MÉXICO PLANEJA ACELERAR EXPANSÃO DA MALHA DE GASODUTOS ATÉ 2018 | Petronotícias




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MÉXICO PLANEJA ACELERAR EXPANSÃO DA MALHA DE GASODUTOS ATÉ 2018

Por Daniel Fraiha e Luigi Mazza / Petronotícias – 

Gasoduto no MexicoO México está implementando uma intensa reforma no setor energético do País, com a abertura do mercado para investidores privados, e também planeja acelerar a expansão da malha de gasodutos nos próximos anos. A diretora de gás natural da Comissão Reguladora de Energia do México, Graciela Rojo Chavez, afirmou, durante o Gas Summit, que há 18 projetos sendo levados adiante no momento com este objetivo, dentro de um plano traçado para ser posto em prática entre 2014 e 2018, orçado em mais de US$ 11 bilhões.

Graciela traçou um panorama da situação em que se encontra o projeto de reforma do setor energético mexicano, com a expectativa da realização da primeira rodada de licitações de blocos exploratórios do país, que deve ocorrer em breve, e com as mudanças que estão sendo implementadas em toda cadeia de óleo e gás.

“A Pemex não podia se associar a empresas privadas para investir em projetos no México antes da reforma, mas podia fazer associações deste tipo no exterior. Agora ela poderá fazer isso em seu próprio país também”, ressaltou.

A representante do governo mexicano falou ainda sobre o fortalecimento dos órgãos reguladores como uma das medidas implementadas, além da criação do Fundo Mexicano do Petróleo, que será responsável por gerir o percentual da produção relativo ao Estado em áreas operadas por empresas privadas.

De acordo com Graciela, o objetivo da reforma não é apenas atrair novos investimentos, mas também expandir a participação mexicana em todas as atividades ligadas à cadeia de óleo e gás, como distribuição, transporte e comercialização.

Um dos itens destacados por ela, que se concentrou mais no mercado específico de gás natural, foi a mudança regulatória para aumentar a competitividade no segmento. O marco regulatório do País para o insumo trouxe um princípio parecido com a Lei do Gás brasileira, proibindo o controle do gasoduto pela mesma empresa que utilize sua capacidade de carregamento.

No Brasil, no entanto, apesar da lei, a situação ainda não se modificou, com a Petrobrás mantida no monopólio do segmento. O primeiro gasoduto a ser licitado, que deverá obedecer à nova lei, será o Itaboraí-Guapimirim, mas terá apenas 11 km e já sofreu algumas postergações na data de leilão.

A diretora da comissão comentou ainda a maior dependência do México em relação ao gás importado do Texas, revelando que o volume desse gás comprado de fora subiu de 1,355 milhões de pés cúbicos por dia em 1999 para 5,017 milhões de pés cúbicos diários em 2014.

Com a reforma do setor energético e a entrada de novos investidores no País, o governo mexicano agora espera reverter o declínio da produção que vinha ocorrendo na região nos últimos anos e prevê um crescimento de 3% a 8% nos próximos quatro anos, em análises paralelas traçando cenários conservadores e otimistas.

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