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MIGRAÇÃO PARA O MERCADO LIVRE DE ENERGIA CRESCE 26% EM 2025 E GANHA FORÇA EM TODO O PAÍS

CCEE-Alexandre-RamosA adesão de unidades consumidoras ao mercado livre de energia elétrica continua em forte expansão ao longo de 2025. De janeiro a junho, mais de 13,8 mil novas unidades passaram a operar no ambiente de contratação livre, o que representa uma elevação de 26% em relação ao mesmo período do ano anterior, conforme levantamento da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). São Paulo segue na dianteira em volume absoluto, com 4.129 adesões no semestre, consolidando sua posição como principal polo de transição ao mercado livre. Já o Paraná apresentou o crescimento mais significativo na comparação anual: um salto de 135% no número de novos participantes.

Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Santa Catarina também figuram entre os estados com maior número de conexões ao modelo. Segundo a CCEE, o ritmo de expansão indica um estágio mais avançado de maturidade do setor e um interesse crescente por formas de contratação mais dinâmicas, econômicas e adaptáveis. A análise mostra ainda que o movimento de migração não se restringe mais a regiões tradicionalmente industrializadas ou aos grandes centros urbanos. Unidades consumidoras de estados como Mato Grosso, Amazonas, Maranhão e Rondônia também vêm aderindo em números expressivos, o que reforça a abrangência nacional da tendência.

handler (3)O ritmo consistente de migrações ao mercado livre reflete a confiança dos consumidores nas oportunidades desse ambiente e na solidez das estruturas que o sustentam. Temos observado adesões em todas as regiões do Brasil, o que demonstra que a abertura do mercado já é uma realidade nacional”, afirma o presidente do Conselho de Administração da CCEE, Alexandre Ramos. “Na CCEE, temos investido fortemente em tecnologia e inovação para garantir um processo cada vez mais simples, seguro e acessível. Estamos prontos para uma possível abertura total do mercado, com uma governança preparada e infraestrutura tecnológica capaz de atender com eficiência todos os que quiserem ingressar no segmento”, acrescentou.

Além da variedade regional, chama atenção o perfil setorial dos novos entrantes. O setor de serviços lidera os avanços em 2025, com mais de 4.400 unidades aderindo ao mercado livre no primeiro semestre, um crescimento de 64% frente ao mesmo período de 2024. Também se destacam os segmentos de comércio, alimentos, saneamento e metalurgia, todos com desempenhos sólidos e participação significativa, evidenciando a busca do setor produtivo por previsibilidade e competitividade nos custos com energia.

handler (5)A CCEE é responsável pela viabilização, contabilização e liquidação das transações no setor elétrico. A entidade vem acompanhando de perto os desdobramentos da abertura do setor e ampliando seus investimentos em soluções digitais. Um exemplo é a integração de APIs implementada em 1º de julho, que automatiza etapas operacionais e reduz barreiras de entrada para novos consumidores. A iniciativa reforça o compromisso da Câmara com a modernização, a transparência e a ampliação do acesso ao ambiente de contratação livre.

Conforme noticiamos ontem, uma projeção da Thymos Energia, mostra que a abertura total do mercado de energia elétrica no Brasil, prevista a partir de 2026, deve destravar investimentos privados superiores a R$ 2 bilhões por ano durante 10 anos. Os recursos trarão um avanço significativo na modernização da infraestrutura e engajamento do consumidor final, ou seja, aqueles conectados a redes elétricas de baixa tensão, como os residenciais. O potencial de investimentos anuais decorre de exigências estruturais que acompanham a abertura do mercado de eletricidade no Brasil. Uma das ações necessárias é a digitalização de algumas ferramentas, com a implantação em larga escala de medidores inteligentes, tecnologia considerada essencial para viabilizar a portabilidade do consumo e a gestão ativa da demanda.

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