METASA DEFENDE CONTEÚDO NACIONAL E DIZ QUE INDÚSTRIA BRASILEIRA PODE SER COMPETITIVA
Os corredores largos, os espaços abertos nos pavilhões do Riocentro revelam que houve muitas desistências de expositores em relação a última Rio Oil&Gás. O mercado está sangrando e deu mostras disso. Mas o empresariado brasileiro tem um Q especial de empreendedor que é a sua marca. É um lutador permanente. E o principal tema de sua luta neste momento é dar força às pernas do governo que está se dobrando para as empresas exploradoras do petróleo nacional, que pressionam para mudar as regras que margeiam a política do conteúdo nacional. Desta vez, as principais instituições se uniram para mostrar ao governo o quão danoso será para o mercado brasileiro se isso acontecer, levando as obras para o exterior.
Firjan, Fiesp, Abimaq já se uniram nesta defesa. Muitas empresas que ainda sofrem as agruras atuais, como a Metasa, se incorporaram neste movimento de defesa da indústria brasileira. A Metasa, que produz soluções de engenharia, fabricação e montagem no setor de estruturas metálicas em vários segmentos, principalmente no de óleo&gás e petroquímica, tem uma posição bastante convicta nesta defesa. É Uma empresa que goza de respeito, credibilidade e grande prestígio no mercado. Ela também está expondo na Rio Óleo&Gás. O Petronotícias foi ouvi-la para saber como ela está se posicionando diante de tantos contratempos. Conversamos com o seu Diretor-Superintendente, Horácio Steinmann. Profissional de grande experiência que faz um perfil exato do que está acontecendo:
Como está o momento para Metasa ? Como está o planejamento ?
– A Metasa está passando, como todas as empresas brasileiras, por uma fase de pouco trabalho, por isso nos ajustamos para o momento atual e buscamos diversificar nossa atuação em outros mercados.
– A mudança politica, o cenário brasileiro está contribuindo para melhorarem as coisas?
– O resultado das mudanças políticas torna o ambiente favorável e da sinais de segurança. Isso tem movimentado o mercado e temos percebido que alguns projetos que estavam engavetados começam a ser resolvidos, entretanto é ínfimo perto do tamanho da crise e não chega a absorver a ociosidade existente.
– Em relação ao tema de mudanças no conteúdo local, com o governo querendo dar uma acelerada neste processo. Como está vendo esse problema?
– Antes de responder, cabe aqui um parêntese sobre a forma como o Conteúdo Local vem sendo tratado. Nós trabalhamos no passado recente e fabricamos estruturas para os replicantes. Com a entrada do epecista em recuperação judicial, o projeto foi cancelado pela Petrobrás no Brasil, a qual foi comprar na China e Tailândia, portanto sem considerar o conteúdo local.
– Não teria como….aproveitando o novo fornecedor e negociar com ele ?
– Indicados pela Petrobrás perseguimos os novos fornecedores, mas não tivemos sucesso, sob a alegação de que comprar no Brasil representava um risco ao empreendimento.
– E com a Petrobrás. Vocês tentaram conversar sobre esta situação ?
– Insistentemente, entretanto a Petrobrás informou os nomes dos novos fornecedores e deixou claro que não poderia exercer nenhuma ingerência sob o projeto. E com relação ao passivo ….. Então a indústria nacional não é respeitada. Independente do conteúdo local, ela não é respeitada. Relativamente a forma como o governo tem encaminhado a questão do conteúdo local, entendo que precisa ser discutido abertamente com a indústria, através das federações e associações, tornando clara e simples a formula de cálculo, penalização, bem como autorização para waiver. Na realidade hoje as regras e percentuais são alterados de projeto a projeto e grande parte da cadeia desconhece a formula. Quero dizer que quem conhece a fundo o conteúdo local são a ANP, operadoras e epecistas, os contratados diretos, os demais devem entrar nesta discussão acima, para tornar o processo eficiente e transparente. Isso dá segurança a empresa nacional e aos investidores. Temos aí Libra, Sépia e outros, nós gostaríamos muito que a participação da indústria nacional fosse fortemente utilizada. Sabemos que existe uma dificuldade tremenda para as indústrias retomarem, além das restrições e bloqueios dos estaleiros para construção e integração, mas é só desse jeito que vai acontecer alguma coisa. É necessário “querer” comprar no Brasil, tenho certeza que a indústria brasileira fará o que for necessário para manter os negócios e consequentemente os empregos no país.
