramente potestativas, a a Petrobrás se nega a atender pedidos de aditamento de contrato pelo aumento do escopo de serviços, muito comuns, por exemplo… Read more »
A PETROBRAS na atual gestão (Pedro Parente), é tão perigosa, ou até mais que no período da Graça Foster, que foi um desastre.É triste e profundamente lamentável assistirmos a indústria de Fraudes e Corrupção que estamos vendo no Brasil. Isso não é política. Mas o Crime Organizado no Poder, e com Poder de Mando. É triste ver isso acontecer, e o fim já está próximo. O verdadeiro culpado, é a própria sociedade, pois elegeu os mesmos. Agora terá que haver uma intervenção ou eleição indireta para escolher um Vice-Presidente separadamente, para que se garanta a estabilidade, e se evite um… Read more »