MINAS E ENERGIA ACIONA ANP E CADE PARA PEDIR INVESTIGAÇÃO SOBRE “ALTA PERSISTENTE” NA MARGEM DE REVENDORES DE COMBUSTÍVEIS

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, solicitou ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e à Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) uma investigação sobre os preços dos combustíveis praticados por distribuidoras e revendedoras de gasolina, óleo diesel e gás de cozinha. Um estudo técnico elaborado pela pasta detalha a evolução dos preços entre maio de 2019 e maio de 2024 em várias etapas da cadeia logística: desde o fornecimento primário, passando pela distribuição, até a revenda nos postos de combustíveis.

A nota técnica aponta que, durante o período analisado, o preço da gasolina para o consumidor final aumentou 29%, enquanto o óleo diesel teve um acréscimo de 59%, e o GLP em botijões de 13 quilos subiu 47%. A margem de lucro das revendas subiu R$ 0,35 por litro de gasolina, R$ 0,34 por litro de diesel e R$ 14,98 por botijão de 13 quilos de gás de cozinha. No ofício enviado ao CADE e à ANP, o Ministério de Minas e Energia disse que há uma tendência de aumento persistente no incremento de margens no setor de distribuição e de revenda desses combustíveis.

 A pasta também avaliou a evolução dos lucros de distribuição e revenda com indicadores como o IPCA, o salário mínimo e impostos. A margem de revenda da gasolina superou o IPCA, enquanto a margem de distribuição acompanhou a inflação. No diesel, os lucros de distribuição recuaram em relação à inflação, mas os de revenda aumentaram. Por fim, no GLP, a margem de distribuição cresceu próxima à inflação, enquanto a de revenda foi superior.