– Como o senhor acha que o governo pode induzir ou incentivar este processo de contratação interna, garantindo a competitividade?
– Acreditando no país, porque isso gera milhões de empregos. O presidente Temer falou na abertura da feira. São 12 milhões de desempregados e esta é uma indústria que emprega muita gente e gera riqueza. Precisa criar condições fiscais, tributárias, trabalhistas e estruturais que deem segurança e condições da indústria nacional competir em nível mundial sem depender de uma única empresa estatal chamada Petrobras, isso representa um risco imenso a indústria ao próprio país.
– O senhor acha que essas mudanças que estão sendo faladas tem pontos positivos ?
– Claro, tem pontos positivos, precisa mudar. Se o conteúdo nacional funcionasse, todas as obras construídas no exterior como Replicantes e Cessão Onerosa entre outras, estariam devidamente em construção no Brasil e não estaríamos na situação que estamos hoje. O problema não é a regra, o problema é que sempre existe uma brecha para não cumprir e a penalização sendo pequena, compensa o não cumprimento da regra. Aproveitando o espaço que o Petronotícias me dá, faço aqui um depoimento do que vejo ocorrendo em outros mercados, onde as empresas acreditando no Brasil, tem buscado maneiras inteligentes de investir, sem obrigatoriedade de conteúdo local, realizando projetos com economia, qualidade e prazo reduzido, gerando milhares de empregos, aproveitando o momento e investindo na crise. O governo e a Petrobras precisam ter esta mesma coragem que é inerente do brasileiro de acreditar sempre.
Parabéns pela ótima entrevista e pelo posicionamento da Metasa.
O momento é de unir forças e garantir a permanência das industriais brasileiras que tem competência e competitividade.
Finalmente leio uma opinião bem balizada do empresariado brasileiro. Para um ativo tão extenso como o pré-sal, não só em área como em recursos ainda contingentes, é um verdadeiro crime a desnacionalização da indústria brasileira. O papel da Petrobras deveria ser primordial neste processo de manutenção do conteúdo nacional. Esse aliás é o papel de uma estatal lucrativa. Ao invés disso, ameaça o empresariado nacional com compras nos mercados alheios, desrespeitando o conteúdo nacional ora vigente. isso com o apoio de grupos políticos narcisos, umbilicais e de interesse intestinos, que opinam sobre o que não sabem ou sobre o que… Read more »
Um ponto de vista alternativo: – o petróleo está lá a milhões de anos … será q precisa de “pressa” agora ?? Ou devemos obrigar aos q querem explorá-lo fazerem isto com equipamentos e mão de obras brasileiros … existentess ou q precisem ser desenvolvidos ?? Porque depois q retiram … pouco desenvolvimento ou mão de obra será necessária p vendê-lo … ora ora ora … p os TROUXAS DOS BRASILEIROS !! … ou seja … trabalho e remuneração (+educação+desenvolvimento+crescimento social+riquezas distribuídas) VÃO P OS GRINGOS E AQUI FICAMOS OBRIGADOS A COMPRAR A GASOLINA MAIS CARA DO MUNDO … como… Read more »
Preço excessivo ??
Competitividade ???
Em outras palavras, COMO ENGANAR OS TROUXAS BRASILEIROS ???
Competir com o q ou quem ?
– O petróleo está em águas sob cuidados do Brasil … é, então, do Estado Brasileiro;
– Pelo q alardeiam, é p “consumo interno”;
– Preços de gasolina e outros é tudo manipulado pelo governo;
– Salários e encargos são tb do governo e, fiscalizados, iguais p todos nas suas respectivas áreas.
Então ?? COM QUEM A PETROBRÁS ESTÁ COMPETINDO ??? … conosco … só pode ser conosco OS BRASILEIROS TROUXAS.